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Maduro ressalta "solidariedade" ao despachar oxigênio para Manaus

Maduro se referiu à situação em Manaus como "desastre sanitário de Bolsonaro" -
Maduro se referiu à situação em Manaus como "desastre sanitário de Bolsonaro"

Reportagem de Deisy Buitrago em Caracas e Luc Cohen

Nova York

18/01/2021 11h05

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, afirmou ontem que um comboio de caminhões transportando suprimentos de oxigênio de emergência para o estado do Amazonas chegaria à fronteira na manhã de hoje, em meio ao colapso do sistema de saúde em Manaus.

Lendo uma mensagem enviada por Justo Noguera, governador do Estado de Bolívar, no sul da Venezuela, Maduro disse durante uma aparição na televisão estatal que os seis caminhões chegariam à fronteira de Santa Elena de Uairén, onde seriam entregues às autoridades sanitárias brasileiras.

De lá, os caminhões - com cerca de 136 mil litros de oxigênio, suficientes para encher 14 mil cilindros - levariam 14 horas para chegar a Manaus, capital do Amazonas, cujo sistema hospitalar está sobrecarregado por conta da pandemia.

"Se algo deve vir em primeiro lugar entre nós, cristãos, neste momento, é a solidariedade", disse Maduro, um socialista que tem uma relação tensa com o presidente Jair Bolsonaro.

"O povo brasileiro deve saber que estamos dispostos a ajudar o Brasil o quanto pudermos e ainda mais."

Maduro se referiu à situação em Manaus como "desastre sanitário de Bolsonaro".

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou no domingo o uso emergencial das vacinas contra Covid-19 da chinesa Sinovac Biotech e da britânica AstraZenaca, e os primeiros profissionais de saúde foram vacinados em São Paulo.