Para driblar preço alto nas praias de SP, veranistas apelam para "farofa"

Junior Lago/UOL
Samara Rosa, 24, e Jonathan Bento, 22, vieram de São José dos Campos (SP) para Caraguatatuba (litoral norte de SP), onde passam as férias. Na caixa de isopor, uma garrafa de rum, seis latas de cerveja e dois litros de energético. O casal de namorados comprou tudo em uma loja de conveniência no caminho para a praia Martim de Sá. A economia com as bebidas --de ao menos 50% do preço, segundo o casal--, faz com que a conta da comida, comprada nos quiosques à beira-mar, fique mais leve, diz Jonathan Mais
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A família que veio de Goiânia (GO) se surpreendeu ao ver que a maioria dos turistas traz de casa o que será consumido nas areias de Caraguatatuba (litoral norte de SP). Acompanhada do marido e dos filhos, a professora Joviana Lopes, 52, diz que, dependendo da praia em São Sebastião (SP), por exemplo, é difícil conseguir alimentos. Por isso, eles resolveram comprar no supermercado água, cerveja, refrigerante e ingredientes para preparar sanduíches. "Vamos nos adaptando ao costume da terra", diz o marido da professora, Vicente Henrique Afonso Tavares, 52. "Com uns R$ 100 você passa o dia. No quiosque, quando vem a conta, dá R$ 250, R$ 300", afirma o técnico agropecuário Mais
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O fotógrafo de Guarulhos (SP) Gonçalo Alexandre Sousa, 37, e sua mulher, Simone Santos Silva, 35, sempre trazem água, suco e bolachas para o lanche da tarde da filha Isabela, 5. "No primeiro dia [na praia], a gente não trouxe nada e pagou R$ 28 em uma porção de batata frita", que a filha pediu, conta Gonçalo. O fotógrafo ainda brinca sobre fazer a farofa: "Se não, o 13º [salário] fica só no fim de semana" Mais
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Para o estudante Renan Tognoli, 23, de Araras (SP), levar o cooler para a areia não é muito prático, mas compensa. "Sai bem mais em conta trazer do que consumir nos quiosques. Tem lugar onde uma porção de lula custa R$ 50", ele afirma. Uma dica que ele dá: existem quiosques que aceitam que os clientes levem seus isopores com as bebidas e paguem apenas pela comida. Na farofa do grupo do qual o estudante faz parte há salgadinhos, refrigerantes de dois litros, água e cerveja. "De vez em quando a gente vai até o apartamento e faz uma caipirinha, é bem pertinho" Mais
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Acompanhando o funcionário público Vagner Alexandre de Oliveira, 41, de Itajubá (MG), vieram outras 15 pessoas para as praias de Caraguatatuba (litoral norte de SP). Em um grupo tão grande, vale a pena fazer a farofa na tenda montada por eles, diz Vagner. E o que trouxeram? "Muita alegria, muita paz no coração, biscoito, banana, refrigerantes, cerveja, água". A economia é importante, já que o grupo gastaria algo como R$ 500 se comprasse tudo na praia, ele calcula. Outra vantagem, em sua opinião, é "a qualidade, a certeza de que o produto é bom" Mais
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Como tem uma filha pequena, a fisioterapeuta Nádia Murad, 32, de São Paulo, sempre traz suco natural, frutas e salgadinhos. Rafaela, 3, gosta muito de manga e maçã, então os pais aproveitam para caprichar na alimentação saudável. A família está em férias no litoral desde 26 de dezembro. "O quiosque tem mais fritura, e a gente não costuma comprar. Sem contar que, em época de temporada, é caríssimo", diz a fisioterapeuta Mais
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A funcionária pública Lilian Villa, 30, de Vinhedo (SP), tem família grande, e para não gastar além do orçamento das férias, a farofa é caprichada. No cardápio do dia, 20 sanduíches de patê de salsicha, maionese e cheiro verde no pão francês. Água, refrigerante e cerveja também, tudo organizado por ela. "De manhã, a gente gasta duas 'horinhas', vai ao mercado, compra, depois faz e traz, mas sem problema. Acondiciona certinho, com gelo, tanto a bebida quanto a comida, e vem", apostando na economia. A conta do mercado, segundo Lilian, deu cerca de R$ 100, um quarto do que o grupo gastou quando passou um dia na praia sem levar nada de casa Mais
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Em vez de levar um isopor ou um cooler, que pode pesar na hora do leva e traz, o dentista Márcio de Camargo, 40, de Caraguatatuba (litoral norte de SP), encontrou um jeito de facilitar o transporte das bebidas que ele consome: um banquinho de praia que carrega, em uma sacola acoplada, cerca de oito latinhas. "Minha frasqueira tem cerveja, água e chocolate", conta o dentista. "Se precisar, a gente compra um sorvete, compra uma porçãozinha, alguma coisa para as crianças". O amigo dele, o instrutor de futebol José Cláudio Conceição, 43, não trouxe bebidas, mas a caixa de som nunca falta. "O som veio, o refrigerante a gente pega depois no quiosque", diz o fã de música sertaneja Mais
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Wanderlei Braga (à direita), de Santa Isabel (SP), leva bebidas e alguns petiscos para a praia Martim de Sá, em Caraguatatuba, no litoral norte de São Paulo Mais
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Thayanne Machado de Freitas, 16, e Ana Carolina Nicioli, 27, de Jacutinga (MG), levam bebidas e sanduíches para a praia Martim de Sá, em Caraguatatuba, no litoral norte de São Paulo Mais
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Enerson José Barbosa da Cunha, 53, de Bragança Paulista (SP), levam bebidas, petiscos e sanduíches para a praia Martim de Sá, em Caraguatatuba, no litoral norte de São Paulo Mais
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João Delgado, 49, leva bebidas e alguns sanduíches para a praia Martim de Sá, em Caraguatatuba, no litoral norte de São Paulo Mais
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Flavio Montoro (à direita), de Birigui (SP), leva bebidas dentro do seu cooler para a praia Martim de Sá, em Caraguatatuba, no litoral norte de São Paulo Mais
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Michele Beneti Vaine, Júlio Cesar Beneti, Suelen Beneti e Heverton do Valle de Duartina (SP), levam bebidas e alguns petiscos para a praia Martim de Sá, em Caraguatatuba, no litoral norte de São Paulo Mais