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Trump deve comparecer a Davos, mas chanceler do Irã cancela participação

30.dez.2019 - O ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif - Evgenia Novozhenina/Reuters
30.dez.2019 - O ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif Imagem: Evgenia Novozhenina/Reuters

Stephanie Nebehay

Em Genebra

14/01/2020 12h01

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deve participar do Fórum Econômico Mundial em Davos na próxima semana, mas o ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif, cancelou sua presença na reunião anual, informaram os organizadores do encontro de líderes políticos e empresariais.

Os Estados Unidos mataram o comandante militar mais poderoso do Irã em um ataque de drone neste mês, como parte de uma troca de ofensivas de ambas as partes que começou com a morte de um norte-americano no Iraque.

Embora Trump tenha participado do encontro realizado no resort alpino suíço em 2018, ele não compareceu no ano passado, e seu retorno ocorre em meio ao processo de impeachment que enfrenta no Congresso norte-americano.

O chanceler iraniano Zarif, que estava programado para participar, não está mais na lista das quase 3.000 pessoas confirmadas no evento.

"Temos que entender o cancelamento do ministro das Relações Exteriores do Irã, Zarif, diante do cenário de incerteza na região e o que está ocorrendo no Irã", disse Borge Brende, presidente do fórum, em entrevista coletiva hoje.

Nenhuma outra autoridade iraniana está na lista de participantes do fórum, que inclui os presidentes do Iraque e do Afeganistão.

Cerca de 53 chefes de Estado devem viajar aos Alpes suíços, incluindo a alemã Angela Merkel, bem como 35 ministros das Finanças e 30 ministros do Comércio, disseram os organizadores do encontro.

Entre os participantes estão o secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, e o representante de comércio dos EUA, Robert Lighthizer. Ivanka Trump e seu marido, Jared Kushner, também estão na delegação dos EUA, de acordo com a lista de participantes.

Greta Thunberg, a ativista sueca do clima de 17 anos que desencadeou um movimento global de protestos contra as mudanças climáticas, retornará a Davos pelo segundo ano e participará de um debate chamado "Evitando um Apocalipse Climático".

"O mundo está em estado de emergência e a janela para agir está se fechando rapidamente", disse Klaus Schwab, fundador e presidente-executivo do fórum, a jornalistas, acrescentando que uma iniciativa público-privada será lançada em Davos com o objetivo de "plantar 1 trilhão de árvores" até o final desta década.