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EUA e União Europeia devem reagir à China juntos, diz Pompeo

Secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo - POOL New
Secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo Imagem: POOL New

De Robin Emmott

Em Bruxelas (Bélgica)

25/06/2020 14h33

Os Estados Unidos e a União Europeia (UE) precisam de um entendimento compartilhado sobre a China para resistir ao país asiático, disse o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, hoje, classificando o governo chinês como uma ameaça e acusando Pequim de roubar conhecimento técnico europeu para desenvolver sua própria economia.

Pompeo disse que tinha aceitado uma proposta do chefe de política externa da UE, Josep Borrell, de criar um diálogo formal entre os EUA e a UE sobre a China, e que viajará para a Europa em breve para organizar a primeira reunião.

"Há um despertar transatlântico para a verdade do que está ocorrendo", disse Pompeo em um evento de um centro de estudos por videoconferência. "Não são os EUA que confrontam a China, isso é o mundo confrontando a China", afirmou.

Borrell apresentou a ideia de um diálogo entre EUA e UE no início deste mês, ao fim de uma videoconferência entre Pompeo e os ministros das Relações Exteriores da UE. Embora os detalhes sejam escassos, Pompeo disse que seria comandado por funcionários de alto escalão e seria aberto.

Dois diplomatas da UE disseram que o diálogo poderia constituir-se sob a forma de um fórum para abordar questões como combater o que o Ocidente diz ser desinformação chinesa, em vez de forjar uma política comercial comum.

No entanto, embora a UE compartilhe muitas das preocupações de Washington sobre o que diz serem práticas comerciais chinesas predatórias para dominar setores estratégicos, a UE quer percorrer um caminho intermediário entre a China e os Estados Unidos.

A UE, o maior bloco comercial do mundo, manteve diálogo com líderes chineses na segunda-feira e enxerga Pequim como um parceiro no combate às mudanças climáticas e também como um rival econômico.

Pompeo disse que a UE precisa agir contra a China, a quem ele acusou de roubar propriedade intelectual na Europa e abusar do sistema comercial baseado em regras, para proteger suas economias, não favorecendo os Estados Unidos.