Após morte de clérigo xiita, Arábia Saudita e sunitas rompem com Irã

Reuters
2.jan.2016 - Forte crítico da família real saudita, o clérigo xiita Nimr al-Nimr foi executado em 2 de janeiro, ao lado de outras 47 pessoas, acusados de terrorismo e outros crimes. A execução do clérigo provocou uma condenação internacional e a reação mais dura veio dos iranianos. O líder supremo do país, aiatolá Ali Khamenei, avisou as autoridades sauditas de que elas enfrentariam a vingança "divina" por seus atos Mais
Atta Kenare/AFP
2.jan.2016 - Manifestantes atearam fogo à embaixada saudita em Teerã, no Irã, logo após o anúncio da execução de Nimr al-Nimr. Eles se reuniram em frente ao local e entoaram palavras de ordem contra a Arábia Saudita, antes de ingressar no edifício, onde um incêndio motivado por coquetéis molotov começou na sequência. Quarenta pessoas acusadas de participação no ato foram detidas Mais
Khaled Elfiqui/EFE/EPA
3.jan.2016 - A resposta saudita veio no dia seguinte, quando o ministro de Relações Exteriores do país, Adel al-Jubeir, anunciou o rompimento das relações diplomáticas com o Irã e entidades relacionadas na Arábia Saudita teriam 48 horas para sair do país. Ele disse que Riad não permitiria a República Islâmica minar a segurança do reino sunita Mais
Vahid Salemi/AP
3.jan.2016 - Os protestos dos xiitas contra a execução continuaram no domingo, tanto em Teerã, onde os manifestantes carregavam cartazes com a foto de Al-Nimr, quanto em outros países Mais
Mukhtar Khan/ AP
3.jan.2016 - Em Srinagar, na Índia, a polícia usou gás e balas de borracha para conter os protestos de muçulmanos xiitas contra a execução do clérigo na Arábia Saudita Mais
Haidar Hamdani/AFP
4.jan.2016 - A mesquita sunita Ammar bin Yasser, em Hilla, no Iraque, foi uma das duas atacadas durante a noite do dia 3 de janeiro após a morte do clérigo. O Iraque enfrenta violência sectária há anos, especialmente entre a minoria sunita e a maioria xiita que assumiu o poder após a invasão liderada pelos Estados Unidos em 2003. O primeiro-ministro iraquiano, Haider al-Abadi, ordenou que autoridades provinciais "persigam os bandos criminosos" que atacaram as mesquitas Mais
Mohammed Al-Shaikh/AFP
5.jan.2016 - No dia 4, Bahrein e Sudão, de maioria sunitas, anunciaram apoio à Arábia Saudita e também romperam com o Irã. A decisão barenita causou diversos protestos de xiitas próximo à capital Manama, no dia seguinte ao anúncio Mais
Iranian Presidency Office via AP
5.jan.2016 - O presidente do Irã, Hassan Rouhani, disse na terça-feira que a Arábia Saudita não pode esconder "seu crime" de executar o clérigo xiita ao cortar os laços diplomáticos com Teerã e alertou que a discórdia pode prejudicar a luta contra o terrorismo. "Cremos que a diplomacia e as negociações são o melhor caminho para resolver problemas entre os países", acrescentou Rouhani, em tom pacificador Mais