Tailandeses criam polêmica ao cultuar símbolos nazistas

Noel Caballero/EFE
Jovem tailandês usa camiseta estampada com a suástica, símbolo que o nazismo tomou emprestado das religiões budista e hinduísta. Camisetas com o rosto de Hitler, campanhas publicitárias usando a imagem do ditador alemão, festas escolares com temática nazista e políticos que cumprimentam o Führer no parlamento são alguns exemplos de simbologia nazista que criaram polêmica na Tailândia Mais
Reprodução/Twitter/Andrew Spooner
A última discussão sobre a figura do ditador alemão no país surgiu quando um jornalista britânico, estabelecido há anos em Bangcoc, publicou no Twitter o descobrimento de um restaurante de fast-food chamado "Hitler Fried Chicken". O local tem as cores e a estética da conhecida franquia "KFC" e criou seu logotipo com a imagem de Adolf Hitler fantasiado com gravata borboleta e avental, assim como no logo protagonizado pelo Colonel Sanders. A companhia dona dos direitos comerciais da franquia indicou que o KFC estuda processar o estabelecimento tailandês, ainda que a imprensa local tenha colocado em dúvida a existência do restaurante após atribuir as imagens a uma piada de mau gosto Mais
Noel Caballero/EFE
No popular mercado de Chatuchak, em Bangcoc, que recebe dezenas de milhares de turistas nos finais de semana, não é raro encontrar entre os estandes bandeiras ou adesivos com o estandarte da Alemanha Nazista. Nas barracas de comércio de rua e até em lojas de shoppings da capital tailandesa é possível comprar camisetas que trazem a figura do líder nazista misturada com ícones da cultura contemporânea, como o palhaço Ronald McDonald ou os Teletubbies Mais
Divulgação Simon Wiesenthal Center
A Universidade Chulalonkorn, da Tailândia, teve que pedir desculpas após alunos da Faculdade de Belas Artes pintarem um mural em que Adolf Hitler aparece entre imagens de super-heróis como o Hulk e o Capitão América. A ONG de direitos humanos The Simon Wiesenthal Center afirmou em comunicado que estava "horrorizada e angustiada pelo silêncio da universidade ao exigir-lhes a retirada do mural", colocado próximo da faculdade de história, ao lembrar o genocídio judeu ordenado por Hitler Mais
EFE
Estudantes com uniformes nazistas desfilam em Chiang Mai, na Tailândia, em 23 de setembro de 2011. O colégio católico Sagrado Coração pediu desculpas depois que fotos do desfile foram divulgadas nas redes sociais. O evento fazia parte das comemorações do Dia do Esporte tailandês. Segundo a tradição, os estudantes promovem na data um desfile à fantasia, cujo tema é mantido em segredo até o dia da celebração. A comunidade judaica do país prestou queixa. Para o secretário de Educação Privada tailandês, Chanwit Tubsuphan, os alunos, haviam acabado de ter aulas sobre a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), foram "inconscientes" do que fizeram Mais
EFE
Pôster com simbolozia nazista é colocado em escola de Chiang Mai, na Tailândia, em 23 de setembro de 2011, durante evento das comemorações do Dia do Esporte tailandês. No mesmo dia, estudantes da escola desfilaram com uniformes nazistas. O colégio católico Sagrado Coração pediu desculpas depois que fotos do desfile foram divulgadas nas redes sociais Mais
Sakchai Lalit/AP
Motorista de táxi tailandês retira anúncio publicitário com a foto de Adolf Hitler, em 3 de junho de 1998. Uma agência de publicidade, que produziu esta campanha e outras propagandas de televisão com imagens do ditador nazista, teve que parar com os comerciais após protestos na Embaixada de Israel em Bangcoc Mais
Reprodução/Youtube
O parlamentar Boonyod Sukthinthai do Partido Democrata, antes de ser expulso da câmara legislativa, dedicou ao presidente do parlamento três saudações "Heil Hitler". Boonyod acusou o moderador da assembleia de comportamento "ditatorial e totalitário", após negar-lhe o uso da palavra em várias ocasiões Mais
Reprodução/2020awards.org
Em 1994 o filme "A lista de Schindler", dirigido por Steven Spielberg e ganhador de sete estatuetas do Oscar, esteve perto de ser censurado pelas autoridades tailandesas por causa de uma cena de nudez. O filme, que narra os esforços de um industrial alemão para salvar mais de mil judeus do terror nazista na Segunda Guerra Mundial, foi qualificado como "propaganda sionista" nos países vizinhos Indonésia e Malásia, ambos de população de maioria muçulmana Mais