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EUA não concordaram com proposta de ajuda do G7 à Amazônia

23.ago.2019 - Queimadas na Área de Proteção Ambiental Jamanxim, em Novo Progresso (PA) - Victor Moriyama / Greenpeace
23.ago.2019 - Queimadas na Área de Proteção Ambiental Jamanxim, em Novo Progresso (PA) Imagem: Victor Moriyama / Greenpeace

Por Richard Lough

Em Paris

28/08/2019 16h43

Os Estados Unidos não concordaram com o pacote de ajuda de emergência de US$ 20 milhões para ajudar a combater incêndios na Amazônia anunciado pelo presidente francês, Emmanuel Macron, na cúpula do G7, disse hoje um porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA (NSC).

O porta-voz do NSC Garrett Marquis disse que os EUA estão prontos para ajudar o Brasil a combater as chamas e que isso será feito de melhor maneira em coordenação com o governo brasileiro.

"Os Estados Unidos estão prontos para ajudar o Brasil em seus esforços para combater esses incêndios, e não concordaram com uma iniciativa conjunta do G7 que não incluiu consultas com o presidente (Jair) Bolsonaro", disse Marquis em comunicado enviado por e-mail.

Macron, que chamou os incêndios na Amazônia de emergência global, colocou o desastre ambiental no topo da agenda da cúpula de Biarritz, presidida por ele.

Em entrevista coletiva ao lado do presidente chileno, Sebastian Piñera, Macron disse que o G7 discutiu os incêndios em profundidade e ofereceria 20 milhões de dólares aos países da bacia amazônica que procurassem ajuda.

O presidente dos EUA, Donald Trump, não compareceu à sessão dos líderes sobre biodiversidade e clima na segunda-feira. Perguntado por que, Macron disse que o líder dos EUA tinha reuniões bilaterais para participar.

"Ele não estava na sala, mas sua equipe estava", disse Macron. "Você não deve interpretar nada sobre a ausência do presidente norte-americano... Os Estados Unidos estão conosco sobre biodiversidade e sobre a iniciativa da Amazônia."

O pacote de ajuda despertou uma reação crítica de Bolsonaro, que considerou o gesto como colonialista.