Após anos de proibição, meninas lutam para fazer música no Afeganistão Ahmad Masood/Reuters Negin Ekhpulwak tem 19 anos e já lidera uma orquestra composta por 35 mulheres, em Cabul, no Afeganistão. É ela quem toca piano nessa foto tirada no dia 9 de abril no Instituto Nacional de Música do Afeganistão, que fica na capital afegã. No país, a atividade musical foi banida durante o regime do Talibã e muitos muçulmanos conservadores desaprovam a maioria das formas de música Ahmad Masood/Reuters Negin Ekhpulwak é de Kunar, no leste do Afeganistão, e começou a tocar piano escondida. O primeiro a se inteirar do talento dela foi o pai, que sempre a apoiou. "Além do meu pai, todo mundo na minha família é contra isso. Ele dizem: 'Como pode uma garota tocar música?', principalmente na nossa tribo que nem os homens têm o direito de tocar instrumentos musicais", conta em entrevista à Reuters Ahmad Masood/Reuters Negin Ekhpulwa vive em um orfanato na capital afegã e lidera um grupo de 35 mulheres que tocam tanto instrumentos ocidentais quanto afegãos. "Comparadas com as mulheres fora do Afeganistão, nós vivemos numa caixa", conta Ahmad Masood/Reuters O musicólogo Ahmad Naser Sarmast é o diretor do Instituto Nacional de Música do Afeganistão. Ele voltou da Austrália após a queda do Talibã para ajudar a fundar o Instituto, em 2010. Na imagem ele conversa com os membros da orquestra Ahmad Masood/Reuters As jovens que fazem parte do Instituto Nacional de Música do Afeganistão geralmente tem o apoio do núcleo familiar para tocarem seus instrumentos musicais, mas, segundo Ahmad Naser Sarmast, elas enfrentam pressão de parentes e até de autoridades religiosas para deixarem a atividade Ahmad Masood/Reuters "Quando eu levo meus instrumentos musicais comigo, as pessoas falam muito nas minhas costas", disse Mina, trompetista na orquestra, cuja mãe é uma policial na cidade de Jalalabad. Ela conta que há vários problemas de segurança e que muitas vezes precisa se descolar de carro com o seu instrumento musical Ahmad Masood/Reuters Os perigos que rondam artistas no Afeganistão foram destaque em 2014, quando Sarmast quase foi morto por um homem-bomba que se explodiu durante uma apresentação em uma escola em Cabul. "A formação de orquestra das meninas foi a melhor resposta aos extremistas", disse Ahmad Masood/Reuters Fakria Azizi, membro da orquestra de mulheres Zohra, participa de ensaio no Instituto Nacional de Música do Afeganistão, em Cabul. Tocar instrumentos musicais foi uma prática banida durante a vigência do regime do Taleban, no Afeganistão. Ainda hoje, muitos muçulmanos conservadores desaprovam a maioria das formas de música Ahmad Masood/Reuters Menina chega a uma das salas do Instituto Nacional de Música do Afeganistão, em Cabul. Tocar instrumento musicais foi uma prática banida durante a vigência do regime do Taleban, no Afeganistão. Ainda hoje, muitos muçulmanos conservadores desaprovam a maioria das formas de música Ahmad Masood/Reuters Integrante da orquestra de mulheres Zohra toca seu instrumento durante ensaio do Instituto Nacional de Música do Afeganistão, em Cabul. Tocar instrumento musicais foi uma prática banida durante a vigência do regime do Taleban, no Afeganistão. Ainda hoje, muitos muçulmanos conservadores desaprovam a maioria das formas de música Ahmad Masood/Reuters Sahar Malikzai, membro da orquestra de mulheres Zohra, participa de ensaio no Instituto Nacional de Música do Afeganistão, em Cabul. Tocar instrumento musicais foi uma prática banida durante a vigência do regime do Taleban, no Afeganistão. Ainda hoje, muitos muçulmanos conservadores desaprovam a maioria das formas de música