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Teori autoriza José Carlos Bumlai a cumprir prisão domiciliar

Chello Fotógrafo - 27.jun.2016/Futura Press/Estadão Conteúdo
Imagem: Chello Fotógrafo - 27.jun.2016/Futura Press/Estadão Conteúdo

18/11/2016 01h51

O ministro Teori Zavascki, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou o pecuarista José Carlos Bumlai a deixar a cadeia e ficar em prisão domiciliar. Bumlai foi preso em novembro de 2015 pela Operação Lava Jato. Ele trata um câncer na bexiga.

O pecuarista José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi condenado em setembro pelo juiz federal Sérgio Moro a 9 anos e 10 meses de prisão por gestão fraudulenta de instituição financeira e corrupção na Operação Lava Jato. O magistrado manteve a prisão preventiva de Bumlai, que voltou ao cárcere no início de setembro.

"... Reconsidero a decisão agravada e defiro o pedido de liminar para, com base no art. 318, II, do Código de Processo Penal, substituir a prisão preventiva pelo recolhimento domiciliar, com as mesmas condições então impostas pelo juízo de primeira instância. Solicitem-se informações ao juízo da 13ª Vara Federal da Subseção Judiciária de Curitiba, especialmente sobre as condições de saúde do paciente", informa a decisão de Teori.

Empréstimo de R$ 12 milhões

Bumlai é protagonista do emblemático empréstimo de R$ 12 milhões que tomou junto ao Banco Schahin, em outubro de 2004. O dinheiro, segundo o próprio pecuarista, foi destinado ao PT, na ocasião em dificuldades de caixa.

Segundo a Lava Jato, em troca do empréstimo, o Grupo Schahin foi favorecido por um contrato de US$ 1,6 bilhão sem licitação com a Petrobras, em 2009, para operar o navio sonda Vitória 10.000. Lula, que não é acusado nesta ação, teria dado a "bênção" ao negócio - o que é negado pela defesa do petista.