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Sabesp: Nível do Sistema Cantareira cai a 15%, novo recorde de baixa

O Sistema Cantareira registra novo recorde de baixa, segundo a Sabesp - Luis Moura/Parceiro/Agência O Globo
O Sistema Cantareira registra novo recorde de baixa, segundo a Sabesp Imagem: Luis Moura/Parceiro/Agência O Globo

Em São Paulo

17/03/2014 15h12

O volume de água no Sistema Cantareira chegou a 15% nesta segunda-feira (17), um novo recorde de baixa, segundo dados da Sabesp.

Desde janeiro, quando a companhia emitiu o primeiro alerta sobre o risco de desabastecimento de água em alguns locais do Estado de São Paulo, o nível caiu dez pontos, já que estava em 25%. Nesta mesma época no ano passado, o indicador estava em 52% e, no ano anterior, em 75%.

A falta de chuvas no lugar correto e o calor estão contribuindo para a redução do nível do sistema, que abastece no momento cerca de 8 milhões de pessoas na região metropolitana de São Paulo. A Sabesp explica que não basta chover na cidade de São Paulo pois, para que o nível do Cantareira suba, é necessário que as chuvas aconteçam na divisa entre São Paulo e Minas Gerais.

No dia 10, por determinação da Agência Nacional de Águas (ANA) e do Departamento de Águas e Energia Elétrica (Daee), a Sabesp teve que reduzir seu bombeamento de água do sistema, de 31 mil litros por segundo para 27,9 mil litros por segundo. A empresa informou que passou a usar água de dois outros reservatórios (Alto Tietê e o Guarapiranga) para uma fatia da população.

Em fevereiro, a Sabesp anunciou um desconto de 20% na tarifa a quem economizar 30% no gasto mensal da água. Além disso, contratou uma empresa de indução de chuvas e está investindo cerca de R$ 90 milhões em bombas para aproveitar água de locais mais profundos do reservatório.

Diretores da Sabesp afirmaram na semana passada, durante audiência pública sobre tarifas da empresa, em São Paulo, que ainda não está definida qual será a próxima medida da companhia para impedir o desabastecimento de água na região.

A empresa vem reiterando que continua a trabalhar com um cenário de aumento das chuvas, o que não exigirá um racionamento na cidade de São Paulo.

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