Veja quem são os principais acusados no caso do mensalão tucano

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Eduardo Azeredo, ex-deputado federal pelo PSDB-MG. Já foi governador de Minas Gerais, senador e presidente do PSDB. Para a Procuradoria Geral da República, Azeredo teve participação ativa nos desvios de dinheiro de empresas públicas, como a Copasa e a Cemig, para a sua campanha à reeleição ao governo de MG em 1998. O desvio teria sido operado pela agência SMP&B, empresa de Marcos Valério. Acusação: peculato (desvio de dinheiro público) e formação de quadrilha. O que aconteceu: o STF (Supremo Tribunal Federal) remeteu seu processo à primeira instância, onde Azeredo foi condenado em 2015 a 20 anos e dez meses de prisão pelos crimes de peculato e lavagem de dinheiro Mais
Lula Marques/Folhapress
Marcos Valério, empresário e publicitário. Era dono das agências SMP&B Comunicação e DNA Propaganda. Segundo denúncia apresentada pela Procuradoria, Valério foi o operador do esquema que desviou recursos públicos para a campanha eleitoral de Eduardo Azeredo (PSDB-MG), que tentava a reeleição ao governo de MG em 1998. Acusação: peculato (desvio de dinheiro público) e lavagem de dinheiro. Ele foi condenado a dois anos e dois meses de prisão pela Justiça Federal em MG por corrupção ativa em fevereiro de 2014 por envolvimento no esquema. Também cumpre pena pelo mensalão petista Mais
Marcelo Camargo/Folhapress
Clésio Andrade, ex-senador pelo PMDB-MG. Era vice na chapa de Eduardo Azeredo (PSDB), que tentava a reeleição ao governo de MG em 1998, mas a dupla não foi eleita. Segundo a Procuradoria, ele participou do esquema de desvio de recursos de empresas públicas para a campanha eleitoral. Acusação: peculato (desvio de dinheiro público) e formação de quadrilha. O que aconteceu: tramita no STF (Supremo Tribunal Federal) uma ação penal contra o senador. No entanto, em julho ele renunciou ao mandato e o processo deve descer ir a primeira instância Mais
Alex de Jesus/O Tempo/Estadão Conteúdo
Rogério Tolentino, ex-sócio e ex-advogado de Marcos Valério. Para a Procuradoria Geral da República, o advogado recebeu propina para favorecer os então candidatos Eduardo Azeredo (PSDB) e seu vice, Clésio Andrade (PMDB), hoje senador, que disputavam a eleição para o governo estadual em 1998. Tolentino era juiz do TRE-MG (Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais) na época. Acusação: corrupção passiva. O que aconteceu: Tolentino foi condenado a dois anos e dois meses de prisão pela Justiça Federal em MG em fevereiro por envolvimento no esquema. Também é condenado por participação no mensalão petista Mais
Sérgio Lima/Folhapress
Cláudio Mourão, ex-tesoureiro da campanha de Eduardo Azeredo (PSDB-MG) à reeleição do governo de MG em 1998. Segundo o Ministério Público, ele teve participação central na arrecadação ilegal de recursos públicos para a campanha eleitoral do tucano, já que coordenava suas finanças. Acusação: peculato (desvio de dinheiro público) e formação de quadrilha. O que aconteceu: os crimes podem prescrever em abril de 2014, quando o réu completará 70 anos Mais
Arte/UOL
Nélio Brant Magalhães, ex-diretor do Banco Rural. Segundo a Promotoria, ele autorizava empréstimos bancários que eram usados para encobrir os desvios de recursos de empresas públicas para a campanha à reeleição de Eduardo Azeredo (PSDB-MG). Acusação: gestão fraudulenta e gestão temerária de instituição financeira. O que aconteceu: a Justiça Federal de Minas Gerais condenou Magalhães a nove anos e nove meses de prisão pelo esquema em 2013 Mais
Arte/UOL
Eduardo Pereira Guedes Neto, jornalista e publicitário. Foi secretário-adjunto de comunicação do governo de MG. É acusado de envolvimento no mensalão mineiro por determinar à Copasa, à Comig e ao Bemge, empresas estaduais, que enviassem R$ 3,5 milhões à SMP&B Comunicação, de Marcos Valério. O dinheiro, segundo as investigações, foi usado para forjar empréstimos fraudulentos utilizados na campanha eleitoral à reeleição de Eduardo Azeredo (PSDB-MG) em 1998. Acusação: peculato (desvio de dinheiro público) e lavagem de dinheiro Mais
Arte/UOL
Fernando Moreira Soares, ex-diretor da Copasa (Companhia de Saneamento) de MG. Segundo a Procuradoria, ele autorizou os repasses da empresa pública à agência de Marcos Valério para o dinheiro posteriormente ser usado na campanha eleitoral de Eduardo Azeredo (PSDB-MG) em 1998, quando este tentava a reeleição ao governo estadual. Acusação: peculato (desvio de dinheiro público). Mais
Alan Marques/Folhapress
Cristiano Paz, empresário e sócio de Marcos Valério. Para a Procuradoria, ele participou da negociação dos empréstimos fraudulentos operados pelas agências de publicidade de Valério para arrecadar recursos desviados de empresas públicas para a campanha eleitoral de Eduardo Azeredo em 1998. Acusação: peculato (desvio de dinheiro público) e lavagem de dinheiro. O que aconteceu: em 2012, foi condenado a mais de nove anos de prisão pelos crimes de sonegação fiscal e falsificação de documento público. Cumpre pena pelo mensalão petista Mais
Arte/UOL
Lauro Wilson de Lima Filho, ex-diretor de Administração da Comig (Companhia Mineradora de MG). Segundo a acusação da Procuradoria, ele autorizou os repasses da empresa pública à agência de Marcos Valério para o dinheiro posteriormente ser usado na campanha eleitoral de Eduardo Azeredo (PSDB-MG) em 1998, quando este tentava a reeleição ao governo estadual. Acusação: peculato (desvio de dinheiro público). Mais
Cristiano Couto/Hoje em Dia
Ramon Hollerbach, empresário e sócio de Marcos Valério. É acusado pela Procuradoria de participar da negociação dos empréstimos fraudulentos operados pelas agências DNA Propaganda e SMP&B Comunicação para arrecadar recursos desviados de empresas públicas no mensalão mineiro. Acusação: peculato (desvio de dinheiro público) e lavagem de dinheiro. O que aconteceu: em 2012, ao lado de Valério, foi condenado pela Justiça Federal de MG a nove anos de prisão por sonegação fiscal e falsificação de documento público. Também cumpre pena pelo mensalão petista Mais
Arte/UOL
Renato Caporali Cordeiro, ex-diretor de Desenvolvimento da Comig (Companhia Mineradora de MG), atual Codemig. Para a Procuradoria, ele autorizou os repasses da empresa pública à agência de Marcos Valério, que desviou o dinheiro para a campanha eleitoral de Eduardo Azeredo (PSDB-MG) em 1998, quando este tentava a reeleição ao governo estadual. Acusação: peculato (desvio de dinheiro público). Mais
Luiz Carlos Murauskas/Folhapress
Walfrido dos Mares Guia, ex-vice governador de MG. Segundo a Promotoria, Walfrido, que na época era vice-governador de MG pelo PTB na chapa de Eduardo Azeredo e candidato a deputado federal, foi um dos organizadores da campanha eleitoral pela reeleição do tucano e teria participado do esquema ilegal de arrecadação de dinheiro. Acusação: peculato (desvio de dinheiro público) e formação de quadrilha. O que aconteceu: os crimes prescreveram porque ele completou 70 anos em 2012. Está atualmente no PSB Mais
Arte/UOL
José Afonso Bicalho Beltrão da Silva, ex-presidente do Bemge (Banco do Estado de Minas Gerais), antigo banco estatal. Para a Procuradoria, ele autorizou os repasses do banco à SMP&B Comunicação, agência de Marcos Valério. O dinheiro foi desviado para a campanha eleitoral de Eduardo Azeredo (PSDB-MG) em 1998, quando tentava a reeleição ao governo estadual. Acusação: peculato (desvio de dinheiro público). O que aconteceu: hoje, Bicalho trabalha no Ministério do Desenvolvimento. Seu processo está em andamento em instâncias inferiores da Justiça Mais