Com luto, ódio e busca por corpos, Brumadinho teme futuro sem a Vale
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Mesmo em meio a um pesado processo de luto, eram muitos os moradores que defendiam a mineração. A busca por corpos e o ódio à Vale não excluíam uma preocupação com o dia seguinte. Amanhã ou depois, os sobreviventes do maior acidente trabalhista da história do Brasil teriam que achar emprego e sustentar suas famílias. Defendiam a permanência da mesma empresa que chamavam de assassina. A dependência da cidade com a mineração se explicita tanto nas falas tensas dos moradores quanto nos números frios do orçamento. A Vale é não só a maior empregadora da cidade, como também essencial para as suas finanças. A compensação ambiental paga pela empresa em 2018, de R$ 35,6 milhões, respondeu por um quinto da arrecadação do município. Isso sem contar os impostos pagos diretamente à prefeitura.
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