Jejum diurno e dedicação à fé: refugiados sírios passam Ramadã no Brasil

Reinaldo Canato/UOL
10.jun.2016 - O mês de Ramadã, segundo a tradição muçulmana, é o mês em que foi revelado o Alcorão. Um dos pilares da fé islâmica, o jejum durante todo o período diurno é obrigatório a todos os homens e mulheres que já tenham atingido a puberdade e estejam em condições de saúde para a prática
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10.jun.2016 - A Mesquita Brasil, no bairro paulistano do Cambuci, é considerada uma das mais importantes da América Latina e foi uma das primeiras a serem construídas no Brasil. Atualmente ela recebe refugiados sírios que passam seus primeiros Ramadãs em São Paulo
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10.jun.2016 - Huda Nawrasi, 45, nasceu em Damasco, capital da Síria. Veio para o Brasil após o marido, que trabalhava como taxista em Damasco, morrer quando uma bomba explodiu ao lado do seu carro
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10.jun.2016 - "Em Damasco eu cuidava dos filhos, da casa e costurava para parentes", diz Huda. Ela tem quatro filhos, três homens e uma mulher, que se casou e mora com o marido em Abu Dhabi. Um dos filhos foi o primeiro da família a vir para o Brasil fugindo da guerra na Síria. Após um mês, Huda e os outros dois filhos também chegaram ao país
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10.jun.2016 - "Meu marido morreu quando uma bomba caiu ao lado do seu táxi. Fiquei com medo de perder ainda mais membros da família na guerra. Decidimos ir embora da Síria. Meus irmãos continuam em Damasco. Sinto muita saudade deles, choro muito. Ainda não me acostumei aqui no Brasil, tudo é muito diferente", conta Huda
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10.jun.2016 - Rwid Bakir, 50, morava em Damasco. Ela está no Brasil há aproximadamente um ano e passa seu primeiro Ramadã em São Paulo
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10.jun.2016 - Rwid tinha três filhos -- duas mulheres e um rapaz. Uma explosão no bairro vitimou o garoto. "Meu filho de 21 anos morreu quando bombas atingiram nosso bairro", conta. Um dia antes da morte do filho, uma outra bomba caiu próximo da casa onde vivia e matou seu neto de apenas duas semanas
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10.jun.2016 - Uma das filhas de Rwid foi a primeira da família a vir para o Brasil. Rwid veio em seguida com seu marido - que está em tratamento contra um câncer - e sua outra filha. "O Brasil é o país que me acolheu. Estou feliz. Recebo ajuda da mesquita para custear meu aluguel e comida", conta
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10.jun.2016 - Zaher Bakri, 24, está há apenas quatro meses no Brasil, onde passa seu primeiro Ramadã
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10.jun.2016 - "Eu morarava em Idlib, na Síria, e trabalhava como pedreiro. Quando meu irmão morreu na guerra, acabei me casando com minha cunhada para cuidar dos 3 filhos que ela teve com meu irmão", conta Zaher
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10.jun.2016 - "Por causa da guerra fugimos e ficamos num campo de refugiados na Jordânia por três anos. Lá minha esposa ficou grávida e nasceu uma menina linda", lembra Zaher
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10.jun.2016 - Zaher conseguiu sair do campo de refugiados e veio para o Brasil. Na Síria trabalhava na construção civil; em São Paulo, aprendeu o ofício de cabelereiro. "Conseguimos chegar ao Brasil, onde a comunidade islâmica é muito grande e nos acolheu. Aqui tenho trabalho, estou feliz"
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10.jun.2016 - O Ramadã é muito aguardado por todos muçulmanos, e sua chegada representa uma grande alegria
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10.jun.2016 - O Ramadã é considerado um período especial para o aprofundamento da fé. É um tempo de entrega à leitura do Alcorão e às orações
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10.jun.2016 - Durante o período do Ramadã, pontualmente às 17h28 termina o jejum. Para fazer a quebra, os muçulmanos tomam um copo de água e comem uma tâmara
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10.jun.2016 - Mulçumanos pegam tâmaras para quebra de jejum na Mesquita Brasil, no bairro paulistano do Cambuci
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10.jun.2016 - Durante o Ramadã, os mulçumanos fazem jejum até mesmo de água. A quebra do jejum é feita no horário em que o sol se põe