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CPI da Covid: Jereissati quer chamar Abin sobre guerra biológica após fala de Bolsonaro

Senador Tasso Jereissati participou da CPI da Covid por videoconferência - Edilson Rodrigues/Agência Senado
Senador Tasso Jereissati participou da CPI da Covid por videoconferência Imagem: Edilson Rodrigues/Agência Senado

06/05/2021 14h08Atualizada em 06/05/2021 14h09

O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) anunciou hoje que pretende convidar representante da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) para debater o conceito de guerra biológica após declarações na de ontem do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), em que insinuou que a China pode ter criado o novo coronavírus e fala em "guerra bacteriológica".

Tasso, que participou da reunião da CPI da Covid ontem de maneira remota, anunciou verbalmente que apresentaria um requerimento para a oitiva de representante da Abin.

O senador considerou as declarações do presidente graves e lembrou que, embora Bolsonaro não tenha explicitamente citado o nome do país, a China é um dos maiores produtores de vacinas contra a covid-19.

Em um discurso exaltado e sem citar nominalmente a China, o presidente Jair Bolsonaro insinuou ontem que o novo coronavírus pode ter sido criado pelo país asiático como parte de uma bacteriológica.

"É um vírus novo, ninguém sabe se nasceu em um laboratório ou nasceu por algum ser humano ingerir um animal inadequado. Mas está aí. Os militares sabem que é uma guerra química bacteriológica e radiológica. Será que estamos enfrentando uma nova guerra? Qual país que mais cresceu seu PIB? Não vou dizer para vocês", afirmou o presidente.

A CPI da Covid foi criada no Senado após determinação do Supremo. A comissão, formada por 11 senadores (maioria era independente ou de oposição), investigou ações e omissões do governo Bolsonaro na pandemia do coronavírus e repasses federais a estados e municípios. Teve duração de seis meses. Seu relatório final foi enviado ao Ministério Público para eventuais criminalizações.