Conheça os petiscos consumidos nas praias de todo o Brasil
Arte/UOL Do Amapá (AP) ao Rio Grande do Sul (RS), o litoral do Brasil possui uma extensão de 7.367 km e abrange 17 estados. Para se ter uma ideia, a costa brasileira é 11 vezes maior do que a dos nossos vizinhos uruguaios, que tem 660 km. Com tantos quilômetros entre as extremidades, já parou para pensar na variedade de petiscos típicos que se consome nessas praias? As diferenças culturais e culinárias são várias. A erva mate é uma delas. No RS, por exemplo, é consumida quente como o famoso chimarrão. No Rio de Janeiro (RJ), o mate é consumido com limonada e geladíssimo. O UOL preparou um especial com comidas vendidas nos quiosques, barracas e por vendedores ambulantes nas areias dos 17 Estados litorâneos. O principal critério foi mesclar petiscos populares com comidas típicas de cada região. Navegue por nossa galeria e descubra as iguarias das areias brasileiras Marina Della Valle/Folhapress SANTA CATARINA - MILHO VERDE. Os catarinenses são apaixonados por milho verde cozido. É praticamente impossível não encontrar um carrinho ou barraca da semente, que é cozida em um panelão. Ela é servida na espiga, com ou sem margarina. Para acompanhar, caldo de cana gelado Thinkstock SANTA CATARINA - CAMARÃO. Um dos mais desejados frutos do mar catarinense é servido em porções ao bafo, à milanesa e com diversos molhos de acompanhamento. Na versão à milanesa, também encontra-se sem casca e misto com lula. Veja receita de camarão à milanesa MaisThinkstock SANTA CATARINA - OSTRAS. Os moluscos que se desenvolvem dentro de conchas na água do mar são outra porção típica do litoral do Estado. Ali, elas são cozidas e geralmente vêm acompanhadas de limão. Veja como preparar ostras cozidas MaisThinkstock PARANÁ - CAMARÃO. Os paranaenses adoram uma porção de camarão. Eles podem optar por frito ou empanado. Aprenda a fazer o camarão à provençal MaisDivulgação PARANÁ - ESPETINHOS. Nas praias paranaenses, há vendedores ambulantes e barracas que oferecem espetinhos de vários quitutes, como camarão e queijo coalho. Veja na receita como fazer queijo coalho com melaço MaisDivulgação PARANÁ - MARISCOS. O litoral paranaense oferece marisco ao bafo servido na casca. Moluscos de carne avermelhada, o marisco é um fruto do mar que se desenvolve dentro de uma casca escura. São cultivados em águas salgadas, normalmente, apoiados em pedras Raw Power SANTA CATARINA - CHURROS. A opção de doce mais encontrada na orla de Santa Catarina é o churros, que pode ser encontrado na versão tradicional, com recheio de doce de leite, ou de chocolate. Alguns vendedores incrementam a superfície do doce com amendoim, chocolate granulado ou coco. Veja receita de churros MaisThinkstock PARANÁ - CARANGUEJO. A maneira tradicional do paranaense saborear o crustáceo é cozinhá-lo vivo com água, sal e óleo. Há também a opção de pedir o bicho limpo, para facilitar na hora de comer Divulgação RIO GRANDE DO SUL - QUEIJO COALHO. Geralmente vendido em espetinho, o queijo coalho deixa um cheiro tentador por onde passa nas areias. Antes de assar, vale armazená-lo na geladeira, mas sem congelar. Depois, é só colocar direto na chapa quente e alternar os lados até formar uma casca firme. Jogue orégano por cima para temperar Thinkstock RIO GRANDE DO SUL - PEIXE FRITO. Assim como em grande parte do litoral do país, as praias gaúchas também são adeptas da popular porção de peixe frito à milanesa. O petisco pede molhos variados para acompanhar. Copie a receita de peixe frito com molho tártaro MaisDanilo Verpa/Folhapress RIO GRANDE DO SUL - CHIMARRÃO. Também conhecido como mate, o chimarrão é uma bebida quente, típica do sul do país. Os gaúchos não abandonam o hábito nem na praia. Quer experimentar? Você vai precisar de cuia, bomba de chimarrão e erva mate MaisCarol Quintanilha/UOL RIO GRANDE DO SUL - DOCINHOS. É comum ver doces nas praias do Rio Grande do Sul. Em barraquinhas, você encontra crepes, quindim, nega maluca, etc. Já os vendedores ambulantes geralmente vendem brigadeiro e beijinho, que eles chamam de "negrinho" e "branquinho", respectivamente. Veja o vídeo e faça quindim em casa MaisThinkstock SÃO PAULO - PORÇÃO DE CAMARÃO. O camarão no litoral paulista é crocante, servido frito, com casca e cabeça. Também encontra-se a versão à milanesa. Confira como se faz MaisDivulgação SÃO PAULO - BIJU. O tradicionalíssimo biju, também chamado de "casquinha" ou "cavaco chinês", é um hit da orla do Estado. Trata-se de um canudo de casca fina feito de farinha de trigo que tem gosto adocicado muito semelhante à casquinha de sorvete Eduardo Queiroga/UOL SÃO PAULO - PASTEL. O cheiro irresistível de pastel predomina nas orlas paulistas. Salgado ou doce, os recheios da massa à base de farinha em forma de envelope são variados, sendo os mais encontrados de carne moída, frango, palmito, carne seca e pizza. Aprenda a fazer pastel de calabresa MaisDivulgação SÃO PAULO - CACHORRO QUENTE. Chamado pelos paulistas de hot dog, ou simplesmente de "dog", o cachorro quente saiu das cidades direto para as praias. As barracas ficam na areia e o dogão paulista geralmente vem com purê, batata palha e os tradicionais catchup, mostarda e maionese. Veja uma receita de hot dog à francesa, com baguete e molho béchamel MaisJefferson Coppola/Folhapress RIO DE JANEIRO - ESFIRRA E QUIBE. Cada vez mais comum na orla carioca, o quibe assado e a esfirra já estão se tornando tradição nas areias. Os salgados são vendidos por ambulantes que se vestem de árabes para atrair a atenção. Aprenda como fazer esfirra Thinkstock RIO DE JANEIRO - SANDUÍCHE NATURAL. O sanduíche natural do carioca é um ótimo truque para enganar a fome. Alguns são tão grandes e recheados que podem até servir como uma refeição completa. Aprenda a fazer uma versão vegetariana MaisDivulgação RIO DE JANEIRO - BISCOITO DE POLVILHO. Feito basicamente de água, leite, óleo e polvilho, o biscoito já faz parte da história do Rio de Janeiro. Os vendedores foram até declarados como Patrimônio Cultural Carioca - assim como os vendedores de mate. A textura aerada aparece porque a água dos ingredientes evapora e os gases expandem, deixando o petisco cheio de buracos Thinkstock RIO DE JANEIRO - MATE COM LIMÃO. Um das misturas mais refrescantes, o mate com limão é típico das areias cariocas. Vendedores ambulantes uniformizados carregam dois tambores de metal, um com mate e outro com limonada. A mistura geladíssima é feita ao gosto do cliente, que pode pedir com mais ou menos limonada. Veja como fazer um refresco de mate e limão MaisThinkstock ESPÍRITO SANTO - PEROÁ FRITO. Rei dos quiosques capixabas, o peroá é um peixe de água salgada - também chamado de porquinho, peixe-porco, cangulo, acará-mocó e pira-açá. É consumido frito em pratos ou em porções MaisLeonardo Wen/Folha Imagem ESPÍRITO SANTO - CARANGUEJO. Tradição no Espírito Santo, o caranguejo de mangue é cozido vivo e servido inteiro. Para comer, os capixabas recebem uma tábua e um martelinho Guia de Receitas ESPÍRITO SANTO - CASQUINHA DE SIRI. Servida na casca do crustáceo, a casquinha pode ser pedida como entrada em refeições ou individual. Trata-se de uma mistura de carne de siri, leite, pão e outros ingredientes. Veja a receita aqui MaisThinkstock ESPÍRITO SANTO - PATOLA DE CARANGUEJO. Nada mais é do que a pata do caranguejo. Os capixabas consomem porções da patola à milanesa acompanhadas de molho rosé Carolina Peres/Divulgação BAHIA - BANDEJA DE MINI-ACARAJÉS. Nada mais baiano do que o acarajé, uma especialidade gastronômica afro-brasileira feita de massa de feijão-fradinho, cebola e sal, frita em azeite-de-dendê. Nas praias da Bahia, os frequentadores encontram bandejas com versões pequenas dele. Pode ser servido com pimenta, camarão seco, vatapá e caruru. Confira como se faz MaisLeonardo Wen/Folhapress BAHIA - PICOLÉ DE MANGABA. Para refrescar, o sorvete escolhido pelos baianos tem sabor de mangaba, fruto da mangabeira, árvore típica do cerrado e da caatinga. A fruta de cor amarelada é bem doce e sua polpa, branca Divulgação BAHIA - CALDINHO DE SURURU. Os baianos amam o caldinho desse molusco semelhante à ostra. À base de dendê e leite de coco, diz a lenda que é afrodisíaco. Aprenda a fazer MaisThinkstock BAHIA - CARANGUEJO. O caranguejo também é bastante popular na beira-mar baiana. Ele é cozido vivo e servido inteiro Guilherme Tosetto/Folhapress CEARÁ - CASQUINHA DE CARANGUEJO. A apresentação do petisco é muito parecida com a casquinha de siri. Ou seja, é para ser comida de colherzinha. A receita inclui farinha seca, pimenta e carne de caranguejo desfiada Gabriel Carvalho/UOL CEARÁ - BOLINHO DE PEIXE. Os cearenses se rendem a porções de bolinho de peixe frito acompanhado por molho rosé. Muitos combinam o petisco com cerveja. Confira uma receita especial de bolinho de peixe com molho rosé MaisThinkstock CEARÁ - LAGOSTA. O Ceará é o maior produtor do crustáceo no Brasil. Nas praias do Estado, encontra-se lagosta em quiosques e também com vendedores ambulantes que as carregam em baldes metálicos prontas para serem servidas. Quer aprender a fazer lagosta? Veja aqui MaisRicardo D'?Angelo/Divulgação CEARÁ - OSTRAS. Outra porção típica do Ceará é a de ostra. O molusco é servido com limão na própria concha em que se desenvolve Silvio Cioffi/Folhapress PIAUÍ - CARANGUEJO. Além de popular no Nordeste, o crustáceo também é muito consumido nas praias piauienses. Assim como nos outros locais, o caranguejo é cozido vivo e servido inteiro Daniel Marenco/Folhapress PIAUÍ - PIRANHA FRITA. Um dos costumes dos piauienses é comer piranha frita. O peixe carnívoro de água doce é servido em posta à milanesa Valter Andrade/Divulgação PIAUÍ - PITOMBA. Quem for à orla do Estado encontrará ambulantes vendedores de pitomba, fruta da árvore pitombeira - pode ser encontrada em todo o Nordeste brasileiro. O sabor é adocicado, porém um pouco ácido Thinkstock MARANHÃO - OSTRAS. A ostra também é bastante consumida no Estado. O molusco é servido com limão na própria concha em que se desenvolve MaisThinkstock MARANHÃO - CUXÁ. Comida típica do Maranhão, o arroz de cuxá é feito com folhas da vinagreira, erva da região. Vem acompanhado com camarão seco e pode ser encontrado nas barraquinhas à beira-mar. Para sentir o gostinho de Maranhão, aprenda a fazer uma torta de camarão com cuxá MaisValter Andrade/Divulgação MARANHÃO - PITOMBA. Assim como no Piauí, nas praias do Maranhão há vendedores de pitomba, fruta de sabor adocicado e um pouco ácida Thinkstock ALAGOAS - CAMARÃO. Em quase todos os quiosques de Alagoas, há porções de camarão. O petisco pode ser servido frito com casca ou empanado MaisRogerio Canella/Folha de S. Paulo ALAGOAS - TAPIOCA. Por toda a orla de Alagoas, é possível encontrar tapioqueiras e barracas de tapioca. Há doces e salgadas. Muitas delas valem por uma refeição MaisEduardo Vessoni/UOL ALAGOAS - LAGOSTA. Em Alagoas, a lagosta pode ser consumida em quiosques requintados em porções à milanesa na companhia de molho tártaro. Mas também vinda direto do mar, vendida por jangadeiros que as servem fritas na hora. Aprenda a fazer o crustáceo ao alho e óleo MaisThinkstock ALAGOAS - SIRI. Além da famosa casquinha de siri, os alagoanos também costumam consumir a fritada de siri, uma mistura de carne de siri, leite de coco e farinha de trigo. Veja como prepará-la Fernando Moraes/Folhapress SERGIPE - GUAIAMU. Esse é um tipo de caranguejo terrestre que também pode ser chamado de caranguejo-mulato-da-terra, fumbamba e goiamum. Nas praias, pode ser servido cozido em água e sal e acompanhado de um vinagrete ou então como recheio em pastéis, fritadas e alguns petiscos. Confira uma receita de guaiamu ao leite de coco MaisLeonardo Wen/Folha Imagem SERGIPE - ARATU. O aratu é uma espécie de crustáceo da família do caranguejo. O petisco mais popular é o catado, que significa apenas a carne do crustáceo Getty Images SERGIPE - MACAXEIRA. Uma porção bastante comum na orla sergipana é a de macaxeira frita. A macaxeira é uma raiz também chamada de aipim e mandioca-doce Thinkstock SERGIPE - LAMBRETA. Lambreta é um tipo de molusco de duas conchas e também conhecido como amêijoa. É possível encontrar porções acompanhadas de vinagrete, limão, e o caldinho da própria lambreta. Para experimentar a especiaria, veja uma receita de linguini na lambreta MaisLeonardo Wen/Folha Imagem PERNAMBUCO - CATADO DE ARATU. Assim como em Sergipe, o catado de aratu é bastante popular nas areias pernambucanas. Aratu é um caranguejo pequeno de sabor adocicado Rodrigo Marcondes/Folha Imagem PERNAMBUCO - MACAXEIRA COM CHARQUE. Na orla de Pernambuco, é fácil de encontrar porção de macaxeira - também conhecida como madioca-doce e aipim - com charque, um tipo de carne semelhante à carne de sol Divulgação PARAÍBA - CALDINHOS. Entre os petiscos à beira-mar, estão os caldinhos, como o de caranguejo com leite de coco e o de sururu, um tipo de molusco. Aprenda a fazer o caldinho de caranguejo MaisRafael Illuminato/UOL PARAÍBA - SIRI MOLE. Prato típico do sul da Paraíba, o siri mole frito é um dos mais pedidos da região. O que chama atenção é que você come o crustáceo com o exoesqueleto. É servido empanado com limão. Saiba como preparar uma versão do siri mole MaisThinkstock PARAÍBA - AGULHINHA FRITA. A porção de peixe agulha frita é bastante pedida na Paraíba. Geralmente, vem acompanhada de limão. Aprenda a fazer Thinkstock PARAÍBA - CAMARÃO. Encontra-se facilmente a porção de camarão nas praias da Paraíba, que podem ser servidos fritos ou empanados MaisThinkstock RIO GRANDE DO NORTE - ESPETINHO DE CAMARÃO. Uma das delícias vendidas nas areias do Estado é o espetinho de camarão, que é grelhado. Aprenda a fazer a versão da chef Morena Leite MaisThinkstock RIO GRANDE DO NORTE - GINGAS NO ESPETO. Ginga é um peixe pequeno, semelhante à manjubinha. À moda potiguar, ele é frito no dendê e enfiado em palitos. Pode ser também encontrado como recheio da tapioca, uma iguaria do Estado. Conheça a receita MaisThinkstock RIO GRANDE DO NORTE - CARANGUEJO. No Rio Grande do Norte, um dos petiscos favoritos é o caranguejo cozido no leite de coco com tomate, pimentão, cebola e temperos Marcelo Rodrigues/Divulgação AMAPÁ - CAMARÃO AO BAFO. As porções de camarão típicas do Amapá são preparadas ao bafo e com casca. Veja mais maneiras de combinar o camarão ao bafo Thinkstock AMAPÁ - PESCADA DE GURIJUBA. Gurijuba é uma espécie de peixe de água doce comum no litoral brasileiro, principalmente no Amapá. É servido em postas. É bastante comum também encontrar ambulantes vendendo polpa de bacabá, uma frutinha saborosa que se parece com o açaí. Ela é servida gelada com açúcar, farinha de tapioca ou farinha-d'água Silvia Costa/Folhapress AMAPÁ - TACACÁ. Trata-se de um caldo fino temperado com coentro e tucupi, um líquido amarelado típico do Norte do país. Esse caldo é colocado em cima da goma de tapioca e depois servido com camarão. Veja como fazer MaisFernando Donasci/UOL PARÁ - BOLO DE MACAXEIRA. Um dos favoritos dos paraenses, o bolo de macaxeira também é encontrado na orla. No sul e sudeste do país, a macaxeira é conhecida como mandioca-doce e aipim. Veja como fazer MaisRogerio Canella/Folha de S. Paulo PARÁ - TAPIOQUINHA. É o nome dado à tapioca no Pará, onde é mais comum encontrada com manteiga ou molhada de coco servida na folha de bananeira. Aprenda a fazer MaisLucas Terribli/Divulgação PARÁ - TABULEIRO DE DOCES. Nas praias paraenses, há a figura do vendedor de doces com tabuleiros fechados por uma tela de nylon. Os frequentadores costumam consumir brigadeiros, bolos, pudins e até pasteizinhos. Aprenda uma receita de pudim Mais