Topo

Esse conteúdo é antigo

Butantan já envasou todo insumo da CoronaVac que tinha, espera nova carga até 18 de maio

Instituto Butantan usou todo insumo da CoronaVac que tinha e agora espera pela chegada de um novo lote de matéria-prima - Divulgação/Instituto Butantan
Instituto Butantan usou todo insumo da CoronaVac que tinha e agora espera pela chegada de um novo lote de matéria-prima Imagem: Divulgação/Instituto Butantan

Eduardo Simões

07/05/2021 15h16Atualizada em 07/05/2021 15h47

O Butantan já envasou todo o insumo farmacêutico ativo (IFA) da CoronaVac, vacina contra Covid-19 do laboratório chinês Sinovac, que tinha disponível e agora espera pela chegada de um novo lote de matéria-prima, esperado para o dia 18 deste mês, no máximo, disse nesta sexta-feira o presidente do Butantan, Dimas Covas.

"O IFA que estava disponível foi processado na primeira fase que é o envase. Ele continua no controle de qualidade até a liberação", afirmou Dimas Covas em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo do Estado de São Paulo, ao qual o Butantan é vinculado.

"As vacinas ainda estão em processo e serão liberadas até o dia 14", acrescentou.

Segundo Covas, o Butantan deve entregar na próxima semana 3 milhões de doses da CoronaVac ao Programa Nacional de Imunização (PNI) do Ministério da Saúde e mais 1 milhão de doses na semana seguinte, concluindo assim todo o processamento da carga de 3 mil litros de IFA, equivalente a 5 milhões de doses, que recebeu da China no dia 19 de abril.

"Com relação à nova partida de matéria-prima da China, nós temos uma previsão confirmada de 4 mil litros, mas não temos a data definida ainda. Deve chegar, no máximo, esperamos, até o dia 18 deste mês. Essa é a situação do momento", afirmou.

Na quinta-feira, Covas alertou que podem faltar doses de vacina para o Butantan entregar ao Ministério da Saúde por causa da demora na chegada de IFA importado da China, que ele atribuiu à lentidão na autorização de envio por parte do governo chinês que, por sua vez, disse ele, devia-se à postura do governo do presidente Jair Bolsonaro em relação ao país asiático.

Nesta semana, Bolsonaro insinuou que o coronavírus pode ter sido criado na China como parte de uma "guerra bacteriológica" promovida pelo país asiático e também recentemente o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse numa reunião que ele não sabia que estava sendo gravada que o coronavírus foi criado na China.

Até o momento o Butantan entregou 43 milhões de doses da CoronaVac ao Ministério da Saúde. O contrato do instituto com a pasta prevê 100 milhões de doses da vacina até o final de setembro.

De acordo com dados do Ministério da Saúde, 74,3% das doses de vacinas contra Covid-19 aplicadas até agora na campanha nacional de vacinação contra a doença foram da CoronaVac.