Cidades de PE sofrem sem água nas torneiras há mais de três anos

Beto Macário/ UOL
A cidade de Venturosa (PE) sofre com a falta de água desde fevereiro de 2013. Para piorar a situação, os moradores sofrem com epidemia de diarreia e culpam a água ofertada por carros-pipa. A água comprada chama atenção pela cor amarelada e odor diferente. "Já tive diarreia quatro vezes desde que comecei a receber essa água. A gente bota no tanque e com dois dias já tem larva dentro ", conta o feirante José Cícero Tibúrcio, 49 Mais
Beto Macário/ UOL
O feirante José Cícero Tibúrcio afirma que precisa colocar bastante cloro na água para matar as larvas que rapidamente aparecem na água de carros-pipa da cidade de Venturosa (PE). "Mas aí temos problema por ter muito cloro", conta Mais
Beto Macário/ UOL
O aposentado João Alves de Almeida, 72, também é morador de Venturosa (PE) e conta ter tido problemas com diarreia por conta da qualidade da água. Sem caixa d'água, ele armazena água em tonéis descobertos, o que a deixa com mau cheiro e fica repleta de larvas. "É água ruim demais, a gente só tem dessa, não tem opção", diz Mais
Beto Macário/ UOL
A aposentada Maria Quitéria da Silva, 65, conta outro problema para armazenar a pouca água de Venturosa (PE). Segundo ela, como a água fica em baldes sem tampa, facilita a reprodução do mosquito Aedes Aegypti. "Já tive doenças, a última essa tal de chikungunya. É um sofrimento enorme, tenho muitas dores", afirmou Mais
Beto Macário/ UOL
Venturosa (PE) será uma das cidades beneficiadas em Pernambuco com a transposição do rio São Francisco --inicialmente prevista para ser concluída em 2010. Sem a obra, a cidade sofre sem água nas torneiras desde fevereiro de 2013. A cidade tem ao menos 10 caixas d'água públicas Mais
Beto Macário/ UOL
Em Alagoinha (PE), os moradores vivem mais de 1.600 dias sem água, aproximadamente desde julho de 2012. A população precisou buscar alternativas e agora lota os quatro chafarizes montados pela prefeitura que são abastecidos por carros-pipa pagos pelo Exército. "Nem lembro mais o que é ter água na torneira", conta Severino André Costa, 46 Mais
Beto Macário/ UOL
A caminhada até um chafariz virou rotina em Alagoinha (PE). Como são apenas quatro chafarizes em toda a cidade, os moradores precisam, em alguns casos, fazer longas caminhadas com baldes para buscar água. No Matadouro Municipal, por exemplo, cada família tem direito a seis baldes de água por dia Mais
Beto Macário/ UOL
Esmeraldo Galindo, 62, é morador de Alagoinha (PE) e criou uma alternativa para conseguir levar mais água para casa: ele usa uma vara e a coloca sobre os ombros, com um balde em cada ponta. "É o jeito, melhor fazer isso que viver sem água. Uso essa água para tudo em casa, menos no banheiro", relata Mais
Beto Macário/ UOL
Em Alagoinha (PE), a esperança por fontes de água se esgota a cada segundo. No município inteiro não há mais nenhum ponto de acúmulo de água. A barragem Joaquim Américo, que sempre serviu à zona rural, secou, há apenas um resto de água suja e fedida Mais
Beto Macário/ UOL
A barragem João Inácio, em Alagoinha (PE), foi construída em 1970 e fornecia água para o município, mas agora só resta lama. "Nunca essa barragem secou. Ela tinha 3 km de lâmina d'água e 10 metros de altura. Agora esse restinho nem os animais bebem", conta Eronildes Ferreira, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais da cidade Mais
Beto Macário/ UOL
Eronildes Ferreira, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Alagoinha (PE), conta que já é corriqueiro ver animais mortos onde costumava ter água na cidade. "Infelizmente não é incomum ver essa cena. Os animais estão morrendo por falta de água mesmo, não há mais onde buscar", explica Ferreira Mais
Beto Macário/ UOL
Poucos conseguiram superar a falta d'água em Alagoinha (PE). Com a seca, a água virou o maior comércio local. Genivaldo Galindo vende água há quatro anos. Ele decidiu cavar um poço em uma propriedade em Buíque (município vizinho), comprar um caminhão e vender água de porta em porta Mais
Beto Macário/ UOL
Em Alagoinha (PE), a esperança por fontes água se esgota a cada segundo. No município inteiro não há mais nenhum ponto de acúmulo de água. A barragem Joaquim Américo, que sempre serviu à zona rural, secou, há apenas um resto de água suja e fedida Mais