Golpes e escândalos marcam trajetória política do Paraguai

Reuters ? Set.1974
O ditador paraguaio Alfredo Stroessner (à esquerda) desfila em carro aberto ao lado do homólogo chileno Augusto Pinochet em Santiago. Stroessner ascendeu ao poder, por meio de golpe, em 1954, quando era o comandante do Exército, e foi deposto em 1989. A ditadura paraguaia foi a mais longa da América do Sul
Renata Falzoni/Folhapress - 26.out.1984
O então presidente do Brasil João Figueiredo (o segundo da direita para esquerda) e o ditador paraguaio Alfredo Stroessner (ao seu lado) inauguram a Usina Hidrelétrica de Itaipu, à época a maior do mundo, em outubro de 1984
Hélcio Nagamine/Folhapress - 18.abr.1989
O ditador paraguaio Alfredo Stroessner durante exílio no Brasil em abril de 1989, dois meses após ter sido deposto em um golpe liderado pelo general Andrés Rodriguez. Dezenas de pessoas morreram nos conflitos relacionados à deposição
Reuters
General Andrés Rodriguez toma posse da Presidência do Paraguai. Ele liderou um golpe contra o ditador Alfredo Stroessner em fevereiro de 1989 e governou o país até 1993. No seu mandato, Rodriguez autorizou o retorno de exilados, estabeleceu censura aos meios de comunicação e legalizou partidos que estavam proibidos
AFP - 26.mar.1991
Os ex-presidentes Fernando Collor de Mello (Brasil), Andrés Rodriguez (Paraguai), Carlos Menem (Argentina) e Luis Lacalle (Uruguai) se congratulam após assinatura do tratado que criou o Mercosul, em 26 de março de 1991, em Assunção, Paraguai
AP - 15.ago.1994
Juan Carlos Wasmosy comemora um ano na Presidência do Paraguai, em 15 de agosto de 1994. Ele foi o primeiro presidente do país eleito democraticamente desde 1954. Assim como seu antecessor, Andrés Rodriguez, foi acusado de ter ligação com o tráfico de drogas, que gerou uma tentativa frustrada de golpe militar, liderada pelo general Lino Oviedo em 1996
Reuters - 23.abr.1996
Milhares de manifestantes se aglomeram na frente do palácio presidencial em Assunção em apoio Juan Carlos Wasmosy, que enfrentou uma tentativa de golpe em 1996, capitaneada pelo comandante do Exército Lino Oviedo. Pressões do Mercosul e dos Estados Unidos, além de apoio popular, impediram a queda de Wasmosy
Atilio Fernandez/AP - 10.mai.1998
Raul Cubas é eleito presidente do Paraguai em 10 de maio de 1998. Logo após assumir, ele determinou a soltura do ex-comandante do Exército Lino Oviedo, preso após uma tentativa de golpe contra Juan Carlos Wasmosy. Cubas renunciou ao cargo em março de 1999 após a morte de seis jovens baleados por militares durante protesto pelo assassinato do vice-presidente Luis María Argaña. Oviedo e Cubas foram acusados de ordenar a morte
AFP - 23.mar.1999
Carro onde estava o ex-vice-presidente do Paraguai Luis María Argaña quando foi morto a tiros, em 23 de março de 1999. Os atiradores acusaram o ex-general do Exército Lino Oviedo e o ex-presidente Raúl Cubas como os mandantes do crime
Antônio Gaudério/Folhapress - 26.mar.2013
Manifestante caído em escada na praça Uruguaia, no centro de Assunção, palco dos protestos pela morte do vice-presidente Luis Maria Argaña. Seis pessoas morreram baleadas pelos militares. O episódio provocou a queda do presidente Raúl Cubas
Eraldo Peres/AP
Lino Oviedo, ex-general do Exército paraguaio, chega a Brasília, acompanhado por policiais federais. Ele foi acusado de tramar um golpe contra Juan Carlos Wasmosy, enquanto este governava o país. Oviedo permaneceu exilado no Brasil entre 2000 e 2004, quando voltou ao Paraguai e acabou sendo preso por mais três anos. Em 2008, foi derrotado por Fernando Lugo nas eleições presidenciais
Rickey Rogers/Reuters - 05.set.2001
Luiz González Macchi (centro) foi presidente do Paraguai entre 1999 e 2003. Ele assumiu após a morte do então vice-presidente Luiz Maria Argaña, que provocou a renúncia de Raul Cubas. Acusado de corrupção, Macchi sobreviveu no cargo a uma tentativa de golpe militar, em 2000, e a um processo de impeachment, em 2003, rejeitado pela maioria dos parlamentares. Em 2006, Macchi foi condenado a seis anos de prisão por corrupção
Norberto Duarte/AFP - 22.fev.2002
Raul Cubas é preso após retornar a Assunção, em fevereiro de 2002, depois de passar três anos exilado no Brasil. Ele foi acusado de ordenar o assassinato de seu vice-presidente, Luis Maria Argaña
Sergio Lima/Folha Imagem - 15.ago.2003
Nicanor Duarte cumprimenta o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante posse da Presidência do Paraguai, em agosto de 2003. Duarte tentou aprovar a reeleição no país, mas a ideia provocou reação dos opositores, que tentaram tirá-lo do cargo por meio de impeachment, que acabou sendo rejeitado pela Câmara
Ivan Alvarado/Reuters - 15.ago.2008
Fernando Lugo durante cerimônia de posse em Assunção, no Paraguai. Esquerdista e ex-bispo seguidor da Teologia da Libertação, Lugo derrotou o ex-general Livo Oviedo e foi eleito presidente do país, quebrando uma hegemonia de seis décadas do Partido Colorado
Cesar Olmedo/AP - 22.jun.2012
Militares apontam armas para apoiadores de Fernando Lugo, que protestavam na praça Uruguaia, no centro de Assunção, contra a deposição do presidente paraguaio. Um acordo entre colorados e liberais --rivais históricos-- derrubou Lugo do cargo, em um processo de impeachment que durou cerca de 30 horas no Congresso paraguaio
Andrés Cristaldo/Efe - 22.jun.2012
Federico Franco toma posse após o impeachment-relâmpago de Fernando Lugo. Franco pertence ao Partido Liberal Radical Autêntico, que integrava o governo de Lugo mas mudou de lado e apoiou a deposição do ex-bispo. Franco permanece na Presidência do país até agosto de 2013
Jorge Adorno/Reuters - 04.jan.2013
O ex-general Lino Oviedo, então candidato à sucessão presidencial no Paraguai, morre após a queda de seu helicóptero, em fevereiro de 2013. Com a morte de Oviedo, o Unace, seu partido, decidiu apoiar o liberal Efraín Alegre contra o colorado Horacio Cartes