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China pede regime de exames de detecção de coronavírus mais rigoroso

Homem caminha de máscara por rua deserta de Pequim - THOMAS PETER
Homem caminha de máscara por rua deserta de Pequim Imagem: THOMAS PETER

David Stanway, Wang Jing, Se Young Lee, Judy Hua, Sophie Yu e Ryan Woo

Em Pequim e Xangai (China)

20/04/2020 10h58

A autoridade de saúde da China pediu um regime de exames mais forte e rigoroso para garantir que o novo coronavírus não escape à detecção, seja de viajantes chegando do exterior ou de outras partes do país.

Todas as localidades precisam melhorar sua capacidade de fazer exames, incluindo aquelas em passagens de fronteira, e relatar toda e qualquer informação epidêmica oportunamente, disse o diretor da Comissão Nacional de Saúde, Ma Xiaowei, segundo citação da própria entidade. Ma fez os comentários no domingo, mas foram divulgados publicamente pelo ministério nesta segunda-feira.

A China relatou 12 casos novos confirmados em 19 de abril, a cifra mais baixa desde 13 de março.

Apesar da tendência de queda, as autoridades continuam preocupadas com a reemergência de transmissões locais em partes do país, incluindo Pequim, onde um distrito do centro foi reclassificado como de alto risco devido a três infecções locais recentes.

Ma citou as províncias de Heilongjiang e Guangdong, dizendo que deveriam identificar os "elos fracos" em sua capacidade de evitar e controlar a epidemia.

Das 82 infecções locais novas surgidas na China nos últimos 14 dias, Heilongjiang, no nordeste, respondeu por 42 e Guangdong, no sul, por 30.

Os novos casos locais foram provocados por um influxo de cidadãos chineses vindos do exterior, particularmente em Heilongjiang, que testemunha uma disparada de cidadãos voltando da Rússia.

Os voos internacionais para a China foram reduzidos, e os voos para a capital têm sido desviados para outras cidades, algumas a centenas de quilômetros de distância.

Entre 20 de março de 19 de abril, 135 voos destinados a Pequim pousaram em outras cidades, e 87% dos 29.999 passageiros foram postos em quarentena nas cidades em que desembarcaram, disse Sun Shaohua, autoridade da agência de aviação civil, aos repórteres nesta segunda-feira.

Os novos casos locais também se devem à chegada de pessoas da província central de Hubei, marco zero do surto de coronavírus na China, além de pessoas infectadas que até recentemente não haviam exibido sintomas, como febre e tosse.

Guangxi, região do sudoeste chinês, endureceu suas regras de quarentena já rigorosas nesta segunda-feira para isolar possíveis portadores do vírus.