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Alemanha e Espanha relaxam protocolo sanitário contra covid-19; jovens festejam

09.mai.2021 - Jovens festejam em rua de Barcelona, na Espanha, o fim do estado de emergência na pandemia. País afroxou as regras devido ao avaço da vacinação - REUTERS/Susana Vera
09.mai.2021 - Jovens festejam em rua de Barcelona, na Espanha, o fim do estado de emergência na pandemia. País afroxou as regras devido ao avaço da vacinação Imagem: REUTERS/Susana Vera

09/05/2021 07h53

A Alemanha e a Espanha iniciaram uma nova fase de relaxamento das medidas sanitárias neste domingo (9), graças ao avanço da vacinação contra o coronavírus. Na Espanha, o fim do toque de recolher já deu lugar a festas de jovens pela madrugada.

Desde dezembro passado, os alemães seguiam um dos mais rígidos protocolos da Europa para enfrentar a terceira onda de contaminações, que agora é considerada como vencida. As pessoas vacinadas ou curadas da covid-19 na Alemanha podem se beneficiar de algumas vantagens, como não precisar mais apresentar um teste negativo para entrar em uma loja ou ir ao cabeleireiro, se reunirem à vontade em casa, sem restrições, e não estarem mais sujeitas ao toque de recolher a partir das 22h, que permanece em vigor no país. Os restaurantes e estabelecimentos culturais continuam fechados.

As novas medidas, adotadas em uma rápida votação no Parlamento, vão favorecer as cerca de 7 milhões de pessoas que já receberam duas doses da vacina contra a Covid-19 no país, além das que já contraíram e se recuperaram da doença. O relaxamento é adotado em nível nacional depois que várias regiões já haviam liberado o protocolo em vigor, em meio a um aumento da insatisfação em relação às restrições.

"A terceira onda parece ter sido quebrada", comemorou o ministro da Saúde, Jens Spahn, na sexta-feira (7).

Uma pesquisa do instituto Forsa apontou que 64% dos alemães apoiam a flexibilização, possível após a aceleração da vacinação nas últimas semanas, chegando a mais de 1 milhão de pessoas imunizadas por dia. No total, mais de 26% da população já recebeu pelo menos uma dose da vacina.

As autoridades sanitárias do país preveem que, em agosto, todos os adolescentes com mais de 12 anos também se beneficiarão da campanha. A doença matou quase 85 mil pessoas no país.

Volta das viagens na Espanha

Quanto à Espanha, que já desfrutava de condições bem mais flexíveis - como restaurantes abertos -, pôs um fim ao estado de emergência. Os deslocamentos entre as regiões, proibidos desde outubro, voltaram a ser autorizados.

Na capital, a madrilena Laura, 45 anos, estava emocionada à espera dos familiares na estação de trem de Atocha. "Fazia oito meses que eu não os via. É muita emoção", disse, enquanto esperava os pais moradores de Castilla la Mancha, no centro do país.

O toque de recolher noturno também foi abolido em 13 das 17 regiões espanholas a partir da 0h deste domingo - uma medida que foi imediatamente festejada por jovens durante a madrugada, em cidades como Barcelona e Madri. A polícia se viu obrigada a fazer cumprir a estranha missão de enviar as pessoas para casa às 22h, em respeito ao toque de recolher ainda em vigor no sábado, antes de vê-las sair às ruas à meia-noite.

Na capital catalã, centenas de jovens, a maioria sem máscaras, se dirigiram à orla para comemorar cantando, dançando e se abraçando.

Festas sem precauções em Barcelona

"Parece Ano Novo! Voltamos a ter um pouco de normalidade, de liberdade, mas precisamos ter em mente que o vírus ainda está presente", comentou Oriol Corbella, 28 anos, à AFP. "Os jovens sofreram particularmente com essas restrições. Já era hora de voltarmos a ter um pouco de liberdade para aproveitarmos um pouco o verão", disse Paula Garcia, 28 anos, à Reuters.

Com as temperaturas em alta em plena primavera, o epidemiologista chefe do Ministério da Saúde, Fernando Simon, advertiu que é "preciso evitar uma falsa percepção" de que a epidemia terminou.

"As pessoas precisam compreender que devem continuar a aplicar as medidas. Elas dependem de cada um de nós. Não podemos excluir nenhuma hipótese, em termos de evolução da pandemia", declarou.

O coronavírus matou quase 79 mil pessoas no país, até o momento.

*Com informações da AFP e Reuters