Topo

Esse conteúdo é antigo

Ataques aéreos dos EUA na Síria visaram milícias apoiadas pelo Irã, diz Pentágono

Idrees Ali e Phil Stewart

26/02/2021 09h40

WASHINGTON (Reuters) - Os Estados Unidos realizaram ataques aéreos autorizados pelo presidente Joe Biden contra instalações pertencentes a milícias apoiadas pelo Irã no leste da Síria na quinta-feira, em reação a ataques de foguetes contra alvos norte-americanos no Iraque, informou o Pentágono.

Os ataques pareceram ter tido um alcance limitado, o que pode diminuir o risco de uma escalada. Não ficou claro de imediato quanto dano foi causado.

A Síria não comentou de imediato, mas a TV estatal Ekhbariya disse que os ataques foram realizados de madrugada e visaram vários alvos próximos da fronteira com o Iraque.

Uma autoridade de uma milícia iraquiana que falou pedindo anonimato disse que ao menos um combatente foi morto e que outros quatro ficaram feridos.

Uma fonte médica de um hospital da área e várias fontes locais disseram à Reuters que 17 pessoas foram mortas — cifra que não foi possível confirmar de forma independente.

A decisão de Biden de atacar somente na Síria, e não no Iraque, ao menos por ora, dá algum respiro ao governo iraquiano enquanto este investiga um ataque de 15 de fevereiro que feriu norte-americanos.

"Sob a orientação do presidente (Joe) Biden, mais cedo nesta noite as forças militares dos EUA realizaram ataques aéreos contra infraestrutura utilizada por grupos militantes apoiados pelo Irã no leste da Síria", disse o porta-voz do Pentágono, John Kirby, em um comunicado.

"O presidente Biden atuará para proteger efetivos americanos e da coalizão. Ao mesmo tempo, agimos de uma maneira deliberada que visa amenizar a situação tanto no leste da Síria quanto no Iraque".

O porta-voz disse que os ataques destruíram diversas instalações em um posto de controle de fronteira usado por grupos militantes apoiados pelo Irã, incluindo o Kata'ib Hezbollah e o Kata'ib Sayyid al-Shuhada.

Após os ataques, os ministros das Relações Exteriores iraniano e sírio se pronunciaram e sublinharam "a necessidade de o Ocidente se ater às resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas referentes à Síria", segundo o site do governo iraniano Dolat.ir.

Uma autoridade dos EUA que falou pedindo anonimato disse que a decisão de realizar os ataques é um sinal de que os EUA querem punir as milícias, mas não quer que a situação degenere em um conflito mais amplo.