Quem já se declarou contra ou a favor do impeachment de Dilma?

Ernesto Rodrigues/Folhapress
A FAVOR - Fernando Henrique Cardoso (PSDB), ex-presidente da República (1995-2002): FHC não se posicionou de forma enfática a favor do impeachment e, no início do ano, chegou a dizer que tirar Dilma do cargo "não adiantaria nada". No entanto, ele mudou o discurso e diz que o processo pode fazer o Brasil caminhar novamente. "O Brasil não pode ficar paralisado. E, no momento, ele está", disse o tucano à BBC Brasil dois dias depois de Cunha aceitar o pedido Mais
Fábio Motta/Estadão Conteúdo
CONTRA - Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ex-presidente da República (2003-2010): A possibilidade de ver sua sucessora e apadrinhada ser tirada do cargo fez Lula convocar líderes sindicais e movimentos sociais para uma mobilização contra o impeachment. Na defesa de Dilma, Lula disse que não é possível permitir "um golpe de Estado como o impeachment", apesar de considerar esse instrumento legítimo na democracia. "Dilma é apenas a imagem pública que eles querem derrubar. Eles querem derrubar nosso projeto de governar", discursou Lula a sindicalistas e líderes de movimentos sociais Mais
Marcelo Camargo/Agência Brasil
CONTRA - Luiz Fernando Pezão (PMDB), governador do Rio de Janeiro: assinou, ao lado de 15 governadores, um documento chamado "Carta pela Legalidade", afirmando que o impeachment é um "recurso de extrema gravidade", que "só deve ser empregado quando houver comprovação clara e inquestionável de atos praticados dolosamente pelo chefe de governo". Antes de assinar o texto, participou de um encontro com Dilma no dia 8 de dezembro Mais
Pedro Ladeira/Folhapress
CONTRA: Ciro Gomes (PDT), ex-governador do Ceará: recém-filiado ao PDT, Ciro lançou o movimento "Golpe Nunca Mais" ao lado do presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, ex-ministro de Dilma, e do governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), em defesa da presidente. Mesmo derrotado por Lula nas eleições de 2002 - como candidato do PPS, ficou em terceiro -, Ciro foi ministro da Integração Nacional no primeiro governo do petista (2003-2006) e se consolidou como aliado do partido da presidente. Polêmico, ele ainda acusa o vice-presidente, Michel Temer (PMDB), de ser o "capitão do golpe" Mais
Douglas Pereira
CONTRA - Marina Silva (Rede), ex-senadora e terceira colocada nas eleições presidenciais de 2014: a Rede, partido liderado por Marina, se posicionou contra o pedido de impeachment por considerar que não há elementos técnicos e jurídicos que embasem a ação. Mas isso não significou necessariamente um apoio da ex-petista a Dilma Rousseff: ela afirmou que defende a continuação da investigação, conduzida pelo TSE, que apura suspeitas de abusos de poder político e econômico cometidos por Dilma e Temer nas eleções de 2014. Uma derrota significaria a cassação da chapa governista Mais
Alexandra Martins/Agência Câmara
A FAVOR - Pedro Taques (PSDB), governador do Mato Grosso: filiado ao PDT - que assumiu posição nacional contra o impeachment - até agosto de 2015, Taques trocou o partido pelo opositor PSDB e foi o primeiro governador a se posicionar oficialmente a favor do impedimento da presidente Mais
Sérgio Lima/Folhapress
CONTRA: Carlos Lupi, presidente nacional do PDT: ex-ministro do Trabalho dos governos Lula e Dilma (2007-2011), Lupi lançou o movimento "Golpe Nunca Mais" ao lado do ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT) e do governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), em defesa da presidente. Ele também atacou Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que aceitou o pedido de impeachment. "Não vejo legitimidade do presidente daquela Casa em fazer o impeachment de ninguém. Ele é um homem sob suspeição", disse Lupi Mais
José Lucena/Estadão Conteúdo
CONTRA - Eduardo Paes (PMDB), prefeito do Rio de Janeiro: aliado de Dilma e do governador do RJ, Luiz Fernando Pezão (PMDB), o prefeito carioca diz não haver razão para acusações contra a presidente. "Dilma é uma pessoa muito honesta", afirmou Mais
Reprodução/TV Cultura
CONTRA - Flávio Dino (PCdoB), governador do Maranhão: aliado da base governista, Dino lançou o movimento "Golpe Nunca Mais" ao lado do ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT) e do presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, em defesa da presidente. "Nós não podemos nos calar, aceitar passivamente uma virada de mesa antidemocrática. Não podemos aceitar que se rasgue a Constituição, isso está acima de qualquer governo", disse o governador Mais
UOL
A FAVOR - Fernando Gabeira (PV), jornalista e ex-deputado federal pelo PT: um dos principais nomes do PV, Gabeira, ex-militante da luta armada contra a ditadura e ex-petista, se colocou a favor do impeachment da presidente. "É uma forma de se buscar um caminho. Tem-se dito que o impeachment não tem fundamento jurídico, mas o próprio Supremo não concluiu isso, creio que seja atribuição da Câmara", disse Gabeira, segundo a "Folha de S.Paulo" Mais
Sergio Lima/Folhapress
CONTRA - Paulo Câmara (PSB), governador de Pernambuco: assinou, ao lado de 15 governadores, um documento chamado "Carta pela Legalidade", afirmando que o impeachment é um "recurso de extrema gravidade", que "só deve ser empregado quando houver comprovação clara e inquestionável de atos praticados dolosamente pelo chefe de governo". Antes de assinar o texto, participou de um encontro com Dilma no dia 8 de dezembro Mais
Romildo de Jesus/ Futura Press/ Estadão Conteúdo
CONTRA - Rui Costa (PT), governador da Bahia: assinou, ao lado de 15 governadores, um documento chamado "Carta pela Legalidade", afirmando que o impeachment é um "recurso de extrema gravidade", que "só deve ser empregado quando houver comprovação clara e inquestionável de atos praticados dolosamente pelo chefe de governo". Antes de assinar o texto, participou de um encontro com Dilma no dia 8 de dezembro Mais
Jarbas Oliveira/Estadão Conteúdo
CONTRA - Camilo Santana (PT), governador do Ceará: assinou, ao lado de 15 governadores, um documento chamado "Carta pela Legalidade", afirmando que o impeachment é um "recurso de extrema gravidade", que "só deve ser empregado quando houver comprovação clara e inquestionável de atos praticados dolosamente pelo chefe de governo". Antes de assinar o texto, participou de um encontro com Dilma no dia 8 de dezembro Mais
Divulgação
CONTRA - Jackson Barreto (PMDB), governador de Sergipe: assinou, ao lado de 15 governadores, um documento chamado "Carta pela Legalidade", afirmando que o impeachment é um "recurso de extrema gravidade", que "só deve ser empregado quando houver comprovação clara e inquestionável de atos praticados dolosamente pelo chefe de governo". Antes de assinar o texto, participou de um encontro com Dilma no dia 8 de dezembro Mais
Luiz costa/Hoje em Dia
CONTRA - Fernando Pimentel (PT), governador de Minas Gerais e ex-ministro de Dilma: assinou, ao lado de 15 governadores, um documento chamado "Carta pela Legalidade", afirmando que o impeachment é um "recurso de extrema gravidade", que "só deve ser empregado quando houver comprovação clara e inquestionável de atos praticados dolosamente pelo chefe de governo" Mais
Dida Sampaio/Estadão Conteúdo
CONTRA - Rodrigo Rollemberg (PSB), governador do Distrito Federal: assinou, ao lado de 15 governadores, um documento chamado "Carta pela Legalidade", afirmando que o impeachment é um "recurso de extrema gravidade", que "só deve ser empregado quando houver comprovação clara e inquestionável de atos praticados dolosamente pelo chefe de governo". Antes de assinar o texto, participou de um encontro com Dilma no dia 8 de dezembro Mais
Pedro Ladeira/Folhapress
CONTRA - Renan Filho (PMDB), governador de Alagoas: assinou, ao lado de 15 governadores, um documento chamado "Carta pela Legalidade", afirmando que o impeachment é um "recurso de extrema gravidade", que "só deve ser empregado quando houver comprovação clara e inquestionável de atos praticados dolosamente pelo chefe de governo". Antes de assinar o texto, participou de um encontro com Dilma no dia 8 de dezembro Mais
Pedro Ladeira/Folhapress
CONTRA - Ricardo Coutinho (PSB), governador da Paraíba: assinou, ao lado de 15 governadores, um documento chamado "Carta pela Legalidade", afirmando que o impeachment é um "recurso de extrema gravidade", que "só deve ser empregado quando houver comprovação clara e inquestionável de atos praticados dolosamente pelo chefe de governo". Antes de assinar o texto, participou de um encontro com Dilma no dia 8 de dezembro Mais
Reprodução/Facebook
CONTRA - Robinson Faria (PSD), governador do Rio Grande do Norte: assinou, ao lado de 15 governadores, um documento chamado "Carta pela Legalidade", afirmando que o impeachment é um "recurso de extrema gravidade", que "só deve ser empregado quando houver comprovação clara e inquestionável de atos praticados dolosamente pelo chefe de governo". Antes de assinar o texto, participou de um encontro com Dilma no dia 8 de dezembro Mais
Marcelo Cardoso/CCom/piauiimagens
CONTRA - Wellington Dias (PT), governador do Piauí: se manifestou contra o pedido de impeachment. Sua vice, Margarete Coelho (PP), assinou, ao lado de 15 governadores, um documento chamado "Carta pela Legalidade", afirmando que o impeachment é um "recurso de extrema gravidade", que "só deve ser empregado quando houver comprovação clara e inquestionável de atos praticados dolosamente pelo chefe de governo". Antes de assinar o texto, ela participou de um encontro com Dilma no dia 8 de dezembro Mais
Elizeu Oliveira/Divulgação
CONTRA - Marcelo Miranda (PMDB), governador de Tocantins: se manifestou contra o pedido de impeachment Mais
Reprodução/Facebook
CONTRA - Waldéz Goés (PDT), governador do Amapá: assinou, ao lado de 15 governadores, um documento chamado "Carta pela Legalidade", afirmando que o impeachment é um "recurso de extrema gravidade", que "só deve ser empregado quando houver comprovação clara e inquestionável de atos praticados dolosamente pelo chefe de governo". Antes de assinar o texto, participou de um encontro com Dilma no dia 8 de dezembro Mais
Kleyton Amorim/UOL
CONTRA - Tião Viana (PT), governador do Acre: se manifestou contra o pedido de impeachment. Sua vice, Nazareth Araújo (PT), assinou, ao lado de 15 governadores, um documento chamado "Carta pela Legalidade", afirmando que o impeachment é um "recurso de extrema gravidade", que "só deve ser empregado quando houver comprovação clara e inquestionável de atos praticados dolosamente pelo chefe de governo". Antes de assinar o texto, ela participou de um encontro com Dilma no dia 8 de dezembro Mais
Pedro Ladeira/Folhapress
7.dez.2015 - Após se reunir o vice-presidente Michel Temer (PMDB) em um almoço com empresários em São Paulo, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) deu na noite de segunda-feira (7) uma declaração um tom acima do que dizia no começo da crise. "Quero deixar claro que o impeachment é previsto na Constituição brasileira. E a Constituição não é golpista", afirmou o tucano. "É preciso agir e rápido. Tenho certeza que o Congresso vai interpretar o anseio da sociedade, com todos os cuidados jurídicos e constitucionais" Mais
Beto Barata - 16.mar.2015/ Folhapress
CONTRA - José Sarney (PMDB), ex-presidente da República (1985-1990): aliado do governo Dilma Rousseff, ele se manifestou contra o impeachment ainda em março, quando a presidente começou a sofrer pressão. "Isso não tem nenhum sentido. É apenas uma reminiscência do impeachment do Collor", disse, à época. Depois do acolhimento de Cunha, Sarney articulou, com outras lideranças do PMDB, para fechar o apoio da bancada do partido no Senado a Dilma Mais
Marlene Bergamo/Folhapress
CONTRA - UNE (União Nacional dos Estudantes): principal órgão nacional dos estudantes, a UNE afirmou que o processo de impeachmet parte de uma "chantagem política" de Eduardo Cunha. "Esse movimento de impeachment representa mais uma tentativa de promover um grave retrocesso na política brasileira", diz a nota oficial da UNE Mais
Divulgação/ Jaqueline Noceti / Secom
CONTRA - Raimundo Colombo (PSD), governador de Santa Catarina: assinou, ao lado de 15 governadores, um documento chamado "Carta pela Legalidade", afirmando que o impeachment é um "recurso de extrema gravidade", que "só deve ser empregado quando houver comprovação clara e inquestionável de atos praticados dolosamente pelo chefe de governo". Antes de assinar o texto, participou de um encontro com Dilma no dia 8 de dezembro Mais
Reprodução/Facebook/Governo de Roraima
CONTRA - Suely Campos (PP), governadora de Roraima: assinou, ao lado de 15 governadores, um documento chamado "Carta pela Legalidade", afirmando que o impeachment é um "recurso de extrema gravidade", que "só deve ser empregado quando houver comprovação clara e inquestionável de atos praticados dolosamente pelo chefe de governo". Antes de assinar o texto, participou de um encontro com Dilma no dia 8 de dezembro Mais
Rodrigo Capote/Folhapress
A FAVOR - Setor do empresariado: reportagem da "Folha de S.Paulo" ouviu 15 donos de grandes empresas e líderes dos setores industrial, agrícola, comercial e financeiro, que no geral manifestaram apoio à saída de Dilma Rousseff e à ascensão do vice Michel Temer. Eles concordam que Dilma, mesmo permanecendo, sairá enfraquecida e sem condições de reunir apoio no Congresso para aprovar medidas contra a crise. Os empresários, no entanto, temem que o apoio declarado ao impeachment os associe a Eduardo Cunha. Presidente da Fiesp e afilhado político de Temer, Paulo Skaf (PMDB) diz que "estão misturando as coisas". "As regras dão direito a Cunha de aceitar a análise de um pedido de impeachment. Mas quem vai conduzir o processo são os deputados e os senadores." Segundo a "Folha", Skaf é um dos empresários que trabalha nos bastidores em busca de apoio do setor produtivo a Temer Mais
Joel Rodrigues/Folhapress
CONTRA - Reitores de universidades federais: O próprio Palácio do Planalto divulgou no dia 10 de dezembro uma carta de apoio à presidente Dilma Rousseff assinada por 41 reitores e pró-reitores de instituições federais. O grupo de professores de universidades e institutos técnicos se manifestou contrário ao impeachment da presidente e a "qualquer tipo de confisco à democracia". "Assistimos a uma tentativa não apenas de usurpar o mandato da presidenta do País, mas a de vilipendiar direitos históricos sociais adquiridos", diz o documento. (Na foto, de maio de 2014, Dilma e o então ministro da Educação, Henrique Paim ao lado de reitores de universidades federais no Palácio do Planalto) Mais
Juca Rodrigues/Framephoto/Estadão Conteúdo
CONTRA - O ex-senador e atual secretário municipal de Direitos Humanos de São Paulo, Eduardo Suplicy, que votou pelo impeachment do ex-presidente Fernando Collor, foi um dos participantes de ato contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff, realizado no auditório da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, da USP, em São Paulo, em dezembro. Ato reuniu intelectuais e juristas, como Alfredo Bosi e Dalmo Dallari Mais
Sérgio Lima/Folhapress
CONTRA - Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo nesta segunda (7), o ex-ministro e ex-governador do Rio Grande do Sul Tarso Genro disse defender a continuidade do mandato da presidente Dilma Rousseff "porque ela foi eleita democraticamente". Ele, no entanto, disse não ter ideia da capacidade de reação do governo frente à crise. "Não sei que propostas o governo pode apresentar à sociedade para defender uma saída da crise. Vejo o governo com posições muito contraditórias", afirmou. Mais
Donaldo Hadlich/Estadão Conteúdo
CONTRA - A deputada federal Luiza Erundina (PSOL-SP) alertou nesta sexta-feira (4) para os riscos institucionais do aprofundamento da polarização política no Brasil e defendeu a necessidade de pacto social. "Há risco porque não há rumo, nem perspectiva. Nem por parte do governo nem por parte da oposição. É tudo poder pelo poder." Apesar de considerar que o governo da presidente Dilma Rousseff não tem legitimidade para enfrentar a crise atual, no entanto, a deputada, que lançou em janeiro seu novo partido, o Raiz Movimento Cidadanista, já se posicionou contra a saída da presidente. "Somos contra o impeachment, mas temos críticas profundas ao governo Dilma", afirmou. Mais
Pedro Ladeira/Folhapress
A FAVOR - Ex-petista, a senadora Marta Suplicy (PMDB-SP) avalia que o país nunca teve 'uma situação tão difícil para um presidente', com processos em andamento no TSE, reprovação das contas de 2014 no TCU e ?a sociedade indignada, 8% ou 10% de popularidade?. Por essa razão, a ex-petista acha que ?dificilmente o Congresso não acompanha essas condições de impeachment?. Para Marta, 'é além dela [Dilma Rousseff]. É pelo Brasil, pela possibilidade de a crise não durar mais 3 anos e pela possibilidade de uma união nacional que consiga ter uma liderança com credibilidade, porque isso ela não tem'. Mais
Márcio Neves/UOL
A FAVOR - O deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) anunciou que votará a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff na comissão especial que debate o tema. O parecer do relator da comissão foi apresentado horas antes e é favorável ao afastamento da mandatária. Maluf diz ser "contra essas negociatas que o governo está fazendo com deputados". O deputado ainda afirma no texto que sua "vida pública sempre foi o oposto disso", e que valoriza a democracia. Mais