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Sem provas, Trump acusa democratas de torcerem contra o governo na pandemia

14.abr.2020 - O presidente dos EUA, Donald Trump, em reunião com pacientes que foram curados do novo coronavírus - Doug Mills-Pool/Getty Images
14.abr.2020 - O presidente dos EUA, Donald Trump, em reunião com pacientes que foram curados do novo coronavírus Imagem: Doug Mills-Pool/Getty Images

Susan Heavey, Jeff Mason e Steve Holland

05/05/2020 18h09Atualizada em 05/05/2020 18h35

WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acusou nesta terça-feira democratas de torcerem contra seu governo na condução das ações contra o novo coronavírus, ventilando um debate partidário sem oferecer evidências que apoiassem sua afirmação.

Antes de sair para uma visita a uma fábrica de máscaras em Arizona, Trump foi perguntado por um repórter na Casa Branca por que permitiria que a principal autoridade de Saúde no país, Anthony Fauci, depusesse em um comitê do Senado, controlado pelos republicanos, mas não na Câmara dos Deputados, que tem maioria democrata.

"Porque a Câmara é uma farsa. A Câmara é cheia de odiadores de Trump", respondeu o presidente republicano. "Francamente, eles querem que a nossa situação seja malsucedida, o que significa morte, e nossa situação será muito bem-sucedida."

Trump, que busca sua reeleição em novembro, também disse que os democratas querem que ele fracasse para que consigam ganhar uma eleição "que eles não vão ganhar".

O disputado Arizona, que pode ser decisivo no resultado das eleições, é um entre dezenas de estados norte-americanos que estão suspendendo parcialmente o fechamento da vida social e econômica imposto para conter a o avanço da covid-19.

Centenas de manifestantes se reuniram na capital Phoenix há duas semanas pedindo que o governador, o republicano Doug Ducey, aliviasse as restrições no estado. Muitos dos manifestantes empunhavam bandeiras dos EUA e usavam bonés e camisetas em apoio a Trump.

Na segunda-feira, o Instituto de Medições e Avaliação de Saúde da Universidade de Washington (IHME, na sigla em inglês) previu que as mortes por covid-19 nos EUA podem chegar a 135 mil até o início de agosto com o relaxamento das medidas de distanciamento social, o dobro da previsão anterior do modelo.

O novo coronavírus já infectou quase 1,2 milhão de pessoas nos Estados Unidos, incluindo os pelo menos 70 mil que morreram de covid-19, a doença respiratória causada pelo vírus, de acordo com uma contagem da Reuters.

O número de mortos é o mais alto no mundo. Políticos democratas e alguns republicanos criticaram Trump por minimizar a ameaça do vírus.