Crianças são as maiores vítimas da guerra civil na Síria
AP Após três anos de conflito, a Síria é hoje um dos países mais perigosos para uma criança. A afirmação faz parte do relatório divulgado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), que estima em mais de 5,5 milhões o número de crianças afetadas pela guerra civil. Na imagem, um menino segura um cartaz em árabe que diz: "Se as crianças sírias sangrassem petróleo o mundo inteiro teria intervindo", durante uma manifestação contra o uso de armas químicas na Síria que deixou matou 1.429 pessoas, incluindo 426 crianças em agosto de 2013 MaisBassam Khabieh/Reuters Em 21 de agosto de 2013, um ataque químico na Síria deixou 1.429 mortos, incluindo 426 crianças. A ONU confirmou a presença de gás sarin, mas não pode informar se rebeldes ou forças do governo foram responsáveis pelo ataque. A ofensiva foi considerada pela organização o uso mais significativo de armas químicas contra civis desde que Saddam Hussein usou em Halabja em 1988 MaisMohamed Abdullah/Reuters Garoto que sobreviveu ao ataque de gás que matou 1.429 pessoas, incluindo 426 crianças, na Síria, chora enquanto se refugia dentro de uma mesquita no bairro Duma, em Damasco MaisAndoni Lubaki/AP O relatório da Unicef comprova que a situação se tornou muito pior desde 2013. Até então, a estimativa era que a guerra civil havia afetado 2,4 milhões de crianças. O número dobrou em apenas um ano e o quadro aponta para uma longa e dolorosa recuperação da infância na Síria, que completa três anos de conflito MaisHamid Khatib/Reuters Milhares de crianças precisam trabalhar para sobreviver no país. Issa, que tinha 10 anos à época, trabalha em fábrica de armas do Exército Livre da Síria, em Aleppo, reduto da revolta contra o presidente sírio Bashar Assad. O menino trabalha com o pai na fábrica por dez horas todos os dias, exceto às sextas-feiras MaisHamid Khatib/Reuters Milhares de crianças precisam trabalhar para sobreviver no país. Issa, que tinha 10 anos à época, trabalha em fábrica de armas do Exército Livre da Síria, em Aleppo, reduto da revolta contra o presidente sírio Bashar Assad. O menino trabalha com o pai na fábrica por dez horas todos os dias, exceto às sextas-feiras MaisUNHCR, O. Laban-Matte/AP Em junho de 2013, a atriz Angelina Jolie, embaixadora da boa vontade do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), visitou crianças sírias que vivem em um campo de refugiados na fronteira da Jordânia MaisAFP Crianças posam para foto junto a um boneco de neve em um acampamento de refugiados sírios em Diyarbakir, na Turquia. Pelos cálculos da Unicef, mais de 1,2 milhão de crianças refugiadas vivem em acampamentos no Líbano, Jordânia, Turquia e Iraque MaisKhalil Mazraawi/AFP Crianças sírias brincam com armas de plástico no campo de refugiados Zaatari, localizado próximo à cidade de Mafraq, na fronteira da Jordânia com a Síria. Pelos cálculos da Unicef, mais de 1,2 milhão de crianças refugiadas vivem em acampamentos no Líbano, Jordânia, Turquia e Iraque MaisBassam Khabieh/Reuters Crianças brincam em balanços improvisados com restos de bombas russas em um porão no bairro de Duma, em Damasco, na Síria. O sírio Abou Ali al-Bitar usa restos de armas da guerra civil no país, incluindo foguetes e morteiros, para criar objetos decorativos, instrumentos musicais e brinquedos para entreter as crianças durante o feriado muçulmano Eid al-Adha MaisAP Photo Pelo menos 2,8 milhões de crianças foram obrigadas a largar a escola, uma situação que terá enorme impacto no futuro do país, conforme dados da Unicef. A Síria está mergulhada em uma guerra civil que já dura três anos MaisAP Photo O relatório da Unicef aponta que a situação poderia ser ainda pior, não fossem os programas das Nações Unidas, que levaram 1,4 milhão de crianças de volta à escola. A Síria completa três anos de guerra civil neste domingo, 16 de março MaisAP Muitas escolas são usadas como refúgio pela população, que foge das cidades onde há enfrentamento entre as forças leais ao presidente Bashir al-Assad e forças da oposição MaisDiaa Al-Din/Reuters A Unicef estima que as crianças afetadas pela violência da guerra civil, que completa três anos, terão de passar por tratamento ou acompanhamento psicológico MaisTariq Saleh/BBC Uma menina modelou o pai assistindo TV antes de ser morto por bombardeios do regime sírio em Deir Er Zour. Traumatizadas pelas cenas de violência na guerra civil na Síria, crianças refugiadas no Líbano foram acolhidas por uma ONG e produziram pinturas e esculturas sobre o conflito. As chamadas "feridas escondidas" da guerra civil na Síria provocaram mudanças de comportamento nas crianças afetadas diretamente pelo conflito. Elas não conseguem dormir e deixaram de "se comportar como crianças" MaisHamid Khatib/ Reuters O Observatório Sírio para os Direitos Humanos estima que mais de 146 mil pessoas foram mortas durante três anos de conflito no país. Milhares de famílias sofreram perdas e o número de crianças mendigando ou tendo de sair em busca de trabalho só cresceu desde 2013. Na imagem uma menina do grupo dos refugiados sírios faz o seu caminho através da lama no campo de refugiados de Bab Al-Salam, em Azaz, na Síria, perto da fronteira sírio-turca MaisBassam Khabieh/Reuters Segundo as Nações Unidas, a situação é mais grave para as meninas. Muitas delas são empurradas para casamentos forçados como forma de "ajudar suas famílias" MaisJamal Saidi/Reuters Crianças refugiadas sírias pintam os rostos para o Dia das Bruxas em um campo de refugiados operado pela Unicef, no vale de Bekaa, no Líbano. A organização tenta manter o direito dos pequenos de "se comportarem como crianças", mesmo vivendo em uma zona de conflito MaisBaraa al-Halabi/AFP 15.jul.2014 - Homem sírio carrega menina em uma rua coberta de poeira após um ataque aéreo das forças governamentais na cidade de Aleppo, nesta terça-feira (15). Mais de 170 mil pessoas foram mortas na guerra de três anos, um terço deles civis, de acordo com o Observatório Sírio para os Direitos Humanos Baraa al-Halabi/AFP 15.jul.2014 - Sírios carregam crianças entre destroços após um ataque aéreo de forças leais ao governo no norte da cidade de Aleppo, na Síria, nesta terça-feira (15). Mais de 170 mil pessoas foram mortas em três anos de guerra civil, um terço delas civis, de acordo com o Observatório Sírio de Direitos Humanos Baraa al-Halabi/AFP 15.jul.2014 - Um homem carrega uma garota nos braços enquanto passa por destroços após um ataque aéreo de forças leais ao governo no norte da cidade de Aleppo, na Síria, nesta terça-feira (15). Mais de 170 mil pessoas foram mortas em três anos de guerra civil, um terço delas civis, de acordo com o Observatório Sírio de Direitos Humanos Ahmed Deeb/AFP 15.jul.2014 - Adolescente ajuda homem durante um ataque aéreo de forças leais ao governo no norte da cidade de Aleppo, na Síria, nesta terça-feira (15). Mais de 170 mil pessoas foram mortas em três anos de guerra civil, um terço delas civis, de acordo com o Observatório Sírio de Direitos Humanos Bassam Khabieh/Reuters 11.set.2014 - Homens carregam corpo de menino ferido após ataques aéreos em Douma, na Síria. Ativistam afirmam que os ataques foram feitos por forças leais ao presidente do país, Bashar al-Assad Mahmoud Hebbo/Reuters 30.nov.2014 - Menina fica ferida após ataques aéreos feitos por aviões de tropas do presidente Bashar Al-Assad, no distrito de Bab al-Hadid, em Aleppo, neste domingo Osman Sagirli 29.mar.2015 - Uma criança síria teria levantado as mãos ao confundir uma câmera fotográfica com uma arma. A imagem foi compartilhada pela fotojornalista Nadia AbuShaban via Twitter e se tornou viral. O autor da foto é o turco Osman Sagirli. A criança é uma menina chamada Hudea, de 4 anos. A imagem foi tirada no campo de refugiados de Atmeh na Síria. Hudea viajou ao campo - a cerca de 10 km da fronteira turca - com a mãe e dois irmãos, a 150 km da cidade deles, Hama MaisJoseph Eid/AFP 9.jun.2015 - Bebê senta-se em cama dentro de um abrigo informal para refugiados sírios em Zahrani, ao sul da capital do Líbano, Beirute. A ONU (Organização das Nações Unidas) confirmou nesta quinta-feira (9) que o número de refugiados em decorrência do conflito na Síria superou os 4 milhões, se transformando assim na pior crise do tipo enfrentada pela entidade nos últimos 25 anos MaisMohamed Azaki/Reuters 17.ago.2015 - Crianças refugiadas sírias observam de sua barraca, na cidade de Saadnayel, distante 45 quilômetros de Beirute, capital do Líbano, a visita do diretor de assuntos humanitários da ONU, Stephen O'Brien. Nesta segunda-feira (17), O'Brien declarou estar 'horrorizado' com o massacre de civis na Síria. No domingo, bombardeios em Duma, próximo a capital Damasco, deixaram ao menos 240 mortos MaisReprodução 19.ago.2016 - Quem é esse garotinho da foto que está correndo e chocando o mundo? Ele foi identificado como Omran Daqneesh, um menino sírio de 5 anos, mais uma vítima da guerra civil na Síria, em um ataque no bairro Qaterji, na cidade de Aleppo. Em um vídeo, é possível ver o menino ferido, sendo resgatado com os pais e os três irmãos dos escombros de um prédio. Coberto de poeira e sangue, Omran aparece desolado nas tristes imagens que retratam o drama que vive a Síria MaisAbd Doumany/AFP 24.ago.2016 - Uma menina síria aguarda tratamento em um hospital improvisado, após um ataque aéreo na cidade de Douma, a leste da capital Damasco. Segundo a Unicef cerca de 3,7 milhões de crianças - uma em cada três no país - não conhecem outra realidade além do conflito que já dura cinco anos