Um ano após a morte de Chávez, veja o que aconteceu na Venezuela

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Morte em Cuba? Envenenamento? - Oficialmente, Hugo Chávez morreu no dia 5 de março de 2013, em Caracas, pouco tempo depois de voltar de Cuba, onde fazia tratamento contra o câncer. No entanto, algumas pessoas dizem que o ex-presidente venezuelano morreu na ilha dos irmãos Castro e que o governo quis esconder esse fato da população. Aliás, os chavistas também tem uma teoria conspiratória para a morte de seu líder. A Venezuela instalou um inquérito formal sobre as suspeitas de que o câncer do falecido presidente Hugo Chávez foi resultado de envenenamento por seus inimigos no exterior Mais
Ricardo Mazalan/AP
Funeral de Chávez - Milhares de pessoas e diversos líderes mundiais acompanharam o funeral de Hugo Chávez. No entanto, o destino de seu corpo foi alvo de polêmica. Inicialmente, o governo queria embalsamar o corpo do ex-presidente. Não foi possível. Depois, expressaram o desejo de enterrá-lo no Panteão Nacional, junto ao libertador Simón Bolívar. Também não deu certo, pois a Constituição diz que são necessários 25 anos após a morte para se trasladar um herói ao local. Por fim, o corpo de Chávez foi enterrado no Quartel da Montanha, em Caracas, na favela de 23 de Janeiro Mais
Juan Barreto/AFP
Eleição de Maduro - Por causa da morte de Chávez, a Venezuela organizou uma nova eleição presidencial em abril. Como esperado, o candidato chavista, Nicolás Maduro, bateu o opositor Henrique Capriles e se elegeu presidente. O inesperado foi a pequena margem de vitória de pouco mais de 230 mil votos. A oposição esperneou, exigiu recontagem, foi às ruas protestar, mas Maduro ficou no cargo
Jorge Silva/Reuters
Inflação e escassez de produtos - A Venezuela sob o governo de Maduro enfrenta uma grande crise econômica. Em 2013, a inflação anual chegou a 56,2%, a maior da América Latina e uma das maiores do mundo. A escassez de produtos e alimentos também tornou-se um grande problema. A falta de papel higiênico nos mercados, como na foto acima, acabou virando símbolo da total carência de produtos de primeira necessidade no país Mais
Ronaldo Schemidt/AFP
Capriles lidera oposição - Candidato derrotado na eleição presidencial, Henrique Capriles se fortaleceu como o principal nome da oposição por ter conseguido apenas cerca de 230 mil votos a menos que Maduro. Tachado de "burguesinho" pelos chavistas, convocou passeatas após a eleição, fez discursos inflamados e chegou até a ensaiar uma aproximação com o governo ao apertar as mãos de Maduro em janeiro deste ano. No início dos protestos de fevereiro, tentou se distanciar da oposição mais radical, mas voltou a adotar postura crítica a Maduro após a prisão do também oposicionista Leopoldo Lopez
AFP
Snowden quase foi parar na Venezuela - Na carona do caso Edward Snowden, perseguido por divulgar detalhes de programas secretos de vigilância dos EUA, o governo venezuelano quase concedeu asilo ao americano. Maduro disse que se Snowden, que estava vivendo no aeroporto de Moscou, quisesse voar para Caracas, seria bem recebido. O americano acabou ficando na Rússia Mais
Prensa Miraflores/EFE
Maduro 'vê' Chávez - Maduro sempre deixou claro que governaria a Venezuela de acordo com os preceitos de Hugo Chávez. A falta de carisma e o fato de não conseguir reunir tanta gente quanto o ex-líder, fez o presidente usar alguns artifícios estranhos para colar sua imagem na de Chávez. Entre outros fatos, Maduro disse ter visto a imagem de Chávez em uma obra do metrô (foto), disse ter ouvido o ex-presidente no canto de um pássaro e decretou a data das eleições municipais, em 8 de dezembro, como o "Dia da Lealdade a Chávez" Mais
Leo Ramirez/AFP
Eleições municipais - Em dezembro, o povo venezuelano voltou às urnas para eleger quem governaria suas cidades. O chavismo conseguiu o maior número de votos e de prefeitos pelo país. No entanto, a oposição conquistou as cidades mais importantes como Caracas, Maracaibo, Valencia, Barinas e Barquisimeto
Miguel Gutiérrez/EFE
Protestos - Em fevereiro, uma série de protestos tomou as ruas da Venezuela. Oposicionistas foram às ruas protestar contra o governo e a situação da economia. Muitos exigiam a renúncia de Maduro. Por outro lado, governistas também saíram para manifestar o apoio a Maduro. É a maior crise enfrentada pelos chavistas após a morte de Chávez que agora tem de governar um país dividido. No total, 18 pessoas morreram durante os protestos Mais
Jorge Silva/Reuters
Prisão de Leopoldo López - O oposicionista Leopoldo Lopez, que liderou os protestos antigoverno, foi preso no dia 18 de fevereiro depois de participar de uma marcha da oposição. López era procurado após ter recebido da Justiça uma ordem de prisão pelos incidentes registrados após uma manifestação de estudantes em 12 de fevereiro que desencadeou em atos de violência. Sua prisão o transformou em símbolo da oposição e dor de cabeça para o governo que o mantém detido
Reprodução
Morte das misses - Em janeiro, o assassinato da miss e atriz venezuelana Monica Spear desencadeou uma crise de segurança pública no país. Toda a Venezuela ficou comovida com a morte de Monica, após um assalto. No mês seguinte, a morte de outra miss voltou a chocar o país. Genesis Carmona (na foto, sendo transportada de moto até o hospital) foi baleada na cabeça durante uma manifestação contra o governo em Valência. Ela morreu no hospital Mais