Há dez anos, Saddam Hussein era capturado por soldados norte-americanos

AFP
Sem oferecer resistência, o ex-ditador iraquiano Saddam Hussein, 66, foi capturado por uma força composta por quase 600 soldados norte-americanos às 20h30 (horário local) do dia 13 de dezembro de 2003, de dentro de um esconderijo subterrâneo perto da cidade de Al Daur, a cerca de 15 km ao sul de Tikrit, sua cidade natal, no norte do Iraque. A imagem mostra o exato momento em que homens o tiram do local
Maurício Lima/AFP
Imagem tirada em 15 de dezembro de 2003, dois dias após a captura do ex-ditador iraquiano Saddam Hussein, mostra entrada do esconderijo subterrâneo em que ele foi encontrado, em Al Daur, a cerca de 15 km ao sul de Tikrit, sua cidade natal. Na época, o general norte-americano responsável pela captura afirmou que toda a operação foi feita "sem que um tiro fosse disparado". De acordo com o oficial, Hussein foi preso em esforço conjunto do "povo iraquiano no Curdistão" e "das forças de coalizão, especialmente a 4ª Divisão (do Exército dos Estados Unidos)"
Jewel Samad/AFP
Soldado norte-americano olha de dentro do esconderijo subterrâneo em que o ex-ditador iraquiano Saddam Hussein foi capturado por tropas do Exército dos Estados Unidos em 13 de dezembro de 2003. Na época, o membro curdo do Conselho de governo transitório iraquiano, Mahmud Osmanm, afirmou que Saddam Hussein dormia quando quase 600 homens o capturaram. Outras duas pessoas foram detidas junto ao ex-ditador, além de terem sido encontrados US$ 750 mil no local
Laurent Rebours/AP
Um soldado norte-americano faz guarda no quarto usado por Saddam Hussein antes de ele ser capturado por tropas do Exército dos Estados Unidos em 13 de dezembro de 2003. Saddam havia prometido "morrer no Iraque e preservar a honra de seu povo", quando as tropas norte-americanas invadiram o país em março de 2003, sob a alegação de que havia armas de destruição em massa. Ele passou nove meses escondido e, nesse tempo, seus filhos foram mortos, suas estátuas, derrubadas, e seus retratos, destruídos
Laurent Rebours/AP
Alimentos e utensílios domésticos foram encontrados na cozinha usada pelo ex-ditador iraquiano Saddam Hussein no esconderijo subterrâneo em que ele foi encontrado, em Al Daur, a cerca de 15 km ao sul de Tikrit, sua cidade natal, em 13 de dezembro de 2003. Após ser capturado, Saddam Hussein foi mantido preso em locais desconhecidos do Iraque, sendo transferido posteriormente para uma prisão em uma das maiores bases militares norte-americanas do país, perto do aeroporto de Bagdá
Reuters
A imagem de vídeo apresentada pelas autoridades norte-americanas em 14 de dezembro 2003, um dia após a captura do ex-ditador iraquiano Saddam Hussein em um esconderijo subterrâneo, em Al Daur, a cerca de 15 km ao sul de Tikrit, sua cidade natal, mostra Hussein sendo examinado. Na época, o general norte-americano Ricardo Sánchez afirmou que ele não tinha nenhum ferimento e estava em boas condições de saúde. "Porém, é um homem cansado, um homem resignado a seu destino", disse
US Military/APTN/AP
A imagem de vídeo apresentada pelas autoridades norte-americanas em 14 de dezembro 2003, um dia após a captura do ex-ditador iraquiano Saddam Hussein em um esconderijo subterrâneo, em Al Daur, a cerca de 15 km ao sul de Tikrit, sua cidade natal, mostra Hussein sendo examinado. Na época, o general norte-americano Ricardo Sánchez afirmou que ele não tinha nenhum ferimento e estava em boas condições de saúde. "Porém, é um homem cansado, um homem resignado a seu destino", disse
Reprodução
Segundo o general norte-americano Ricardo Sánchez, quando foi capturado, ex-ditador iraquiano Saddam Hussein usava uma falsa barba e foi feito um teste de DNA para comprovar a sua identidade
EFE
Nessa foto, o ex-ditador Iraque Saddam Hussein é interrogado pelo Tribunal Especial Iraquiano em 2005. Após ser preso em 13 de dezembro de 2003 em um esconderijo subterrâneo, em Al Daur, a cerca de 15 km ao sul de Tikrit, sua cidade natal, Saddam foi considerado pelo Pentágono "prisioneiro de guerra", mas acabou tendo a custódia judicial repassada ao governo provisório do Iraque pelos Estados Unidos em junho de 2004
David Furst/AFP
O ex-ditador iraquiano Saddam Hussein beija o Alcorão momentos após enfrentar o tribunal durante seu julgamento em Bagdá, em dezembro de 2005. O julgamento de Saddam começaria em outubro daquele ano, mas a audiência acabou sendo adiada para novembro, após alegação da defesa de não ter podido se reunir com os acusados. Na data marcada, a defesa solicitou que ela fosse remarcada afirmando falta de segurança no reinício do julgamento. Em 7 de dezembro, Saddam se recusou a comparecer à audiência, após classificar o julgamento de "farsa inventada pelos Estados Unidos"
Stefan Zaklin/AFP
O ex-ditador Saddam Hussein finalmente compareceu ao tribunal em Bagdá nos dias 21 e 22 dezembro de 2005 para denunciar que havia sofrido tortura durante o seu cativeiro. No ano seguinte, o juiz que conduzia o caso, Rizgar Mohammed Amin, foi afastado por ser considerado condescendente com o ditador. Quem assume o julgamento é Rauf Rashid Abdel Rahman, que convoca uma nova equipe de defesa para os acusados
Stefan Zaklin/AFP
O ex-ditador do Iraque Saddam Hussein iniciou em fevereiro uma greve de fome que durou 11 dias. Sua defesa denunciou à ONU (Organização das Nações Unidas) que o julgamento de Saddam estava sendo realizado de maneira parcial. Em maio de 2006, o tribunal iraquiano acusa formalmente o ex-ditador de crimes contra a humanidade, torturas e detenções em massa. No mês seguinte, o promotor pediu pena de morte para Saddam e três de seus mais estreitos colaboradores, seu meio-irmão Barzan Hassan al Tikriti, o ex-vice-presidente Taha Yassin Ramadan e o ex-chefe do tribunal revolucionário Awad Bandar, pelo massacre de Dujail, em 1982, quando 148 xiitas morreram
Scott Nelson/AFP
O juiz Raouf Rashid Abdul Rahman sentenciou em novembro de 2006 o ex-ditador iraquiano Saddam Hussein e outros dois acusados (Awad Hamad al Bandar e Barzan al Tikriti) de participação no massacre de Dujail, em 1982, quando 148 xiitas morreram. Eles foram condenados à morte por enforcamento
EFE
A imagem da emissora de televisão árabe Al Jazeera mostra o ex-ditador iraquiano Saddam Hussein momentos antes de sua execução, em Bagdá, no Iraque, no dia 30 de dezembro de 2006. Na época, a maioria do país lamentou a sentença e manifestou temor de que a morte do ex-líder agravasse a situação política, social e econômica do país. Uma das testemunhas oficiais da execução levadas pelo Estado ao local da forca afirmou que ele morreu imediatamente. Segundo ela, o ex-presidente iraquiano estava constrangido, mas não usou o capuz e fez uma breve oração antes de morrer
Al Iraqiya/Reuters
Imagem retirada de vídeo da emissora iraquiana Al Iraqiya mostra executores colocando corda no pescoço do ex-ditador Saddam Hussein momentos antes de sua morte, em Bagdá, no Iraque, no dia 30 de dezembro de 2006. O presidente dos Estados Unidos na époica, George W. Bush, havia afirmado que, com a sua execução, Saddam obteve a justiça que negou às vítimas de seu brutal regime. O enforcamento aconteceu em um edifício do Ministério da Justiça na parte norte de Bagdá
Al Iraqiya/Reuters
Fotos e vídeos do momento do enforcamento do ex-ditador iraquiano Saddam Hussein circularam na internet e causaram duras críticas à brutalidade com que a execução foi feita
Al-Iraqiya/AP
A imagem retirada de vídeo da emissora iraquiana Al Iraqiya mostra homens manuseando lençol que cobre o corpo do ex-ditador iraquiano Saddam Hussein logo após a sua execução, em 30 de dezembro de 2006, em Bagdá. Momentos depois da execução, as autoridades iraquianas impuseram o toque de recolher em Tikrit, cidade natal de Saddam, e em várias localidades próximas, com o objetivo de evitar possíveis distúrbios
Al-Iraqiya/AP
A imagem retirada de vídeo da emissora iraquiana Al Iraqiya mostra o caixão com o corpo do do ex-ditador iraquiano Saddam Hussein sendo levado por um caminhão logo após a sua execução, em 30 de dezembro de 2006, em Bagdá. O corpo teria sido enviado a Awja por um avião norte-americano poucas horas depois da sessão de enforcamento, que aconteceu em um edifício do Ministério da Justiça na parte norte de Bagdá, para ser entregue ao clã local
Bassim Daham/AP
Iraquianos lamentam a morte do ex-ditador Saddam Hussein, em seu túmulo em Ouja, a 130 quilômetros de Bagdá, capital do Iraque, no dia 31 de dezembro de 2006. Saddam Hussein foi enterrado às 4h, no horário local, no mesmo lugar onde estão os corpos dos seus filhos Uday e Qusay, mortos por tropas norte-americanas em 2003. Na época, o então presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, afirmou que a execução foi 'um importante marco' para a construção de uma democracia iraquiana