'Caju', 'Santo', 'Missa': políticos citados na delação que foram às ruas contra a corrupção

Bruno Poletti/Folhapress
Os tucanos Aécio Neves e Geraldo Alckmin participaram juntos da manifestação na avenida Paulista, em São Paulo, em 13 de março de 2016. Conhecido como "Santo" na delação da Odebrecht, o governador de São Paulo teria recebido R$ 2 milhões em caixa 2 para as campanhas de 2010 e 2014. Alckmin afirmou, por meio de sua assessoria, que "é prematura qualquer conclusão com base em informações vazadas de delações não homologadas". "Apenas os tesoureiros das campanhas, todos oficiais, foram autorizados pelo governador Geraldo Alckmin a arrecadar fundos dentro do que determina a legislação eleitoral", diz nota Mais
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Apelidado de "Mineirinho", o senador tucano Aécio Neves teria recebido R$ 15 milhões da Odebrecht, segundo delação do ex-executivo da construtora Cláudio Melo Filho. Na foto, ele participa de manifestação contra a corrupção em Belo Horizonte. A assessoria do PSDB de Minas afirmou que os valores doados pela Odebrecht na campanha eleitoral de 2014 foram registrados na Justiça Eleitoral e que Aécio "desconhece supostas citações em planilhas da empresa" Mais
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O senador Agripino Maia (DEM-RN), o "Gripado", durante manifestação na avenida Paulista, em São Paulo, em 13 de março de 2016. Segundo a delação, ele recebeu R$ 1 milhão da empreiteira. Agripino Maia afirmou que a delação de Melo Filho não provoca efeitos negativos para ele ou para o partido e que a doação ocorreu de forma voluntária Mais
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O chanceler José Serra (PSDB) foi citado em outras declarações que estão nos acordos de delações de executivos da empresa. Ele teria recebido o valor de R$ 23 milhões por meio de caixa 2. O ministro das Relações Exteriores afirmou, por meio de nota, que a campanha dele durante a disputa a Presidência da República em 2010 foi conduzida em acordo com a legislação eleitoral em vigor. O tucano disse também que as finanças de sua disputa pelo Palácio do Planalto eram de responsabilidade do partido, o PSDB. "A minha campanha foi conduzida na forma da lei e, no que diz respeito às finanças, era de responsabilidade do partido", afirmou Mais
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O deputado federal José Carlos Aleluia (DEM-BA) em ato no Farol da Barra, em Salvador, em 16 de agosto de 2015. Apelidado de "Missa", ele é suspeito de receber R$ 580 mil da Odebrecht. O deputado Aleluia afirmou, por meio de nota, que em 2010, quando foi candidato ao Senado Federal, a legislação não exigia que o candidato especificasse em sua prestação de contas o nome de quem fez a doação original ao partido, como começou a ser feito desde 2014. "Todos os recursos arrecadados e aprovados estão declarados no TSE", disse o deputado Mais
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Ao lado de sua mulher, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) participou de manifestação pró-impeachment. Segundo o delator, Jucá tinha o apelido de "Caju", e centralizou a distribuição de pelo menos R$ 19 milhões dentro do PMDB. O senador disse em nota desconhecer a delação, negou ter recebido recursos para o PMDB e afirmou que todos os recursos dados pela empresa ao partido foram legais Mais
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O deputado Jutahy Magalhães (PSDB-BA) e o deputado estadual Adolfo Viana (PSDB-BA) participaram de protesto pró-impeachment. Os dois aparecem na delação da Odebrecht. Magalhães (à direita), conhecido como "Moleza", teria recebido R$ 850 mil. O deputado diz que recusou receber o valor total de caixa 2. Ele afirma ter recebido um repasse menor de "R$ 50 mil ou 150 mil oficiais" Mais
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Já o deputado estadual Adolfo Viana (PSDB-BA), apelidado de "Jovem", recebeu R$ 50 mil, segundo a delação de Claudio Melo Filho. O deputado afirmou, por meio de nota, que todas as doações de campanha eleitoral foram "declaradas, lícitas, feitas sem qualquer tipo de contraprestação ou condicionamento, e precedidas de todas as formalidades legais". Mais
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O deputado Antônio Imbassahy (PSDB-BA) participou de movimento contra a corrupção em Salvador. A Odebrecht teria dado R$ 299.700 ao parlamentar. A assessoria de imprensa afirmou que todas as doações recebidas nas campanhas do deputado foram registradas e são legais Mais
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De acordo com Melo, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), apelidado pela empresa de "Botafogo", recebeu R$ 100 mil. Em nota, a assessoria de Maia afirma que todas as doações eleitorais recebidas foram legais e devidamente declaradas ao TSE Mais
Joel Silva/ Folhapress
Presidente da Fiesp, Paulo Skaf participou de protesto na avenida Paulista contra a nomeação do ex-presidente Luiz inácio Lula da Silva (PT) como ministro-chefe da Casa Civil em 17 de março de 2016. Segundo delação da Odebrecht, o empresário, filiado ao PMDB, recebeu R$ 6 milhões para a campanha ao governo de São Paulo em 2014. De acordo com nota do PMDB, o partido "não cometeu nenhum tipo de erro em relação a recursos de campanha, sempre agiu de forma responsável e legal e teve todas suas contas aprovadas" Mais
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Os irmãos do PMDB Geddel Vieira Lima (ao centro) e Lúcio Vieira Lima (à direita) participaram em família de manifestação em março de 2016. Com o apelido de "Babel", o ex-ministro da Secretaria de Governo teria recebido R$ 5,8 milhões da empreiteira. Já o deputado "Bitelo" teria recebido R$ 1,9 milhão. Ambos afirmaram que as doações da Odebrecht em suas campanhas estão declaradas à Justiça Eleitoral Mais