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Maia defende que formação de base do governo poderia ter sido mais transparente

"Eu acho que o problema ali é que o presidente rejeitou tanto a política que quando ele quer a política, a imprensa critica", disse - Adriano Machado
"Eu acho que o problema ali é que o presidente rejeitou tanto a política que quando ele quer a política, a imprensa critica", disse Imagem: Adriano Machado

Maria Carolina Marcello

Da Reuters, em Brasília

10/06/2020 18h20

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), considerou hoje que a investida do governo para consolidar uma base de sustentação no Congresso é democrática, mas argumentou que ela poderia ter ocorrido de maneira mais transparente.

O deputado disse que o presidente Jair Bolsonaro elegeu-se criticando a política e os métodos de articulação no Legislativo. Na avaliação de Maia, a falta de uma movimentação mais aberta e declarada à sociedade sobre os acordos selados com os partidos abriram brecha para que fossem vistos de maneira negativa.

"Eu acho que o problema ali é que o presidente rejeitou tanto a política que quando ele quer a política, a imprensa critica", disse.

O presidente da Câmara avaliou ainda que a comunicação entre os Três Poderes constituiu um problema, que já começa a dar sinais de melhora.

Maia aproveitou para declarar que o Parlamento está disposto a sentar à mesa com o governo para discutir a prorrogação do auxílio emergencial de 600 reais aos chamados vulneráveis. Segundo ele, o clima majoritário entre os deputados tende à manutenção dos 600 reais em duas parcelas.

Maia voltou, ainda, a apontar que os recursos disponibilizados para o capital de giro de micro, pequenas e médias empresas precisa chegar à ponta.

Maia deve indicar ainda hoje relator para medida provisória de ajuda a médias empresas, de forma que possa ser votada na próxima semana ou na seguinte.

O governo Bolsonaro teve início em 1º de janeiro de 2019, com a posse do presidente Jair Bolsonaro (então no PSL) e de seu vice-presidente, o general Hamilton Mourão (PRTB). Ao longo de seu mandato, Bolsonaro saiu do PSL e ficou sem partido até filiar ao PL para disputar a eleição de 2022, quando foi derrotado em sua tentativa de reeleição.