Polêmicas, gafes e (quase) incidentes diplomáticos entre Brasil e EUA
Reprodução Simpsons no Brasil - Em 2002, foi ao ar um episódio da série de desenho animado "Os Simpsons" em que a família vem ao Brasil atrás de um garoto órfão chamado Ronaldo. O modo como o país foi retratado desagradou as autoridades. No desenho, os brasileiros falam com sotaque espanhol e a Amazônia é vizinha do Rio de Janeiro, onde cobras e macacos passeiam pela rua, e um dos personagens é sequestrado. À época, a Riotur (empresa de turismo do Rio) ameaçou processar os estúdios Fox, responsáveis pelo desenho, mas o caso não passou disso MaisEraldo Peres/AP Lula e o sub do sub - Em 2003, meses após Luiz Inácio Lula da Silva ser eleito presidente do Brasil, o então representante de Comércio dos EUA, Robert Zoellick (à esquerda na foto), pediu uma audiência com ele. À época, Lula disse que não falaria com o "sub do sub do sub" e afirmou que só discutiria questões comerciais com o então presidente americano, George W. Bush. Posteriormente, o "sub do sub do sub" foi indicado presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento, instituição com orçamento de US$ 60 bilhões para investir em países em desenvolvimento MaisAlexandre Meneghini/AP Gesto obsceno - Em 2004, o piloto americano Dale Robbin Hersh (centro, no monitor) mostrou o dedo médio a sete agentes da Polícia Federal no desembarque do Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos (SP), enquanto o piloto tirava foto de identificação no desembarque do aeroporto. Quando viram a foto e o gesto, os policiais deram voz de prisão ao piloto, que teve de pagar fiança de R$ 36 mil. Posteriormente, o Tribunal de Justiça de São Paulo condenou a American Airlines, companhia aérea para a qual o piloto trabalhava, a indenizar os policiais por dano moral MaisBill Kostroun/AP/Arquivo Caso Sean Goldman - Em 2008, ganhou contornos diplomáticos o caso Sean Goldman, briga judicial do americano David Goldman pela guarda de seu filho, Sean, hoje com 13 anos. A mãe do garoto, Bruna Bianchi, se divorciou de David e morava no Rio de Janeiro com Sean e seu 2º marido, o advogado João Paulo Lins e Silva. Em 2008, Bruna morreu ao dar à luz a filha que teve com João Paulo. O padrasto conseguiu a guarda provisória de Sean, mas o pai biológico recorreu à Justiça alegando sequestro. Em fevereiro daquele ano, o STF (Supremo Tribunal Federal) negou pedido da família brasileira de Sean para tentar trazer o menino de volta ao Brasil MaisDivulgação / Imagem Filmes Stallone e os macacos - Em 2010, o ator Sylvester Stallone disse em tom de brincadeira sobre o Brasil: "você pode explodir o país inteiro e eles [brasileiros] vão dizer obrigado, e aqui está um macaco para você levar para casa". Era para ser um elogio bem-humorado ao país, onde Stallone filmou parte de "Os Mercenários", mas a declaração causou revolta entre internautas, que lançaram o movimento "Cala Boca Stallone" no Twitter. Posteriormente, o astro pediu desculpas pelo comentário MaisPaulo Whitaker/Reuters Disputa comercial - Em 2011, os EUA desistiram de recorrer de recorrer de decisão da OMC (Organização Mundial do Comércio) no contencioso movido pelo Brasil contra medidas antidumping aplicadas sobre a importação de suco de laranja brasileiro. A briga era antiga - vinha, pelo menos, desde 2001 -, mas os EUA sempre foram resistentes a mudar a blindagem na economia de seu país MaisGrigory Dukor/Reuters Conversa pré-G20 - Em 5 de setembro de 2013, a presidente Dilma Rousseff e o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, se encontraram antes da cúpula do G20, na Rússia, para discutir as denúncias de espionagem. Dilma afirmou que Obama se comprometeu a dar explicações ao governo brasileiro sobre as denúncias de espionagem contra o governo. Mas o governo brasileiro continua achando que as explicações foram insuficientes, e tema pode voltar à tona na cúpula deste ano, em Brisbane (Austrália) Jody Amiet/AFP Espionagem americana - Documentos revelados pelo ex-consultor da agência de inteligência americana Edward Snowden indicam que os EUA espionaram várias pessoas e países, entre eles o Brasil. Segundo os documentos, a petista e seus assessores foram alvos de espionagem da Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSA). O objetivo da NSA era "entender melhor" a comunicação da presidente com sua equipe. Luiz Alberto Figueiredo, ministro das Relações Exteriores, foi aos EUA conversar com a secretária Susan Rice, mas não ficou convencido das explicações dos americanos MaisGabriela Biló/Futura Press Espionagem adia ida aos EUA - A presidente Dilma Rousseff decidiu não fazer uma visita aos EUA que estava programada para o dia 23 de outubro de 2013. O presidente americano, Barack Obama, chegou a telefonar para Dilma na tentativa de evitar o cancelamento da visita de Estado, mas não obteve sucesso. A presidente decidiu não ir aos EUA após acusações de que ela e a Petrobras foram alvo de espionagem pela NSA (Agência de Segurança Nacional dos EUA) MaisReprodução 17.set.2013 - "Adivinha quem não virá para o jantar", brincou o Huffpost World sobre o fato de a presidente do Brasil, Dilma Rousseff, decidir adiar a visita oficial que faria aos Estados Unidos, prevista para o dia 23 de outubro. Tanto a Casa Branca quanto o Palácio do Planalto informaram que a decisão foi conjunta. Reportagens revelaram que a NSA (Agência de Segurança Nacional dos EUA) também havia espionado o governo brasileiro e a Petrobras, fato que abalou as relações diplomáticas entre o Brasil e os Estados Unidos Mais