Por dentro de Guantánamo: veja como é a prisão

Lucas Jackson/Reuters
28.mar.2016 - Soldado mostra uma seta que aponta para Meca, cidade sagrada para os muçulmanos, dentro de uma cela no acampamento da Força Tarefa Conjunta de Guantánamo, na base naval norte-americana em Cuba. A prisão de Guantánamo foi inaugurada meses após os ataques de 11 de setembro de 2001 para abrigar estrangeiros acusados de atentar contra os Estados Unidos. A imagem foi feita no dia 22 de março
Lucas Jackson/Reuters
28.mar.2016 - A prisão foi aberta em 2002 pelo então presidente George W. Bush dentro do território de 120 km² na costa sudeste de Cuba, que é controlado pelos EUA desde 1903 e abriga uma base naval norte-americana. A imagem foi feita no dia 22 de março e mostra detidos empilhando laranjas no acampamento da Força Tarefa Conjunta de Guantánamo
Lucas Jackson/Reuters
28.mar.2016 - DVDs ficam nas prateleiras disponíveis para serem emprestados a detentos dentro da biblioteca da Força Tarefa Conjunta, na base militar da baía de Guantánamo
Lucas Jackson/Reuters
28.mar.2016 - O centro se tornou alvo de denúncias de violações de direitos humanos e fechar a prisão era uma das promessas de campanha de Obama em 2008, mas problemas jurídicos e políticos, além de entraves sobre o destino dos detidos, o impediram de cumpri-la até agora. Na imagem feita no dia 22 de março, a bandeira dos Estados Unidos aparece hasteada no acampamento da Força Tarefa Conjunta de Guantánamo, na base Naval norte-americana em Cuba
Lucas Jackson/Reuters
28.mar.2016 - Advogados de prisioneiros, reportagens e investigações independentes denunciaram a prática de tortura no centro. Entre os métodos citados estavam a exposição dos detentos a música muito alta e temperaturas extremas, humilhações de cunho sexual e religioso, privação de sono e espancamentos. Na imagem feita no dia 22 de março, jornalistas conversam com soldado dentro do acampamento da Força Tarefa Conjunta de Guantánamo, na base naval norte-americana em Cuba
Lucas Jackson/Reuters
28.mar.2016 - Presos passaram a fazer greves de fome e, quando elas se alongavam, guardas de Guantánamo passaram a alimentá-los à força. Pelo método, eles eram presos a cadeiras e tinham um tubo inserido até a garganta através das narinas. A prática é condenada por várias associações médicas e já foi criticada pela Comissão de Direitos Humanos da ONU. Na imagem feita em 22 de março, um soldado monitora um detendo que fecha o portão de uma das celas no acampamento da Força Tarefa Conjunta de Guantánamo
Lucas Jackson/Reuters
28.mar.2016 - Muitos dos detentos de Guantánamo nunca foram julgados. O governo norte-americano alega que alguns são muito perigosos para serem transferidos, mas jamais poderão ser julgados por cortes nos EUA, já que a Justiça americana não aceitaria as provas ou a forma como foram coletadas. A ideia então é usar comissões militares para resolver os casos desses detentos. Na foto feita dia 21 de março, arame farpado cerca o Campo Delta da Força Tarefa Conjunta de Guantánamo
Lucas Jackson/Reuters
28.mar.2016 - Atualmente, há 91 presos na prisão de Guantánamo --35 deles já receberam a aprovação para serem enviados a outros países "nos próximos meses". A imagem feita em 22 de março mostra celas vazias no Campo 6 Delta da Força Tarefa Conjunta de Guantánamo
Lucas Jackson/Reuters
28.mar.2016 - Dos 56 que restaram, 10 enfrentam acusações ou foram condenados em processos perante comissões militares e os demais são considerados muito perigosos para saírem em liberdade ou serem transferidos a outro país. Os demais devem ser transferidos a prisões nos Estados Unidos e outros países. Na foto feita dia 22 de março, armas improvisadas ficam expostas na parede do acampamento da Força Tarefa Conjunta de Guantánamo
Lucas Jackson/Reuters
28.mar.2016 - A transferência de acusados de terrorismo em território norte-americano é a maior controvérsia entre os congressistas do país, especialmente entre os republicanos, que controlam o Legislativo atualmente. Na imagem feita em 22 de março, um detento mexe em utensílios de cozinha no Campo 6 da Força Tarefa Conjunta de Guantánamo
Lucas Jackson/Reuters
28.mar.2016 - Itens não permitidos dentro do Campo 6 da Força Tarefa Conjunta, na base militar da baía de Guantánamo, em Cuba, ficam trancados em armários
Lucas Jackson/Reuters
28.mar.2016 - Cópias coloridas de trabalhos artísticos de detentos foram pendurados na parede do Campo Delta da Força Tarefa Conjunta, na base militar da baía de Guantánamo, em Cuba
Lucas Jackson/Reuters
28.mar.2016 - "Estou trabalhando há sete anos para fechar essa prisão. Não quero passar isso para o próximo presidente. Vamos fazer o que é certo para o país. Vamos fechar esse capítulo", disse Obama no final de fevereiro, quando apresentou um plano para fechar a prisão na base militar. Na foto feita dia 21 de março, arame farpado cerca uma torre de guarda dentro do Campo Delta da Força Tarefa Conjunta de Guantánamo
Lucas Jackson/Reuters
28.mar.2016 - A base militar norte-americana em Guantánamo foi erguida anos após a vitória dos Estados Unidos na Guerra Hispano-Americana (1898), quando Cuba passou a viver sob forte influência americana. Mas o território jamais foi considerado formalmente parte dos EUA e depois da Revolução Cubana, em 1959, Havana passou a exigir a devolução de Guantánamo, considerado um "território ocupado ilegalmente". Na imagem, soldados e membros da imprensa conversam do lado de fora de um prédio da base naval dos EUA, na baía de Guantánamo, em Cuba
Lucas Jackson/Reuters
28.mar.2016 - Após 88 anos, um presidente norte-americano finalmente pisou em solo cubano, em mais um passo para o fim do rompimento diplomático entre os dois países. A base militar de Guantánamo está no centro dessa reaproximação. A receita dada pelo presidente Raúl Castro para que as relações entre ambos países seja reestabelecida é clara: derrubar o embargo comercial imposto há 54 anos e devolver Guantánamo a Cuba. Um gráfico com escritos em árabe é pendurado na parede do hospital da Força Tarefa Conjunta de Guantánamo, em imagem feita dia 22 de março
Lucas Jackson/Reuters
28.mar.2016 - A prisão na base militar de Guantánamo custa quase US$ 450 milhões anuais aos Estados Unidos. Segundo a Casa Branca, o plano mostra que o fechamento de Guantánamo é de "interesse da segurança nacional" norte-americana e refletirá uma grande economia para o governo do país. Na imagem feita dia 22 de março, remédios ficam enfileirados em prateleiras no hospital da Força Tarefa Conjunta de Guantánamo
Lucas Jackson/Reuters
28.mar.2016 - O porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, havia afirmado no anúncio do plano de fechamento da prisão que muito dinheiro é gasto para manter a prisão enquanto outras alternativas mais baratas estão disponíveis. Na imagem feita em 21 de março, soldados tomam sol na praia dentro da base Naval da baía de Guantánamo