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Gana é o primeiro país do mundo a receber vacinas do programa Covax, da OMS

Avião com 600.000 doses da AstraZeneca/Oxford, fabricadas pelo Instituto Serum, da Índia, pousou no aeroporto de Acra pela manhã - iStock
Avião com 600.000 doses da AstraZeneca/Oxford, fabricadas pelo Instituto Serum, da Índia, pousou no aeroporto de Acra pela manhã Imagem: iStock

24/02/2021 09h19

Gana recebeu nesta quarta-feira (24) o primeiro lote mundial de vacinas financiadas pelo programa Covax, que proporciona aos países de renda baixa e média as primeiras doses de fármacos antiCovid. Os imunizantes foram enviados de Mumbai para Acra, explica um comunicado conjunto da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Unicef.

O avião com 600.000 doses do produto da AstraZeneca/Oxford, fabricadas pelo Instituto Serum, da Índia, pousou no aeroporto de Acra pela manhã. "Esta entrega representa o começo do que deve ser o maior fornecimento e distribuição de vacinas da história", destaca a nota.

"O programa Covax planeja entregar quase 2 bilhões de doses de vacinas antiCovid este ano. Este é um esforço global sem precedentes para garantir o aceso às vacinas para todos os cidadãos", acrescenta o texto.

Gana, país do oeste da África, registra oficialmente 80.0759 casos de coronavírus e 582 mortes. Mas analistas apontam uma subnotificação, já que o número de testes realizados continua baixo.

O sistema Covax tem como objetivo proporcionar este ano vacinas contra o vírus da Covid-19 a 20% da população de quase 200 países e territórios participantes, entre eles, o Brasil. O mecanismo de financiamento permite que 92 economias de baixa e média renda tenham acesso às doses.

Prazos de entrega adiados

O Covax - parceria da OMS, a Aliança para a Vacinação (Gavi) e a Coalizão para Inovações em Preparação para Epidemias (CEPI) - concretizou acordo com os fabricantes de vacinas para 2 bilhões de doses em 2021 e tem a possibilidade de comprar mais 1 bilhão. O total inclui 1 bilhão de doses do Instituto Serum da Índia, que produz as vacinas AstraZeneca e Novavax.

Inicialmente, OMS e Gavi acreditavam que poderiam começar a distribuir vacinas aos países desfavorecidos, que se uniram ao Covax em janeiro ou fevereiro, mas o prazo foi adiado.

Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor da OMS, acusou na segunda-feira (22) alguns países ricos de "minar" o programa Covax.

Segunda onda

Na sexta-feira passada, os líderes do G7 anunciaram mais que o dobro de seu apoio coletivo à vacinação antiCovid, com US$ 7,5 bilhões (R$ 40,8 bilhões), por meio do programa Covax.

Além disso, Estados Unidos e União Europeia dobraram a contribuição a ?1 bilhão (R$ 6,6 bilhões), enquanto a Alemanha liberou novos recursos.

Embora alguns países ricos tenham iniciado a vacinação no fim de 2020, muitos países pobres ainda não receberam nenhuma dose, especialmente no continente africano. A descoberta de novas variantes na África do Sul e Grã-Bretanha também acelerou a busca por vacinas.

Desde o início da pandemia, a África permanece oficialmente como um dos continentes menos afetados pelo vírus, mas vários países do continente foram afetados por uma segunda onda de contaminações, que forçou o retorno de medidas restritivas.

Para ajudar a acelerar a vacinação de 1,3 bilhão de pessoas do continente, a União Africana informou que obteve 270 milhões de doses da vacina contra a Covid para distribuir este ano.

(Com informações da AFP)