De mudança: índios da Aldeia Maracanã vão morar em prédio do Minha Casa

Fernando Maia/UOL
Cacique Tukano, líder do grupo que ocupava a Aldeia Maracanã, afirmou temer a relação com os mais de três mil vizinhos no complexo residencial construído por meio do Minha Casa, Minha Vida. Seu maior receio é o da "caricaturização" dos indígenas em um espaço totalmente urbano, fechado, ocupado majoritariamente pelo "homem branco"
Fernando Maia/UOL
Segundo Tukano, as novas moradias são mais confortáveis e melhor localizadas em comparação com o terreno da antiga colônia Curupaiti, em Jacarepaguá, na zona oeste da capital fluminense, onde os indígenas moraram por um ano e três meses após serem retirados à força da Aldeia Maracanã, em março do ano passado
Fernando Maia/UOL
"Se a convivência no apartamento prejudicar a criação e a formação dele, eu o mando de volta para a aldeia [da tribo Kaingáng, situada em Ronda Alta, no interior do Rio Grande do Sul]. Não vou deixar de falar com o meu filho na minha língua e nem abandonar os nossos rituais", declarou a escritora Vãngri Kaingáng, mãe do pequeno Siratan Katir, de três meses
Fernando Maia/UOL
"Se a convivência no apartamento prejudicar a criação e a formação dele, eu o mando de volta para a aldeia [da tribo Kaingáng, situada em Ronda Alta, no interior do Rio Grande do Sul]. Não vou deixar de falar com o meu filho na minha língua e nem abandonar os nossos rituais", declarou a escritora Vãngri Kaingáng, mãe do pequeno Siratan Katir, de três meses
Fernando Maia/UOL
Cacique Tukano assiste TV na colônia Curupaiti, em Jacarepaguá, onde os indígenas da Aldeia Maracanã moraram por um ano e três meses. O aparelho de TV é o único existente no local, e faz com que todos os índios se reúnam para ver os jogos da Copa do Mundo
Fernando Maia/UOL
"Se a convivência no apartamento prejudicar a criação e a formação dele, eu o mando de volta para a aldeia [da tribo Kaingáng, situada em Ronda Alta, no interior do Rio Grande do Sul]. Não vou deixar de falar com o meu filho na minha língua e nem abandonar os nossos rituais", declarou a escritora Vãngri Kaingáng, mãe do pequeno Siratan Katir, de três meses
Fernando Maia/UOL
Em um dos oito contêineres improvisados na colônia Curupaiti, em Jacarepaguá, foi instalada a única cozinha do local. Dois contêineres eram utilizados como banheiros (masculino e feminino). Os demais eram utilizados como dormitórios
Fernando Maia/UOL
Patxia Patashó, que vai morar no complexo residencial junto com os filhos --uma jovem de 19 anos e um adolescente de 15--, diz ver com bons olhos a oportunidade desfrutar de uma moradia mais confortável. Para a indígena, que, na colônia Curupaiti, dividia um contêiner com outras quatro pessoas (dois dormiam no chão e os demais em beliches), o novo lar pode até mesmo proporcionar a reaproximação do ex-marido
Fernando Maia/UOL
A construção do complexo residencial formado por dois condomínios, batizados com os nomes dos sambistas Zé Keti e Ismael Silva, ocorreu no terreno do antigo presídio Frei Caneca, na rua Frei Caneca, e custou quase R$ 31,5 milhões. As obras tiveram início em dezembro de 2011 e foram concluídas no dia 30 de abril desse ano. Os 998 apartamentos são iguais: dois quartos, sala, cozinha, banheiro e área de serviço. Os imóveis estão situados próximos à estação de metrô do Estácio
Fernando Maia/UOL
A construção do complexo residencial formado por dois condomínios, batizados com os nomes dos sambistas Zé Keti e Ismael Silva, ocorreu no terreno do antigo presídio Frei Caneca, na rua Frei Caneca, e custou quase R$ 31,5 milhões. As obras tiveram início em dezembro de 2011 e foram concluídas no dia 30 de abril desse ano. Os 998 apartamentos são iguais: dois quartos, sala, cozinha, banheiro e área de serviço. Os imóveis estão situados próximos à estação de metrô do Estácio