Operação Porto Seguro

Jorge Araújo - 3.jun.2009/Folhapress
Rosemary Noronha: ex-chefe de gabinete da Presidência da República em São Paulo. Foi nomeada para o cargo de assessora especial no gabinete pessoal do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2003, e foi promovida a chefe de gabinete em 2007. Continuou na função sob o governo Dilma Rousseff, até ser indiciada pela PF por corrupção, tráfico de influência e falsidade ideológica. Por meio de interceptação telefônica, a PF identificou pagamentos feitos por Paulo Vieira a Rosemary Mais
Sergio Lima - 15.dez.2009/Folhapress
Paulo Rodrigues Vieira: ex-diretor da ANA (Agência Nacional de Águas), foi afastado após a Operação Porto Seguro da PF. É apontado como chefe da quadrilha, crime pelo qual foi indiciado. Entre outras acusações, a PF diz que ele conseguiu pareceres do MEC para beneficiar uma faculdade de sua família e que teria ajudado o senador Gilberto Miranda (AM) a obter pareceres para construir um complexo portuário em Santos (SP)
Sergio Lima - 16.jun.2010/Folhapress
Rubens Carlos Vieira: ex-diretor de Infraestrutura Aeroportuária da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), é irmão de Paulo Vieira. Chegou ao cargo por indicação de Rosemary Noronha e também é acusado da venda de pareceres para favorecer interesses privados. Há ainda um terceiro irmão envolvido no caso, o empresário Marcelo Vieira. Os irmãos foram indicados por formação de quadrilha Mais
Paulo de Araújo - 19.out.2005/D.A. Press
José Weber Holanda Alvez: ex-número 2 da AGU (Advocacia Geral da União). Era adjunto do advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, e membro suplente do Conselho Deliberativo da Funpresp (Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal do Poder Executivo). Foi exonerado após o escândalo
Marlene Bergamo - 28.nov.2012/Folhapress
Cyonil da Cunha Borges de Farias Jr: delator do esquema de tráfico de influência investigado pela Operação Porto Seguro. Ex-auditor do TCU (Tribunal de Contas da União), Cyonil teria feito um acerto para receber R$ 300 mil de propina em troca de um parecer favorável a uma empresa do setor portuário, mas teria se arrependido. Em um telefonema interceptado pela polícia, Cyonil aparece conversando com Vieira sobre o ministro José Múcio, do TCU, e sobre um parecer que seria de interesse da Tecondi, empresa de contêineres que usa uma área da União próxima ao porto de Santos. A empresa precisava do parecer para prorrogar o contrato de uma licitação vencida em 1998 Mais
Roosewelt Pinheiro/Agência Senado
Gilberto Miranda: ex-senador (PMDB-AM). Para obter vantagens em um processo judicial que envolve a posse de uma ilha no litoral de São Paulo, Miranda teria usado pareceres técnicos de órgãos federais em troca de propina. O ex-senador teria obtido a aprovação do projeto de um complexo portuário de R$ 2 bilhões na ilha de Bagres, uma área de proteção permanente ao lado do porto de Santos Mais
Juca Varella - 29.nov.2012/Folhapress
Vista da Ilha das Cabras, em Ilhabela, no litoral norte paulista. A PF investiga se o ex-senador Gilberto Miranda obteve parecer fraudulento da AGU para não desocupar a ilha. O ex-senador e empresário construiu uma mansão e um heliporto na ilha e queria regularizar a situação Mais
Reprodução/Facebook
Evangelina de Almeida Pinho, uma das investigadas pela Operação Porto Seguro da Polícia Federal. Foi exonerada do cargo de assessora da Secretaria do Patrimônio da União, em portaria do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão após a operação ser deflagrada. Foi instaurada uma sindicância para apurar possíveis irregularidades praticadas por servidores da secretaria Mais
Eduardo Knapp - 30.dez.2002 /Folhapress
Dois servidores do MEC (Ministério da Educação) também estão envolvidos nas denúncias: Esmeraldo Malheiros dos Santos e Márcio Alexandre Barbosa Lima. Malheiros dos Santos era consultor jurídico do MEC e seria o intermediário para pareceres favoráveis. Ele foi afastado. Márcio Alexandre Barbosa Lima era da Secretaria Especial de Regulação do Ensino Superior e foi quem ofereceu a senha a Paulo Vieira para consultar informações da faculdade da família de Vieira no ministério Mais
Arte/UOL
No total, segundo a PF, 18 pessoas foram indiciadas pela Operação Porto Seguro pelos crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, falsidade ideológica, falsidade de documentos particulares e tráfico de influência, cujas penas variam de 2 a 12 anos de prisão. A polícia não divulga a lista dos 18 indiciados, mas, segundo reportagens publicadas na imprensa, estão entre os envolvidos Mirelle Nóvoa de Noronha Oshiro, filha de Rosemary -- ela foi exonerada do cargo de assessora técnica da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). Três ex-servidores da Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários) também aparecem nas investigações: Jailson Santos Soares, ouvidor; Enio Soares Dias, chefe de gabinete; e Glauco Alves Cardoso, procurador-geral. Foram presos pela Operação Porto Seguro ainda a advogada Patricia Santos Maciel de Oliveira, em Brasília, e os advogados Marcos Antônio Negrão Martorelli e Lucas Henrique Batista, em Santos (SP). Patricia e Martorelli foram indiciados por formação de quadrilha. Segundo a PF, os advogados entravam em contato com companhias que tivessem interesse em certidões, pareceres e decisões de órgãos da União. Outro nome que aparece nas investigações é o de José Francisco da Silva Cruz, inventariante da extinta Rede Ferroviária Federal S.A. Mais