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Após ofensiva do governo, Cunha diz não contar votos e que cuida apenas de sessão plenária

Eduardo Cunha (PMDB-RJ) evitou comentar ofensiva do governo que teria mudado votos contra impeachment - Evaristo Sá/AFP
Eduardo Cunha (PMDB-RJ) evitou comentar ofensiva do governo que teria mudado votos contra impeachment Imagem: Evaristo Sá/AFP

Em Brasília

16/04/2016 02h02

O presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), evitou se manifestar na madrugada deste sábado (16) sobre os votos revertidos pelo governo ao longo da sexta-feira (15) para barrar em plenário o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

"Não cuido disso, cuido só da sessão", disse Cunha após conduzir os últimos discursos da noite de sexta-feira, minimizando riscos de atraso, e deixar o Congresso Nacional no início da madrugada de sábado. "Isso aí [contagem de votos] é com quem está disputando", completou o deputado.

Próximo da 1h deste sábado, o entorno do vice-presidente Michel Temer contabilizava 368 manifestações favoráveis ao impeachment de Dilma - são necessários 342 votos para encaminhar o pedido de abreviação do mandato da presidente - em uma estimativa próxima à dos partidos de oposição, de 367 votos favoráveis ao impeachment.

Ainda na noite de sexta-feira, o Palácio do Planalto dizia ter 180 votos contrários, número acima dos 172 necessários para evitar o pedido de impeachment da presidente. Nas contas de governistas, a oposição contaria com 325 votos favoráveis ao impeachment.