Espionagem americana reacende lembranças da ex-Alemanha Oriental

Julian Stratenschulte/AP Photo/dpa,
A suspeita de ter seu celular grampeado pelos Estados Unidos pode ter trazido velhas recordações a Angela Merkel. A premiê alemã passou grande parte de sua vida sob o regime autoritário da antiga RDA, a Alemanha Oriental, satélite socialista que teve uma das polícias secretas mais eficientes da história Mais
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Na foto, Merkel fala ao telefone no escritório de um movimento de oposição democrática na Alemanha Oriental, em 1989. Ela nasceu em Hamburgo, no lado ocidental, mas cresceu no leste socialista. O país foi dividido pelas potências vitoriosas da Segunda Guerra Mundial e, até a reunificação, em 1990, conviveu com espiões, fronteiras fortemente guardadas e foi vitrine da Guerra Fria Mais
Fabrizio Bensch/Reuters
À esquerda, uma pintura do artista John Powers representa a vigília constante do Estado e faz referência ao brasão alemão oriental, à direita, em foto de março de 1990. Na época, a obra foi instalada no Palácio da República, sede do Parlamento. O edifício foi isolado em 1990, pela presença de amianto, e gradualmente demolido até sumir do mapa, em 2009 Mais
Ina Fassbender/Reuters
Fones e equipamentos de escuta usados por agentes secretos da Stasi, abreviação de "Ministério para a Segurança de Estado". Oficialmente, o código criminal da República Democrática Alemã, a RDA, dizia que a intenção das leis do país era "salvaguardar a dignidade humana, a liberdade e direitos" dos seus 16 milhões de cidadãos, em 1990 Mais
Simon Menner/BstU
A maior parte das fotos de funcionários da Stasi ainda não pode ser divulgada. Estima-se que a agência secreta tenha empregado um agente para cada 166 habitantes da antiga Alemanha Oriental. Além disso, uma a cada sete pessoas no país era um informante da polícia secreta Mais
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Em um país centralizado e dominado pelo SED, o Partido da Unidade Socialista da Alemanha, Erich Mielke era o chefe da polícia secreta e um dos homens mais temidos pelo cidadão comum. O conjunto de documentos, adquirido em um site de leilões, pertenceu a ele Mais
Reuters
Os agentes coletavam milhares de amostras de cheiro para identificar e rastrear suspeitos de agir contra os interesses do Estado. No arquivo peculiar, objetos pessoais se misturavam a um mecanismo engenhoso --ao ser interrogado, o suspeito deixava impregnada uma flanela escondida na cadeira da delegacia. A amostra era guardada em um frasco e entrava para o arquivo da polícia Mais
Ina Fassbender/Reuters
O aparelho para escutas telefônicas hoje faz parte do acervo do Bunker Museum, próximo à cidade de Ilmenau, mas era instrumento de trabalho dos agentes da Stasi na década de 1970. O local era uma unidade secreta da polícia para documentação de atividades consideradas suspeitas Mais
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Gravador e câmera fotográfica usados por agentes secretos e que hoje fazem parte do acervo do Museu da Stasi, em Berlim. No país em que Merkel cresceu, a intimidade das famílias era alvo constante da polícia, sempre em busca de dissidentes Mais
Arquivo/Reuters
Funcionário consulta arquivos com material impresso e gravado do serviço secreto da Alemanha Oriental, em Berlim. A partir da década de 1990, o governo decidiu reconstituir a documentação e torná-la disponível para consulta pública. O resultado chegou a aproximadamente 33 milhões de páginas Mais
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Filmes e livros registraram o clima da época. Em "A Vida dos Outros", longa de Florian Henckel von Donnersmarck e vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, Ulrich Tukur --na foto-- é um agente da Stasi que vigia um famoso dramaturgo do país. Na literatura há "Stasilândia", da jornalista australiana Anna Funder, que revela segredos e métodos de vigília da temida polícia secreta por meio de entrevistas Mais
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Uma visitante observa uma câmera especial de autofoco para fotografias infravermelhas, com os raios escondidos na porta de um carro, em exposição Museu da Polícia Secreta da Stasi, em Berlim, na Alemanha. O país da chanceler Angela Merkel ainda é assombrado por um passado marcado por um forte aparato de vigilância voltado para os cidadãos Mais
Pawel Kopczynski/Reuters
Fitas magnéticas antigas e notas de papel usadas por agentes secretos da Stasi, abreviação de Ministério para a Segurança de Estado, estão em exposição do Museu da Policia Secreta da Stasi, em Berlim, na Alemanha. A vigilância de estado é um assunto ainda muito sensível na Alemanha, um país assombrado pelas memórias do uso de escutas pela polícia secreta Mais
Pawel Kopczynski/Reuters
Um "Memocord", ditafone usado para gravações secretas, também faz parte do acervo do Museu da polícia secreta Stasi, em Berlim. O local reúne instrumentos utilizados pela polícia secreta da Alemanha para vigiar os seus cidadãos, até o fim da Guerra Fria. O país da chanceler Angela Merkel ainda é assombrado por um passado recente Mais
Pawel Kopczynski/Reuters
Um relógio de pulso equipado com equipamento de gravação é uma das peças do acervo do Museu da polícia secreta Stasi, em Berlim. Até a sua reunificação, que aconteceu no fim da Guerra Fria, com a emblemática queda do muro de Berlin, a Alemanha conviveu com as mais diversas técnicas de espionagem. Por isso, o país da chanceler Angela Merkel ainda é assombrado por um passado marcado por um forte aparato de vigilância, voltado para os cidadãos
Pawel Kopczynski/Reuters
Câmeras e lentes usadas pela polícia secreta da Stasi para vigiar os cidadãos da Alemanha também estão em exposição no Museu da polícia secreta Stasi, em Berlim. A vigilância de estado é um assunto ainda muito sensível na Alemanha, um país assombrado pelas memórias do uso de escutas pela polícia secreta
Pawel Kopczynski/Reuters
Tomadas de telefone e caixas de junção com microfones, amplificadores e transmissores de vigilância usados por agentes secretos da Stasi, abreviação de Ministério para a Segurança de Estado, para vigiar os cidadãos da Alemanha estão em exposição do Museu da Policia Secreta da Stasi, em Berlim. Até a sua reunificação, que aconteceu no fim da Guerra Fria, com a emblemática queda do muro de Berlim, a Alemanha conviveu com as mais diversas técnicas de espionagem, por isso este ainda é um assunto bastante sensível para o país
Pawel Kopczynski/Reuters
Um dispositivo de escuta desenvolvido na Bulgária no anos 1980, chamado "Bodil", é um dos objetos que estão em exposição no Museu da polícia secreta Stasi, em Berlim. O país da chanceler Angela Merkel ainda é assombrado por um passado marcado por um forte aparato de vigilância voltado para os cidadãos
Pawel Kopczynski/Reuters
A câmera "Estrela do Robô 50" e seus acessórios usados para vigilância dos cidadãos da Alemanha durante os tempos difíceis de Guerra Fria estão expostos no Museu da polícia secreta Stasi, em Berlim. O país foi dividido pelas potências vitoriosas da Segunda Guerra Mundial e, até a reunificação, em 1990, conviveu com espiões, fronteiras fortemente guardadas e foi vitrine da Guerra Fria