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Covid-19: Reino Unido renuncia a passaporte sanitário para discotecas e estádios

Ministro da Saúde, Sajid Javid descartou passaporte vacinal na Inglaterra - Isabel Infantes / AFP
Ministro da Saúde, Sajid Javid descartou passaporte vacinal na Inglaterra Imagem: Isabel Infantes / AFP

12/09/2021 10h39Atualizada em 12/09/2021 11h03

O Reino Unido anunciou hoje ter renunciado a seu projeto de introduzir um passaporte vacinal para a entrada em estádios e discotecas na Inglaterra. O governo britânico diz considerar o documento supérfluo, diante do sucesso da campanha de vacinação contra a covid-19.

"Eu nunca gostei da ideia de pedir às pessoas que mostrem seus documentos (...) simplesmente para poder realizar atividades diárias", declarou o ministro da Saúde, Sajid Javid. "O passaporte era uma opção, mas fico feliz de dizer que não vamos manter nosso projeto de passaporte vacinal", acrescentou.

A mudança é anunciada alguns dias após o executivo reiterar sua intenção de exigir, no final de setembro, um certificado de vacinação para entrar em estádios e discotecas. A decisão da aplicação do passaporte foi duramente criticada pelos profissionais do setor e deputados conservadores e da oposição.

Javid afirmou que a medida finalmente não era necessária. O Reino Unido registra atualmente quase 40 mil casos positivos diários de covid-19, apesar de ter vacinado aproximadamente 81% de sua população de mais de 16 anos. Como cada nação que constitui o país é competente para impor suas próprias restrições contra o vírus, a Escócia decidiu introduzir, a partir de 1° de outubro, o certificado para autorizar o acesso a discotecas e outros eventos. O objetivo é frear o aumento de casos atribuído a volta às aulas.

O primeiro-ministro Boris Jonhson deve dar mais detalhes, nos próximos dias, de seu plano de luta contra o coronavírus para o período do inverno no hemisfério norte. Segundo a imprensa britânica, a vacinação em massa deve continuar sendo a principal estratégia do governo, com o início de um programa de reforço e uma decisão sobre a eventual ampliação da campanha de imunização para jovens entre 12 e 15 anos.

Javid também expressou sua intenção de suprimir, "logo que possível" a obrigação para viajantes provenientes de alguns países, que já receberam as duas doses das vacinas, de se submeterem a um teste PCR até dois dias depois de entrarem na Inglaterra.

Protestos na França

Na França, a partir da próxima quarta-feira (15), o passaporte sanitário, que prova que a pessoa recebeu as duas doses da vacina contra a Covid-19, será obrigatória para todos os profissionais do setor da saúde. A regra foi estabelecida em julho, para convencer os profissionais da área relutantes à imunização.

Milhares de manifestantes saíram às ruas de várias cidades da França no sábado (11) pela nona semana consecutiva para protestar contra o documento. Alguns incidentes foram relatados em Paris ao meio-dia nos arredores da Champs-Elysées, onde a polícia disparou bombas de gás lacrimogêneo para impedir o acesso aos manifestantes. Várias pessoas foram presas, segundo uma fonte policial.

(Com informações da AFP)