EUA e Cuba: fatos que marcaram a disputa de 50 anos

AP/Arquivo
Em 8 de janeiro de 1959, o líder cubano Fidel Castro discursa na base militar Columbia, conhecida depois como Ciudad Libertad, em Cuba. A revolução cubana trinfuou no dia 1 de janeiro de 1959, após o ditador Fulgencio Batista abandonar o país. Os então rebeldes desceram das montanhas e tomaram as bases e edifícios públicos. Os Estados Unidos reconheceram o novo governo, mais dois anos depois em 3 de janeiro de 1961, quebraram relações com Cuba e fecharam sua embaixada na ilha. Os dois países concordaram em reestabelecer relações diplomáticas e econômicas Mais
AFP
De ataque em ataque, o Exército Rebelde derrotou quartéis e efetivos das forças batistianas. A 15 de novembro de 1958, Fidel parte da Sierra Maestra para liderar a ofensiva final. Em 1º de janeiro de 1959, Fulgencio Batista foge da ilha e os rebeldes tomam o poder. A imagem mostra a entrada em Havana de Fidel Castro (à esq.) e Camilo Cienfuegos, líderes da Revolução Cubana, em 8 de janeiro Mais
AP
No fim da década de 50, com a Revolução Cubana, Fidel Castro adotou medidas de desapropriação, que atingiram numerosas empresas norte-americanas, e se aproximou da antiga União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), o que deu início a contínuas animosidades com os EUA. Em janeiro de 1961, Dwight Eisenhower, então presidente dos EUA, rompeu relações diplomáticas com Cuba Mais
Reprodução
Em fotografia de 1959, Fidel Castro (à esq.) conversa com Che Guevara, um dos líderes da Revolução Cubana e posteriormente designado para os cargos de presidente do Banco Nacional e ministro da Indústria em Cuba Mais
Associated Press
Em imagem de 15 de maio de 1960, o escritor norte-americano Ernest Hemingway conversa com Fidel Castro em Havana, Cuba. Hemingway, considerado um dos maiores escritores dos Estados Unidos, morou na ilha durante muitos anos e defendia abertamente o regime cubano Mais
Associated Press
Da esquerda para a direita: Fidel Castro, Osvaldo Dortico (então presidente de Cuba) e Che Guevara participam, em 1960, do funeral das vítimas da explosão do barco La Coubre, atribuída pelos cubanos aos EUA Mais
Prensa Latina/AP
O líder cubano Fidel Castro (centro) conversa com o primeiro ministro soviético Nikita Khrushchev (à dir.), ao lado do seu Ministro das Relações Exteriores, Raul Roa (à esq), no Hotel Theresa, durante assembleia geral das Nações Unidas, em Nova York, em setembro de 1960. As relações estreitas entre Cuba e União Soviética agravaram ainda mais as tensões ante a bipolaridade vivenciada pelos países nos anos de Guerra Fria Mais
AP/Arquivo
Em 3 de janeiro de 1961, centenas de cidadãos cubanos se aglomeraram diante da embaixada norte-americana em Havana, na esperança de conseguir vistos, após o presidente Fidel Castro ordenar à embaixada que reduzisse seu número de funcionários para doze em apenas 48 horas. Os Estados Unidos quebraram relações com Cuba e decidiram fechar sua embaixada no país. Passados 53 anos, os dois países concordaram em reestabelecer relações diplomáticas e econômicas Mais
Efe
No episódio conhecido como 'crise dos mísseis', um avião americano de espionagem registrou, em Cuba, a construção de uma base de lançamento para mísseis soviéticos. O presidente John Kennedy, em pouco tempo, decretou uma quarentena aérea e naval da ilha governada por Fidel Castro. Desde então, os EUA procuram estrangular economicamente a ilha, recorrendo a medidas restritivas e embargos Mais
AP/Arquivo
Nesta foto feita em 28 de outubro de 1962, o presidente norte-americano John F. Kennedy deixa a igreja de São Estefano, em Washington, pouco depois do anúncio de que o premiê russo Nikita Kruschchev ordenou que as bases de foguetes soviéticas em Cuba fossem desmanteladas e que os foguetes retornassem à Rússia. Um bloqueio americano forçou a retirada de mísseis nucleares soviéticos de Cuba, após um impasse que quase arrastou o mundo em direção a uma guerra nuclear. Kennedu concordou em não invadir Cuba
Prensa Latina/AP
O líder revolucionário Fidel Castro conversa com prisioneiros da invasão da Baía dos Porcos, em abril de 1961, no estádio de esportes em Havana. O episódio foi uma tentativa frustrada dos Estados Unidos de invadir a ilha, feita por exilados cubanos contrários a Castro Mais
Granma/AFP
Foto divulgada pelo jornal cubano Granma mostra o líder cubano Fidel Castro inspecionando uma unidade de artilharia, em um local não divulgado, durante a crise dos mísseis, em 1962 Mais
Reprodução
Em 1971, Fidel Castro encontrou-se com o presidente chileno Salvador Allende (dir.), durante sua visita à América Latina. Mais tarde, Allende seria deposto por uma junta militar, que inaugurou a ditadura no país Mais
AP
O líder revolucionário cubano Fidel Castro se encontra com o ex-ditador líbio, Muammar Gaddafi, durante encontro em Trípoli, em março de 1977. Durante anos, os Estados Unidos encararam Cuba como inimigo, por sua aproximação com países de política contrária à americana Mais
AP/Arquivo
Nesta imagem de 9 de março de 1977, o presidente norte-americano Jimmy Carter (à dir.) é cercado por jornalistas, após anunciar a retirada do embargo a viagens a Cuba, Vietnã, Coreia do Norte e Camboja. Carter tentou normalizar relações com Cuba pouco depois de assumir o posto na Casa Branca em 1977, com o restabelecimento de missões diplomáticas e negociações para a liberdade de milhares de prisioneiros do regime cubano. Mas conflitos sobre a missão militar de Cuba na África, a tensão causada por refugiados cubanos que fugiram da ilha em 1980 e a eleição de Ronald Reagan puseram fim a essa tentativa
Reuters
Em fevereiro de 1979, o presidente Fidel Castro e seu irmão Raúl celebraram o 20º aniversário da Revolução Cubana, em Havana Mais
Andrew Gombert/ EFE
A Assembleia Geral da ONU reivindicou em diversas oportunidades a suspensão do embargo dos Estados Unidos contra Cuba. No mais recente evento, em outubro de 2014, a Assembleia Geral se manifestou contra o bloqueio americano à ilha a pedido do governo cubano, pela 23ª ocasião consecutiva desde 1992, com a aprovação de uma resolução que recebeu o apoio de 188 dos 193 membros das Nações Unidas Mais
Gabriel Boyus/AFP
O papa Francisco e o Vaticano tiveram um papel essencial na retomada das relações internacionais, intermediando a aproximação histórica anunciada em 17 de dezembro de 2014 entre Estados Unidos e Cuba. O presidente Barack Obama agradeceu ao papa Francisco durante seu discurso. Na foto, Obama conversa com o papa em um encontro no Vaticano, em março deste ano Mais
Enrique de La Osa/Reuters
John Hemingway (esquerda), neto de Ernest Hemingway, sugeriu em novembro de 2014 que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, tomasse medidas executivas para se aproximar de Cuba, com iniciativas como o aumento da cooperação em ciências marinhas. "Chegou o momento da mudança", disse o também escritor em entrevista coletiva em Washington, em evento sobre iniciativa ambiental liderada pela Latin America Working Group, que tem a participação de cientistas americanos e cubanos Mais
Jeff Flake/AP
O americano Alan Gross (de camisa azul e colete), preso desde 2009 em Cuba, chega aos EUA em 17 de dezembro de 2014. Gross, 65, foi detido e preso em 3 de dezembro de 2009 e em 2011 condenado a 15 anos de prisão pelo que o governo cubano descreveu como "ações contra a integridade territorial do Estado". Após a libertação, os Estados Unidos abriram negociações para restabelecer as relações diplomáticas com o país caribenho Mais
Doug Mills/Reuters
O presidente dos EUA, Barack Obama, anuncia uma mudança na política em relação a Cuba durante discurso na Casa Branca, em Washington, em 17 de dezembro de 2014. Ao mesmo tempo em que Obama anunciava a retomada de relações com Cuba, o presidente da ilha, Raúl Castro, falava aos cubanos. A retomada das relações internacionais entre os países aconteceu após Cuba soltar o norte-americano Alan Gross, 65, após cinco anos de prisão Mais
Yamil Lage/AFP
Mulher assiste ao discurso do presidente cubano, Raúl Castro, sobre a retomada das relações diplomáticas com os EUA, em Havana. Castro disse que Cuba tinha concordado em restabelecer relações com o país inimigo desde o período da Guerra Fria depois que uma troca de prisioneiros abriu o caminho para um avanço histórico Mais