10 fotos icônicas dos protestos na Venezuela

Juan Barreto/AFP
19.abr.2017 - Segurando com uma bandeira venezuelana, Maria Jose Castro, 54, bloqueia a passagem de veículo blindado em Caracas. O fotógrafo Juan Barreto diz que ficou impressionado "com sua força de vontade em ficar ali". A polícia anti-distúrbios jogou duas bombas de gás lacrimogêneo para fazê-la sair, mas ela continuou firme e forte, pressionando um lenço contra o rosto, até que a polícia veio de moto e a retirou. "Me doeu ver como eles estavam disparando contra crianças", disse ela mais tarde, em referência às balas de borracha usadas pela polícia contra os manifestantes
Juan Barreto/AFP
3.mai.2017 - O estudante Victor Salazar, 28, saiu gritando em uma bola de fogo, depois que uma motocicleta da polícia que os manifestantes estavam destruindo explodiu. O fotógrafo Juan Barreto estava a alguns metros. "O cara estava correndo na minha direção, coberto em chamas. Eu não podia fazer nada para ajudá-lo", disse Barreto. Da cama de hospital onde ficou internado, com queimaduras em 70% do corpo, Salazar mandou um vídeo para os manifestantes: "Vão para as ruas, não por mim, mas pela Venezuela".
Federico Parra/AFP
1º.mai.2017 - Com pernas musculosas e uma pedra nas mãos, pronta para ser jogada contra os policiais, a instrutora de fitness Caterina Ciarcelluti ganhou o apelido de Mulher Maravilha depois da foto de Federico Parra. "Você sempre está procurando por algo que se sobressaia e então de repente, entre 20 caras mascarados, deparei com essa estereótipo da beleza venezuelana", conta Parra. "Essa sou toda eu, a força e a paixão", disse Ciarcelluti, 44. Ela espera servir de "inspiração" para outro manifestantes. "Vamos chegar lá", disse.
Federico Parra/AFP
24.mai.2017 - Calmamente tocando seu violino, Wuilly Arteaga passou por nuvens de gás lacrimogêneo em direção à polícia no dia 8 de maio para entregar o que ele chamou de "uma mensagem de paz". Na semana passada, uma nova foto apareceu dele chorando e segurando o violino, destruído pela polícia. Após uma campanha online, Arteaga apareceu tocando um novo violino, doado.
Juan Barreto/AFP
29.mai.2017 - Muitos confrontos ocorrem na estrada Francisco Fajardo, enquanto manifestantes tentam chegar ao centro de Caracas e deparam com a fila de veículos brancos, que agora já ganharam apelidos. Um é conhecido como "A baleia", por seu jato de água em cima. "O morcego" tem barreiras que se estendem pelas laterais para bloquear ruas. Outro é chamado de "O rinoceronte".
Federico Parra/AFP
22.abr.2017 - Milhares de opositores realizaram uma marcha épica, caminhando por 14 quilômetros através de Caracas. A Marcha do Silêncio, em homenagem às pessoas mortas em protestos anteriores, cruzou um bairro pró-governo, antes uma zona proibida para os manifestantes.
Juan Barreto/AFP
20.abr.2017 - Vestindo nada além de tênis e meias, uma pochete e uma expressão angustiada, Hans Wuerich, 27, levantou a Bíblia enquanto parou, se ajoelhou e depois subiu em um veículo armado da polícia. Balas de borracha atingiram suas costas quando ele voltou seu traseiro cabeludo para a polícia e desceu do veículo.
Federico Parra/AFP
31.mai.2017 - Para a linha de frente dos protestos, jovens mascarados carregam escudos de madeira e de metal para se protegerem das bombas de gás lacrimogêneo e das balas de borracha. Eles normalmente escrevem slogans nos escudos, como "Resista, Venezuela".
Federico Parra/AFP
3.mai.2017 - Pedro Yammine, 22, sobreviveu com múltiplas fraturas e um pulmão afundado ter sido atropelado por um veículo blindado da polícia venezuelana durante protestos em Caracas. Federico Parra capturou sua imagem quando ele estava sob as rodas do veículo. "Pensei que ele estivesse morto. Ele parecia uma boneca de pano", afirmou.
Federico Parra/AFP
13.mai.2017 - Centenas de aposentados foram às ruas protestar no que ficou conhecida como "Marcha dos Vovôs". A polícia tentou impedir seu avanço e o protesto terminou, como de costume, com gás lacrimogêneo