Fiscal liberta mais de 2.000 pessoas do trabalho escravo

Arquivo pessoal Marinalva Dantas
Em maio de 2003, o trabalhador Francisco Moreira Lopes recebe da auditora do trabalho Marinalva Dantas (à esq.) mais de R$ 40 mil de indenização por ter passado 19 anos e quatro meses como escravo numa fazenda na zona rural de Marabá, no Pará. Sem trabalhar com equipamento de proteção, o operador de motosserra ficou surdo de um ouvido. Foi a maior indenização individual já paga até hoje por trabalho escravo no Brasil. O caso está descrito no livro "A Dama da Liberdade", de Klester Cavalcanti Mais
Arquivo pessoal Marinalva Dantas
Foto feita por fiscais do trabalho mostra as condições em que os escravos geralmente vivem nas fazendas. Com redes instaladas em barracas feitas com estacas de madeira e cobertas de lona plástica ou palha, sobre o chão de terra, sem cobertura lateral. O trabalho escravo está descrito no livro "A Dama da Liberdade", de Klester Cavalcanti Mais
Arquivo pessoal Marinalva Dantas
Grupo de escravos libertados pela fiscal do trabalho Marinalva Dantas, em 2002, no sul do Pará. O caso está descrito no livro "A Dama da Liberdade", de Klester Cavalcanti Mais
Arquivo pessoal Marinalva Dantas
A menina Domingas dos Santos trabalhava como babá e doméstica aos 11 anos numa fazenda no sul do Pará e foi libertada em 2004, pela equipe de Marinalva Dantas. O caso está descrito no livro "A Dama da Liberdade", de Klester Cavalcanti Mais
Arquivo pessoal Marinalva Dantas
O trabalhador Vilmar Ferreira em fazenda no Pará em dezembro de 2001, no momento de sua libertação. Ele trabalhava de domingo a domingo, sem descanso, até 14 horas por dia. Segundo contou a auditores do Ministério do Trabalho, ele recebeu uma surra de facão no dia em que tomou coragem para pedir água limpa para beber, o que o deixou com uma profunda cicatriz num dedo da mão esquerda. "A água que nós bebia era amarelada e bem grossa. Parecia suco de abacaxi", falou em depoimento no escritório da CPT (Comissão da Pastoral da Terra) em Marabá. O relato está no livro "A Dama da Liberdade", de Klester Cavalcanti Mais
Arquivo pessoal Marinalva Dantas
Em depoimento no escritório da CPT (Comissão da Pastoral da Terra) em Marabá, o piauiense Vilmar Ferreira fala sobre sua escravidão em fazenda no Pará em 2002. Ele trabalhava de domingo a domingo, sem descanso, até 14 horas por dia. Segundo contou a auditores do Ministério do Trabalho, ele recebeu uma surra de facão no dia em que tomou coragem para pedir água limpa para beber, o que o deixou com uma profunda cicatriz num dedo da mão esquerda. Foi a única vez que a fiscal Marinalva Dantas chorou, comovida pelo relato, que está no livro "A Dama da Liberdade", de Klester Cavalcanti Mais