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Covid: França reforça controle nas fronteiras, mas descarta lockdown para não-vacinados

4.mai.2020 - Estátuas usam máscara para se "proteger" do novo coronavírus; ao fundo, a Torre Eiffel, em Paris, na França - Mehdi Taamallah/NurPhoto via Getty Images
4.mai.2020 - Estátuas usam máscara para se 'proteger' do novo coronavírus; ao fundo, a Torre Eiffel, em Paris, na França Imagem: Mehdi Taamallah/NurPhoto via Getty Images

15/11/2021 15h45

A França decidiu reforçar o controle nas fronteiras diante da alta do número de casos de covid-19, que passou de 10 mil infecções diárias nos últimos sete dias, de acordo com um balanço publicado neste domingo (14). Apesar do aumento, o governo não pretende, por enquanto, adotar restrições que visam a população não-imunizada.

Na região Norte da França, que faz divisa com a Bélgica, desde sábado (13) as autoridades reforçaram as medidas para os viajantes que atravessam a fronteira.

O país vizinho é um dos dez considerado em "situação preocupante", de acordo com o Centro Europeu de Controle de Doenças. As mesmas restrições serão aplicadas à Alemanha, à Holanda, à Áustria, à Hungria, à República Tcheca, à Grécia e à Ucrânia.

No início de novembro, a Europa voltou a ser o epicentro da epidemia de covid-19. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), o ritmo atual de transmissão do coronavírus poderia provocar meio milhão de mortes adicionais até fevereiro no continente.

Fora da UE, o Uruguai, que também registrou alta de casos, será alvo de um controle especial, segundo o site do Ministério francês das Relações Exteriores.

Todos os viajantes, exceto as crianças menores de 12 anos que chegarem dos países europeus citados e do território uruguaio, deverão apresentar um atestado de vacinação completo ou o resultado negativo de um teste PCR ou de antígeno de menos de 24 horas. Por hora, a França está na categoria de risco epidêmico "moderado."

Lockdown para não-imunizados não está em discussão

O líder do partido do governo na Câmara A República em Marcha, Christophe Castaner, disse nesta segunda-feira (15) que um lockdown de não-vacinados, a exemplo da Áustria, por enquantonão está em discussão. "O objetivo, e o método que defendemos, é o da vacinação e o do reforço", ressaltou.

Em um pronunciamento no dia 9 de novembro, o presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou que o passaporte sanitário seria condicionado à terceira dose para os maiores de 65 anos a partir de 15 de dezembro.

Mais de 620 mil consultas com esse fim foram agendadas no site Doctolib, aplicativo utilizado pelos franceses para realizar as injeções, de acordo com o porta-voz do governo, Gabriel Attal.

No total, em 9 de novembro, mais de 51 milhões de franceses estavam vacinados, o equivalente a cerca de 75% da população, segundo a agência de Saúde Pública do país.

Reino Unido estende 3ª dose da vacina

O Reino Unido estenderá a terceira dose da vacina anticovid-19 para pessoas entre 40 e 49 anos, após aprovação do comitê científico sobre vacinação e imunização nesta segunda-feira (15). Todos os adultos nessa faixa etária poderão ter acesso a uma terceira injeção, seis meses após terem recebido a segunda - em princípio, da Pfizer/BioNTech, ou uma meia dose da Moderna.

O objetivo é evitar o caos do inverno passado, com hospitais saturados com pacientes da covid-19 e de outros vírus sazonais, como a gripe.

"No Natal e durante o inverno, a expectativa é que os vírus respiratórios estarão presentes, e tememos, em especial, que a gripe volte e agrave nossos problemas", declarou o professor Jonathan Van-Tam, em entrevista coletiva nesta segunda-feira.

O Reino Unido é um dos países mais afetados pela pandemia do coronavírus, com pelo menos 143.000 mortes.