Mais de cinco anos após terremoto, haitianos vivem em prédios abandonados

Rebecca Blackwell/AP
O eletricista Jimmy Bellefleur, 35, se senta na sua cama em um cômodo ocupado por sua família dentro de um prédio governamental destruído e abandonado após o terremoto que atingiu Porto Príncipe, no Haiti. A imagem foi feita no dia 29 de junho. Antes do terremoto, a família de Bellefleur vivia em dois quartos alugados, mas o imóvel foi destruído. Eles viveram na rua por mais de um ano antes de encontrar o novo lar. "Eu não tenho condições de sair ", afirmou
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Zarmor Sendi caminha por escadaria em um prédio governamental destruído e abandonado após o terremoto que atingiu Porto Príncipe, no Haiti. A imagem foi feita no dia 29 de junho. Sendi, 28, perdeu sua casa no tremor e acabou sendo despejado de um acampamento montado para os desabrigados pelo terremoto
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4.ago.2015 - Manushka Doneis, 18, se senta dentro de um prédio abandonado de uma companhia de navegação, onde vive com suas irmãs e a filha de cinco meses, em Porto Príncipe, no Haiti. A imagem foi feita no dia 26 de junho. Haitianos desabrigados desde o terremoto de 2010 estão vivendo em ruínas de prédios destruídos, como as de um hotel de luxo, do teatro nacional e até em um trailer sem ventilação
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Jean Donalson Tousena Bagui segura a filha de dois anos dentro do Hotel Le Palace, parcialmente destruído pelo terremoto de 2010, em Porto Príncipe, no Haiti. A imagem foi feita no dia 29 de junho. Tousena Bagui afirmou que era segurança no hotel antes do terremoto e se autonomeou zelador do local. Ele afirmou não receber nenhuma compensação do dono do local e disse não ter recebido nenhum posicionamento sobre o que o local se tornará
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Garoto senta em uma árvore dentro de acampamento montado para desabrigados pelo terremoto de 2010, em Porto Príncipe, no Haiti. O local deveria ser provisório, mas se tornou um assentamento permanente. A imagem foi feita no dia 26 de junho. Segundo a Organização Internacional de Imigração, cerca de 65 mil pessoas estão vivendo em 66 acampamentos como esse, em relatório publicado em março desde ano
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4.ago.2015 - Johnly Clif Gaspard (atrás) deixa o deposito abandonado onde vive para ir à missa de domingo junto com a mãe e as duas irmãs, em Porto Príncipe, no Haiti. Embora a mãe trabalhe em tempo integral em uma fábrica de botões e Gaspard ganhe dinheiro vendendo brinquedos motorizados construídos com sucata, eles não podem se dar ao luxo de sair do depósito onde vivem junto a outras cinco famílias
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A cabeleireira, Loavia Bienaime, 30, senta em sua cama enquanto se prepara para mais um dia que se inicia, em um cômodo ocupado pela sua família em um prédio governamental destruído e abandonado após o terremoto que atingiu Porto Príncipe, no Haiti. A imagem foi feita no dia 29 de junho. O marido dela, Jimmy Bellefleur, usou suas habilidades como eletricista para conectar o edifício à rede de energia e consertou eletrodomésticos quebrados para serem usados pela família
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Naika Pierre, 2, dorme em sua cama em uma barraca de chão de terra onde vive com seus pais em acampamento montado para desabrigados pelo terremoto de 2010 em Cité Soleil, Porto Príncipe, Haiti. A imagem foi feita no dia 26 de junho de 2015. Quando o terremoto atingiu o país em 2010, o imóvel em que os pais de Naika viviam foi destruído, forçando-os a se mudarem para o acampamento montado dentro da favela. Cinco anos depois, eles continuam vivendo embaixo lonas remendadas com blocos de concreto e papelão. As chuvas transformam o piso em lamaçal
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Morador do Hotel Le Palace, parcialmente destruído pelo terremoto de 2010, desce as escadas em direção ao cômodo onde vive, no centro de Porto Príncipe, no Haiti. Embora parte do hotel tenha sido destruída, quartos que ficaram com paredes intactas se tornaram o lar de desabrigados pelo terremoto. No local não há água corrente nem instalações sanitárias
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Casas de aglomeram em uma encosta no distrito de Jalousie, em Porto Príncipe, no Haiti. O país sofre de uma grave carência habitacional mesmo antes do terremoto de 2010. A imagem é de 29 de junho de 2015. De acordo com relatório da Anistia Internacional de janeiro de 2015, o terremoto aumento ainda mais esse deficit. Entretanto, os esforços de reconstrução se focaram na construção de abrigos temporários em vez de habitações permanentes
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Jovem sobe escadas dentro de um prédio parcialmente destruído no centro de Porto Príncipe, no Haiti. A imagem foi feita em 29 de junho de 2015. Prédios destruídos servem como lar para muitos dos desabrigados pelo terremoto de 2010, apesar de as estruturas não terem água e instalações sanitárias
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Mirlande Senate, 17, grávida de oito meses, se apoia no barraco improvisado onde vive sozinha em um acampamento montado em Cité Soleil para desabrigados pelo terremoto de 2010, em Porto Príncipe, no Haiti. A imagem foi feita em 26 de junho de 2015. Sanate ficou órfã anos antes do terremoto e, sem familiares, se viu obrigada a se prostituir para sobreviver após o tremor
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Homem usa um pedaço de espelho quebrado para se olhar enquanto interage com outros moradores de um depósito abandonado onde eles vivem em Porto Príncipe, no Haiti. A imagem foi feita no dia 27 de junho de 2015. Alguns dos moradores possuem trabalhos de tempo integral, enquanto outros estão desempregados e buscam por trabalhos, mesmo que temporários
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Jovem compartilha biscoito com um gato em um acampamento montado após o terremoto de 2010, em Porto Príncipe, no Haiti. Os moradores esperam que o local se torne um bairro permanente. A imagem foi feita em 26 de junho de 2015. Após mais de cinco anos do terremoto que destruiu grande parte da capital do país, ainda existem sinais visíveis do desastre e a vasta maioria da população que estava desabrigada conseguiu encontra moradia. No entanto, ainda existem dezenas de milhares de pessoas que nunca puderam reconstruir suas casas e não foram beneficiados pelos subsídios de aluguel, que estão esgotados, ou nunca conseguiram encontrar uma moradia permanente
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Este tapete de yoga desgastado é a única "cama" de uma família composta por três pessoas que vive em um cômodo em um depósito abandonado em Porto Príncipe, no Haiti. A imagem foi feita no dia 26 de junho de 2015. Seis famílias ocuparam os escritórios do prédio e os transformaram em lar, mas, à noite, outros trabalhadores desabrigados vêm ao local para dormir no chão e corredores do antigo depósito
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O carpinteiro Camen Innocent, 57, constroi uma estrutura de madeira dentro de um cômodo em um prédio governamental destruído e abandonado após o terremoto que atingiu Porto Príncipe, no Haiti. A imagem foi feita no dia 29 de junho. Ele afirma ter sido a primeira pessoa a estabelecer residência no prédio abandonado após o terremoto de 2010. Nos últimos anos, os moradores do local têm vivido sem serem perturbados, mas eles sabem que o governo pode reclamar a posse do imóvel a qualquer momento, deixando-os na rua novamente
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Fritzna Oralist, 12, almoça dentro do depósito abandonado onde vive com a mãe e três irmãos em Porto Príncipe, no Haiti. A imagem foi feita no dia 27 de junho de 2015. Após o terremoto de 2010, moradores retornaram a lares inseguros enquanto outros ocuparam edifícios danificados e abandonados pela capital
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Neslie Etienne, 28, é fotografada através de um mosquiteiro enquanto varre o cômodo onde vive com o marido e o filho de seis anos em um contêiner abandonado em Porto Príncipe, no Haiti. A imagem foi feita no dia 27 de junho de 2015. Despejos forçados e subsídios de aluguel esvaziaram muitos dos acampamentos montados após o terremoto, mas não providenciaram soluções permanentes para o problema da falta de moradia que já existia antes do terremoto
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Zarmor Sendi, 28, dorme em cômodo de um prédio governamental destruído e abandonado após o terremoto que atingiu Porto Príncipe, no Haiti. Durante o dia, ela mora em um dos antigos banheiros do edifício, que é pequeno demais para se deitar. Ela fica protegida apenas por uma fina cortina. Embora todos os residentes se conheçam, não há uma maneira de proteger o local, o que deixa mulheres e crianças particularmente vulneráveis
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Privada improvisada instalada sobre um poço raso é usada por famílias que vivem em edifícios danificados por trás das ruínas do Teatro Nacional, no centro de Porto Príncipe, no Haiti. A imagem foi feita no dia 29 de junho. O saneamento é um problema nos acampamentos e assentamentos precários. Muitas pessoas vivem sem acesso a instalações sanitárias. A água para beber e se banhar precisa ser comprada
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Loavia Bienaime, 30, ampara a filha Martina enquanto assiste à televisão em uma escadaria do lado de fora do cômodo onde vive em um prédio governamental destruído e abandonado após o terremoto que atingiu Porto Príncipe, no Haiti. A imagem foi feita no dia 28 de junho. "Eu não gosto de crianças aqui. É muito aberto. Não há segurança", afirma Jimmy Bellefleur, marido de Bienaime