Kit de soldado da Primeira Guerra pesava até 27 kg; veja itens

Reprodução/Lucinda Duxbury/ABC.net
Uniformes de tecido cáqui, botas baixas, rifle com baioneta, cinturão de couro com bolsos para carregar equipamentos que, juntos, tinham cerca de 27 kg. O ''kit'' dos soldados na Primeira Guerra Mundial variava pouco de acordo com o país, segundo a Associação da Frente Ocidental, mas era pesado e ainda ganhou máscaras contra gás (arma química usada pela primeira vez em campos de batalha) e rações enlatadas (em geral detestadas pelos combatentes). Veja a seguir alguns dos itens
Divulgação/Imperial War Museum
Acima, o cinto de couro usado pelos soldados era composto por um suporte para os ombros e barriga, bolsos para munição, bainha para a baioneta, capa para ferramentas, cantil de água e uma espécie de bolsa. O kit de 1914 foi desenhado para poder ser posto e tirado com a mesma facilidade de um casaco. Além dele, os soldados costumavam carregar um pacote nas costas com casaco, lata de marmita, uniforme sobressalente e cobertor. Alguns dos equipamentos do Exército Britânico na Primeira Guerra foram produzidos pela Companhia Mills
Divulgação/Imperial War Museum
O rifle Lee-Enfield foi usado pelo Exército Britânico nas duas Grandes Guerras. Era considerada uma arma eficiente, principalmente porque suportava condições adversas como umidade e lama. Uma lança baioneta podia ser presa ao cano para combates corpo a corpo. A peça acima faz parte do Museu Imperial da Guerra de Londres, no Reino Unido
Divulgação/Imperial War Museum
As rações de comida eram essenciais para os soldados: a lata acima continha carne com ensopado de legumes. Era chamada de Maconochie, mesmo nome da fabricante, e destestada pelos soldados, principalmente quando eles não conseguiam aquecer a lata antes de comer. O item acima faz parte do acervo do Museu Imperial da Guerra de Londres, no Reino Unido
Divulgação/Imperial War Museum
O sargento M. Herring usou um dos biscoitos da ração de comida dada aos soldados para fazer um porta-retratos. Como eram muito duros, os biscoitos frequentemente eram usados em souvenires criados pelos combatentes, segundo o Museu Imperial da Guerra de Londres, no Reino Unido
Divulgação/Imperial War Museum
Segundo o Museu da Guerra Imperial de Londres, no Reino Unido, fumar cigarros era um hábito amplamente difundido entre os soldados. Cigarros eram parte das rações padrões fornecidas a eles. Fumar funcionava como uma forma de os soldados relaxarem e tornar a vida nos fronts mais 'toleráveis'. A lata acima pertenceu a Albert Tattersall, do Regimento de Machester. Ele morreu em 1916 na Batalha do Somme, na França
Divulgação/Imperial War Museum
Soldados costumavam escrever às famílias enquanto estavam no front -- o Serviço Postal Britânico entregou cerca de 2 bilhões de cartas durante a Primeira Guerra Mundial. A caixa acima com itens usados para escrever cartas foi do tenente-coronel Frederick Heneker, morto na Batalha do Somme, na França. Ela faz parte do acervo do Museu Imperial da Guerra de Londres, no Reino Unido
Divulgação/Imperial War Museum
Soldados também tinham algumas distrações, quando possível: acima, um kit de baralho pertencente ao segundo tenente F.G. Hasler, da Artilharia Real Britânica. Ele faz parte do acervo do acervo do Museu Imperial da Guerra de Londres, no Reino Unido
Divulgação/Museu de Ciência do Reino Unido
O Museu de Ciência da História da Medicina tem em seu acervo alguns objetos usados por soldados durante a Primeira Guerra Mundial. Como explosões causavam clarões e lançavam estilhaços de madeira e metal, soldados usavam uma máscara protetora com fendas bem estreitas, que mal permitiam aos combatentes enxergarem. Em geral, eram motoristas do Exército britânico que usavam a proteção, criada em 1915
Divulgação/Museu de Ciência do Reino Unido
O símbolo da cruz dentro de um círculo no capacete indica que ele foi usado por um membro da Cruz Vermelha francesa, que prestava ajuda a soldados nas trincheiras. O capacete, feito de aço, auxiliava na proteção contra estilhaços de bombas ou tiros de franco-atiradores. Antes, os capacetes eram de sarja azul, que davam muito pouca proteção, segundo o Museu de Ciência da História da Medicina
Divulgação/Museu de Ciência do Reino Unido
Para proteger os soldados de ataques com gás, o Exército britânico distribuía máscaras grosseiras e pouco eficientes, como a da foto, segundo o Museu de Ciência da História da Medicina. Diante disso, o fisiologista John Scott Haldane estudou novos modelos, que pudessem impedir danos às vias respiratórias. Haldane conseguiu identificar o gás cloro como um dos usados pelos alemães nas batalhas, mas também eram usados o gás mostarda e o fosfogênio
Divulgação/Museu de Ciência do Reino Unido
Quando um ataque com gás era detectado, os soldados eram alertados com um aviso sonoro, em geral dado com uma espécie de matraca. O som, porém, raramente era ouvido dado o barulho de explosões e tiros, de acordo com o Museu de Ciência da História da Medicina
Divulgação/Museu de Ciência do Reino Unido
Cavalos, usados em trabalhos como puxar carroças com feridos ou com armamentos pesados, também usavam máscaras de gás, de acordo com o Museu de Ciência da História da Medicina. O Exército alemão foi o primeiro a usar o gás nas batalhas em 1915, mas a arma química também foi usada pelos Aliados
Divulgação/Museu de Ciência do Reino Unido
Uma máscara feita com flanela e com proteção para os olhos também fazia parte do equipamento dos soldados britânicos, segundo o Museu de Ciência da História da Medicina. Essa espécie de capuz era usada junto com o 'PH' (iou fenato de hexamina), como foi apelidada a substância que protegia dos ataques com fosfogênio e gás cloro
Divulgação/Imperial War Museum
A maioria das máscaras de gás não passava de pedaços de algodão embebidos em substâncias químicas e presos a um tecido de lona que neutralizavam o ataque químico. Peças de vidro faziam a proteção dos olhos e um tubo de borracha ajudava na respiração. Acima, a ''Pequena Caixa Respiradora'', desenvolvida em 1916, usada na Frente Ocidental, era uma das máscaras mais tecnologicamente avançadas do período. Com essa evolução, as mortes por ataques de gás caíram para 3% na Frente Ocidental
Arquivo do Modern Conflict London/Reuters
Soldados norte-americanos vestem vários modelos de máscaras de gás criadas pelo Laboratório de Desenvolvimento Químico em Filadélfia (EUA). A imagem, divulgada apenas em 1919, faz parte de uma coleção particular sobre a Primeira Guerra Mundial
Arquivo/AP
Em foto sem data, um soldado com uma máscara de gás pendurada no pescoço bate em uma panela para alertar sobre ataque químico perto de um campo de batalha em Reims, na França. Outro instrumento usado nos fronts para dar o alerta sonoro era a matraca
Arquivo/AP
Cartão postal divulgado pelo Museu da Primeira Guerra Mundial de Peronne retrata um ''poilu'', como eram chamados os soldados de infantaria do Exército da França. Esse uniforme foi usado durante o outono de 1915; no peito do soldado está a medalha do Cavaleiro da Legião de Honra
Arquivo do of Modern Conflict London/Reuters
Na imagem de 1916, um soldado austro-húngaro descansa em bunker em local não identificado. A imagem faz parte de uma coleção particular sobre a Primeira Guerra Mundial
Arquivo/AP
Soldados canadenses, caminhando na lama, carregam companheiro ferido em campo de batalha perto de Boesinghe, na Bélgica, durante a Primeira Guerra Mundial
Arquivo/AP
Acima, soldados norte-americanos combatem com metralhadora de 37 mm durante a Ofensiva de Meuse-Argonne, uma das batalhas finais dos Aliados, na floresta de Argonne, na França
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Foto de 1915 mostra soldados turcos segurando armas durante momento de descanso em uma trincheira em Gallipoli, na Turquia
Arquivo/AP
Em foto de 1915, um soldado turco dispara contra tropas britânicas, enquanto companheiro observa campo de batalha em uma trincheira em Gallipoli, na Turquia
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Um soldado norte-americano da Primeira Divisão atira uma granada em uma batalha na Primeira Guerra Mundial na Frente Ocidental na França, em imagem de março de 1918
Arquivo/AP
Em foto sem data da Primeira Guerra Mundial, prisioneiros alemães ajudam soldado francês ferido durante a Batalha do Somme, próxima ao rio Somme, na Picardia, França
John Stilwell/AFP
O príncipe William, do Reino Unido, observa os pertences do major britânico James McCudden, expostos no Museu da Guerra Imperial de Londres. Entre os objetos, está a farda do militar e seu diário de guerra
Ben Stansal/AFP
Jovem observa uma máscara de gás que foi usada durante a Primeira Guerra Mundial. O objeto está exposto no Museu da Guerra Imperial de Londres, que reúne mais de 1.300 objetos -- desde diários e lembranças pessoais a armas usadas pelos soldados durante o conflito
Ben Stansal/AFP
Criança olha para imagens de soldados projetadas no Museu da Guerra Imperial em Londres. O local reúne mais de 1.300 objetos -- desde diários e lembranças pessoais a armas usadas pelos soldados durante o conflito