Conheça a igreja que acolhe evangélicos gays rejeitados por outras congregações

Edgard Matsuki/UOL
Pastor Alexandre Feitosa participa de culto da Comunidade Athos, igreja de Brasília que abriga quem deseja praticar a fé em Deus sem sofrer preconceitos por causa da orientação sexual Mais
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Em meio às várias igrejas evangélicas localizadas no Conic -- quadra central de Brasília que, em outros tempos, era ponto central da prostituição na capital federal --, uma congregação se diferencia. Formada por gays e lésbicas, a Comunidade Athos realiza cultos três vezes por semana para quem deseja praticar a fé em Deus sem sofrer preconceitos por causa da orientação sexual Mais
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Fundada em dezembro de 2005, a Comunidade Athos começou com um grupo de cinco pessoas que não eram aceitas em outras igrejas. Com o tempo, cresceu e ganhou o status de igreja. Dos cinco fundadores, dois continuam Mais
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O designer Fabio Carvalho cuida do Facebook da Comunidade Athos. Para ele, há mais homens nos cultos porque é mais fácil para mulheres disfarçarem a homossexualidade. "Algumas mulheres são lésbicas, frequentam igrejas e ninguém percebe. Com homens, é diferente", aponta Mais
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A grande maioria dos frequentadores já foi expulsa de outras igrejas por causa da orientação sexual. O secretário-executivo Marcelo Araújo, 29, é um exemplo. "Até os 16 anos, eu frequentava uma igreja e não havia me assumido gay. Um dia fiquei com um menino e a história chegou ao pastor. Ele me chamou e me expulsou. Não adiantou nem argumentar" Mais
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Em média, 80 pessoas participam dos cultos. De acordo com a pastora Márcia Dias, cerca de 300 pessoas fazem parte da congregação e quase 100% são gays, lésbicas, bissexuais ou transexuais -- incluindo ela própria. "De cabeça, lembro de três heterossexuais que frequentam", diz Mais
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A Athos prega a teologia inclusiva, ou seja, não condena a homossexualidade. Toda a argumentação para aceitação vem da própria Bíblia. "Há muitos erros por parte de outras igrejas. Sodoma e Gomorra, por exemplo, não era formada só por gays. Ou seja, não é a homossexualidade que foi punida por Deus", afirma a pastora Márcia Dias Mais