Jornalista brasileiro conta em livro tortura e cativeiro na Síria
Klester Cavalcanti/Divulgação Klester Cavalcanti foi o primeiro jornalista brasileiro a entrar na Síria após o acirramento dos conflitos em 2011. Preso no país, foi queimado no rosto com um cigarro por um soldado e mantido algemado a uma cama até ser transferido para a Penitenciária Central de Homs, conforme conta no livro "Dias de Inferno na Síria" Klester Cavalcanti/Divulgação Próximo ao centro de Homs, na Síria, o jornalista Klester Cavalcanti registrou o momento de um bombardeio pelo Exército a um prédio Klester Cavalcanti/Divulgação No centro de Homs, na Síria, carros são constantemente vistos carbonizados após ataques e as ruas, desertas, ficam repletas de destroços Klester Cavalcanti/Divulgação O passaporte de Klester Cavalcanti registra o visto sírio autorizando a entrar no país, com um recado, escrito em português e em árabe, para que procurasse o Ministério das Informações imediatamente após a chegada. Ele resolveu desobedecer a orientação para não ser tolhido em suas reportagens, mas acabou preso Klester Cavalcanti/Divulgação O jovem Jawad Merah, 21, viu o pai ser morto por militares na mercearia onde trabalhavam. Ainda assim, foi convocado para integrar o Exército Sírio e teve de sair de Trípoli, no Líbano, onde estava empregado, para Homs, para se apresentar às forças leais ao ditador Bashar al-Assad. Parte de seu rosto foi mutilada ao ser atingido por estilhaços de uma granada Klester Cavalcanti/Divulgação Acampamento de refugiados em Trípoli, no Líbano, perto da Síria, onde vivem familiares de Jawad Merah, 21, convocado a ir ao Exército apesar de o pai ter sido morto durante um ataque de soldados à mercearia onde trabalhavam Klester Cavalcanti/Divulgação Rodoviária de Homs, na Síria, quase vazia, após o acirramento dos conflitos na região. O único ônibus a chegar à estação era o que levava Klester Cavalcanti para Homs Klester Cavalcanti/Divulgação Posto de fronteira entre Masnaa, no Líbano, e a Síria registra fotos do ditador Bashar al-Assad (à dir.) e de seu pai, que presidiu o país até a morte, Hafez al-Assad (à esq.) Klester Cavalcanti/Divulgação Os irmãos Chadi e Shadia Kobeissi, brasileiros que vivem em Beirute, no Líbano, e ajudaram o jornalista Klester Cavalcanti em sua viagem até a Síria Klester Cavalcanti/Divulgação Placas (à esq.) sinalizam o caminho para Homs, na Síria, e saídas para outras principais cidades no país, como Hana e Aleppo Klester Cavalcanti/Divulgação Tanque de guerra dividia espaço com carros no centro de Homs, na Síria. Ao ver que estava sendo fotografado por Klester Cavalcanti, um soldado apontou o canhão na direção do táxi onde o jornalista estava Klester Cavalcanti/Divulgação Cartaz com foto do ditador sírio Bashar al-Assad; inúmeros pôsteres e fotografias do dirigente estão espalhados por prédios governamentais e prisões Klester Cavalcanti/Divulgação Papel timbrado da delegacia onde Klester Cavalcanti esteve preso. Ao centro, se lê Força de Segurança Interna. Nunca foi explicado ao jornalista os motivos de sua detenção Klester Cavalcanti/Divulgação Alguns dos presentes que Klester Cavalcanti recebeu durante sua passagem pela Síria; o anel de prata com ônix veio do detento Adnan al-Saad, na noite em que o escritor soube que seria libertado. À dir., estão as masbahas, espécie de terços islâmicos, para proteção Klester Cavalcanti/Divulgação Algumas das cartas de baralho feitas pelos presos com embalagens de chá e de cigarro. O pôquer era uma das poucas diversões possíveis dentro da Penitenciária Central de Homs Klester Cavalcanti/Divulgação A mesquita de Damasco, na Síria, é uma das mais visitadas do mundo. Na imagem, uma garota de dois anos já sabe que não pode pisar em solo sagrado com seus sapatos. O clima na capital síria não demonstrava a guerra civil em que o país vivia quando Klester Cavalcanti esteve na região Klester Cavalcanti/Divulgação Mercado de Damasco lotado de turistas e moradores locais que tentam comprar frutas e especiarias, numa paz que não existia no resto da Síria