Protestos, 41 prisões e gás lacrimogêneo no 1º ano dos "coletes amarelos"
Os manifestantes "coletes amarelos" estão nas ruas de Paris e outras cidades francesas hoje para marcar o 1º aniversário do movimento de contestação social, iniciado em 17 de novembro de 2018. Como de praxe, os protestos têm confrontos com a polícia, depredações e gás lacrimogêneo.
Pelo menos 23 estações de metrô estavam fechadas nesta manhã na capital francesa, nos bairros nos quais os manifestantes costumam protestar, como no entorno da avenida Champs Elysées. Antes mesmo do início da manifestação, as primeiras confrontações entre as forças de ordem e manifestantes black blocs ocorreram na Praça da Itália, de onde partia o ato, no sul da cidade.
Lixeiras incendiadas, pontos de ônibus destruídos e carros revirados e queimados. Um grande shopping center do bairro fechou as portas e foi alvo de vandalismo. Até o meio-dia, 1,5 mil pessoas já tinham sido revistadas pela polícia e 41 detidas.
"Estamos aqui, ainda que Macron não queira" e "vai explodir! vai explodir", eram algumas das palavras de ordem dos manifestantes, que também cantavam "Parabéns a você".
Atos em todo o país
A polícia espera que entre 4 mil e 8 mil pessoas participem dos protestos, entre elas por volta de 300 manifestantes violentos. Os atos também ocorrem em outras cidades francesas, como Lille e Bordeaux. No total, mais de 270 manifestações estão marcadas pelas redes sociais, em todo o país.
"Se ainda estamos aqui é porque não tivemos respostas de Macron, a não ser um desprezo total. Continuamos revoltados porque os impostos e os combustíveis não param de aumentar. Vamos continuar até que as coisas mudem", disse à AFP o jovem John, que viajou de Dijon para Paris para manifestar.
Um ano de contestação
Em um ano, foram 53 sábados de protestos. Mas apesar de ainda estar ativo, o movimento dos coletes amarelos enfraqueceu. No início, reuniu mais de 280 mil pessoas em toda a França - entretanto, nos últimos meses, apenas algumas milhares foram às ruas.
Os "coletes amarelos" começaram a se manifestar em oposição ao aumento de um imposto sobre os combustíveis. O movimento ganhou força rapidamente e se transformou em uma onda de protestos nacional contra o governo e a queda do poder aquisitivo. A mobilização levou o presidente francês, Emmanuel Macron, a lançar um debate nacional, seguido de algumas medidas econômicas e sociais.
Com informações da AFP
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