Número de mortos em protestos na Colômbia aumenta; ONU e UE pedem calma
A Organização das Nações Unidas e a União Europeia pediram calma nesta terça-feira e alertaram sobre o uso de força excessiva em meio a novos protestos contra o governo do presidente colombiano, Iván Duque, enquanto autoridades locais de Cali, epicentro dos atos, relataram mais cinco mortes e 33 feridos.
Os protestos - originalmente convocados em oposição a uma reforma tributária agora cancelada - se tornaram um amplo grito por ação contra a pobreza e o que os manifestantes e alguns grupos de defesa dizem ser violência policial.
A cidade de Cali, no oeste do país, é o foco dos protestos desde o início há quase uma semana e o local de 11 das 19 mortes confirmadas pelo ombudsman de direitos humanos do país andino na segunda-feira.
A polícia nacional disse que investigará mais de duas dezenas de acusações de brutalidade, enquanto o ministro da Defesa alegou que grupos armados ilegais estão se infiltrando nos protestos para causar violência.
"Preliminarmente, o que sabemos é que cinco pessoas morreram (e ...) 33 ficaram feridas", disse Carlos Rojas, secretário de Segurança de Cali, a jornalistas na terça-feira, referindo-se à noite anterior.
Cerca de 87 pessoas foram declaradas desaparecidas em todo o país desde o início dos protestos, de acordo com o ombudsman dos direitos humanos.
O Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos pediu calma e alertou sobre tiroteios policiais.
"Estamos profundamente alarmados com os acontecimentos durante a noite na cidade de Cali, na Colômbia, onde a polícia abriu fogo contra os manifestantes que protestavam contra as reformas tributárias", disse a porta-voz Marta Hurtado em um comunicado nesta terça-feira.
A União Europeia também apelou às forças de segurança para evitar uma resposta pesada.
Os protestos causaram até agora a retirada da reforma original e a renúncia do ministro das Finanças, Alberto Carrasquilla.
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