Relembre senadores levados ao Conselho de Ética

José Emilio Perillo/Folhapress
Em 2000, os tucanos Teotônio Vilela Filho (foto) e Geraldo Lessa, de Alagoas, foram alvo de representação popular por suposto uso indevido de recursos da Fundação Teotônio Vilela. O relator no Conselho de Ética, Ney Suassuna (PMDB-PB), rejeitou as denúncias por considerá-las improcedentes Mais
Sergio Lima/Folhapress
Em 2000, Romero Jucá (PSDB-RR) foi acusado de desviar recursos públicos da Eletrobrás/RR. O relator do caso, Juvêncio da Fonseca (PFL-MS, atual DEM), considerou que a denúncia, anônima, não deveria ser acatada. Em 2006, o Conselho arquivou representação contra Jucá que o acusava de ser dono de uma rede de TV em Roraima Mais
Ailton de Freitas/Folhapress
Em junho de 2000, após mais de sete horas de reunião, os integrantes do conselho acataram o relatório do senador Jefferson Peres (PDT-AM) e recomendaram a cassação do mandado do senador Luiz Estevão (PMDB-DF), acusado de participar do esquema que desviou R$ 169 milhões das obras do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo. O plenário do Senado aprovou a cassação --pela primeira vez-- com 52 votos a favor, 18 contra e 10 abstenções Mais
Moacyr Lopes Júnior/Folhapress
Alvo de duas denúncias (arquivadas) e uma advertência por quebra de decoro, o baiano Antônio Carlos Magalhães, o ACM (PFL, atual DEM), renunciou ao mandato em 30 de maio de 2001, acusado de violação do painel eletrônico do Senado para descobrir os votos dos colegas na sessão que culminou com a cassação de Luiz Estevão. Reeleito em 2002, ACM voltou a enfrentar ameaça de cassação no ano seguinte, suspeito de envolvimento em esquema de escutas ilegais na Bahia. A cassação, no fim, virou apenas uma advertência a ACM, e a denúncia foi encaminhada ao STF Mais
Alan Marques/Folhapress
Em 2001, o ex-governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM), renuncia ao mandato durante investigação da violação do painel de votação eletrônica do Senado. À época, Arruda era líder do governo FHC no Senado. Com a renúncia, o processo de Arruda foi arquivado, assim como o de ACM, também envolvido no escândalo, e os dois puderam se candidatar na eleição seguinte, em 2002. Em sua campanha naquele ano, Arruda dizia que cometeu um erro e pedia uma nova chance. Os dois políticos se reelegeram em 2002 (ACM como senador, e Arruda como deputado federal) Mais
Sergio Lima/Folhapress
Em outubro de 2001, Jader Barbalho (PMDB-PA) renunciou ao cargo para manter os direitos políticos. O leque de denúncias envolvendo o político incluía desvio de dinheiro do Banpará (Banco do Estado do Pará), fraudes na extinta Sudam (Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia) e venda irregular de títulos da dívida agrária Mais
Paula Giolito/Folhapress
Em 2001, o senador José Eduardo Dutra (PT-SE) foi acusado de envolvimento indireto na violação do painel eletrônico do Senado no episódio da cassação de Luiz Estevão, mas faltaram provas. A denúncia questionava o fato de Dutra ter afirmado que ouvira boatos sobre a violação. A partir de um parecer da Advocacia Geral do Senado, o Conselho decidiu arquivar a denúncia por falta de evidências Mais
Sergio Lima/Folhapress
Em 2002, uma denúncia contra Antero Paes de Barros (PSDB-MT), acusado de não pagar os serviços de uma gráfica nas eleições de 1998, foi arquivado. O relator, Geraldo Althoff (PFL-SC), considerou ilegítima a empresa que fez a denúncia Mais
Rogério Vital/Tribuna do Norte/Folhapress
Em 2002, Fernando Bezerra (PTB-RN) foi alvo de denúncia por irregularidades em sua atuação como empresário e ministro da Integração Nacional. O Conselho de Ética do Senado considerou que as denúncias não tinham relação com o mandato do parlamentar Mais
Lula Marques/Folhapress
Em 2002, Wellington Roberto (PTB-PB) teve seu processo arquivado pelo Conselho de Ética do Senado. O parlamentar era um dos alvos de uma denúncia de cobrança de propina Mais
Alan Marques/Folhapress
Em 2003, o senador Roberto Saturnino (PT-RJ) (esquerda na foto) foi acusado de compartilhar seu mandato com o suplente Carlos Lupi (PDT-RJ). Pela denúncia, ele ficaria quatro anos no cargo, antes de passá-lo ao suplente, e obteria o apoio da sigla em troca. Em abril de 2004, o Conselho decide aplicar apenas uma censura verbal a Saturnino Mais
Sérgio Lima/Folhapress
Em 2003, o senador Roberto Saturnino (PT-RJ) foi acusado de compartilhar seu mandato com o então suplente Carlos Lupi (PDT-RJ) (foto). Pela denúncia, Saturnino ficaria quatro anos no cargo, antes de passá-lo ao suplente, e obteria o apoio da sigla em troca. Em abril de 2004, o Conselho decide aplicar apenas uma censura verbal a Saturnino Mais
Geraldo Magela/Folhapress
Em 2006, o Conselho de Ética absolveu Ney Suassuna (PMDB-PB) (foto) e outros três senadores acusados de envolvimento com a máfia dos sanguessugas: Serys Slhessarenko (PT-MT) e Magno Malta (PL-ES, atual PR). Suassuna teve outro processo contra ele arquivado em 2002, em uma denúncia sobre cobrança de propina Mais
Alan Marques/Folhapress
Em 2006, o Conselho de Ética absolveu Serys Slhessarenko (PT-MT) (foto) e outros três senadores acusados de envolvimento com a máfia dos sanguessugas: Magno Malta (PL-ES, atual PR) e Ney Suassuna (PMDB-PB). Serys foi inocentada por falta de evidências Mais
José Cruz/Agência Senado
Em 2006, o Conselho de Ética absolveu Magno Malta (PL-ES) (foto) e outros três senadores acusados de envolvimento com a máfia dos sanguessugas: Serys Slhessarenko (PT-MT) e Ney Suassuna (PMDB-PB). Malta foi acusado pelo uso de um veículo em troca de emendas ao Orçamento para aquisição de ambulâncias superfaturadas da empresa Planam. O conselho considerou que o veículo não era prova suficiente de envolvimento do senador Mais
Folha Imagem
Em março de 2006, o Conselho de Ética arquivou representação contra o senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), acusado de irregularidades na prestação de contas da campanha derrotada ao governo de Minas Gerais em 1998. O arquivamento ocorreu sob o argumento de que o fato ocorrera antes do início do mandato de senador Mais
Lula Marques/Folhapress
Em 2006, o Conselho de Ética do Senado arquivou representação contra Arthur Virgílio (PSDB-AM), acusado de usar a tribuna do Senado para atacar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, referindo-se a um suposto caixa dois petista nas eleições de 2006. O conselho avaliou que as alegações não foram comprovadas Mais
Sérgio Lima/Folhapress
Durante sete meses do ano de 2007, o Conselho de Ética do Senado lidou com uma enxurrada de denúncias envolvendo Renan Calheiros (PMDB-AL). O desgaste resultou em uma renúncia do peemedebista à presidência da Casa. Com o apoio de seus pares, porém, o parlamentar escapou da cassação em duas ocasiões. As acusações contra ele, entre outras, envolviam uso de recursos da construtora Mendes Júnior para pagar pensão de uma filha fora do casamento, e o uso de laranjas para comprar um grupo de comunicação em Alagoas. Renan ainda foi alvo de outros processos no conselho, mas nem todos avançaram Mais
Marcelo Camargo/Folhapress
Em julho de 2007, Joaquim Roriz (PMDB-DF) renunciou ao cargo de senador para evitar que o processo por quebra de decoro contra ele chegasse ao Conselho de Ética. Se aprovado, ele perderia seus direitos políticos até 2022, aos 86 anos. O peemedebista teria de responder por suposto desvio de recursos do Banco de Brasília, mas entregou o mandato antes de ser notificado pelo conselho sobre a abertura de seu processo Mais
Antonio Cruz/Agência Brasil
Acusado de quebra de decoro parlamentar pelo envolvimento com o bicheiro Carlinhos Cachoeira, preso em fevereiro sob a acusação de comandar um esquema de corrupção, Demóstenes Torres foi o segundo senador cassado na história da Casa --o primeiro foi o empresário Luiz Estevão, há 12 anos Mais
Pedro Ladeira/Folhapress
2016 - O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do Senado votou, em maio de 2016, pela cassação do mandato do senador Delcídio do Amaral (sem partido-MS). O parlamentar teve conversas com o filho do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, Bernardo Cerveró, gravadas e divulgadas. O relator Telmário Mota (PDT-RR) afirmou que "as conversas caracterizaram ato atentatório ao decoro parlamentar". Bernado gravou as conversas para ajudar o pai a fechar acordo de delação premiada com a força-tarefa da Operação Lava Jato Mais