25 anos de massacre do Carandiru

Reprodução
Apesar de terem desenho similar, os pavilhões do Carandiru (nove ao todo) possuíam características diferentes. O pavilhão 2 era destinado à triagem; pavilhão 4: contava com celas individuais e abrigava a enfermagem e área médica; pavilhão 5: o mais populoso, e onde ficava o maior número de presos do "seguro", que eram jurados de morte; pavilhão 7: destinado a detentos com ocupações laboriosas, de trabalho; pavilhão 8: destinado a presos reincidentes; pavilhão 9: ocupado por detentos que eram réus primários, impetuosos e que não haviam assimilado as regras da cadeia. O pavilhão 9 era conhecido pelas frequentes brigas e conflitos e foi o palco do massacre que deixou 111 detentos mortos
Juan Esteves/Folhapress
Após tumulto no Pavilhão 9 da Casa de Detenção, o secretário de Segurança Pública deu ordem para a intervenção da PM. Na foto, policiais da Rota chegam ao Carandiru, para conter a rebelião
Luiz Novaes/Folhapress
Em 1992, o coronel Ubiratan Guimarães era o chefe do Comando de Policiamento Metropolitano da PM e chefiou a operação policial que deixou 111 presidiários mortos no massacre do Carandiru. Ele morreu em 2006, assassinado
Luiz Novas/Folhapress
Detento mostra livro sobre direitos humanos, em 1992. No dia 2 de outubro do mesmo ano, uma briga de presos no pavilhão 9, da Casa de Detenção de São Paulo, gerou um tumulto que culminou na intervenção da Polícia Militar. O resultado foram 111 mortos, no episódio conhecido como massacre do Carandiru
Juan Esteves/Folhapress
Policial deixa em 2 de outubro de 1992 o presídio em rebelião na Casa de Detenção do Carandiru, zona norte de São Paulo. Naquele momento, a informação oficial era que 8 pessoas haviam morrido na intervenção. No dia seguinte, o número exato: 111 mortes
2.out.1992 - Niels Andreas/Folhapress
Corredor alagado de água e sangue no pavilhão da Casa de Detenção de São Paulo, após a intervenção da Polícia Militar do Estado de São Paulo para conter uma rebelião, em São Paulo (SP), em 2 de outubro de 1992. Um dos tiros acertou o encanamento, e água misturou-se ao sangue das vítimas
Rogério Albuquerque/Folhapress
Policiais, parentes e curiosos na porta da Casa de Detenção do Carandiru, um dia após o motim. Ainda não havia a notícia do total de mortos nem a identificação, o que só viria à noite e nos dias seguintes
Luiz Carlos Murauskas/Folhapress
O coronel Ubiratan Guimarães presta depoimento em 1992 no quartel da Polícia Militar, em São Paulo. Ubiratan assumiu a responsabilidade pela invasão do pavilhão 9, no dia 2 de outubro de 1992, que resultou na morte de 111 presos. Ele morreu em 2006, vítima de assassinato
João Wainer/Folhapress
O ex-detento José Isabel da Silva Filho visita o Complexo do Carandiru em 2001. Ele foi um dos que sobreviveram à operação policial de 1992
Luiz Carlos Murauskas/Folhapress
Pavilhões da Casa de Detenção de São Paulo, no Carandiru, foram implodidos em 2002 para dar espaço ao parque da Juventude, na zona norte. Três anos depois, houve nova implosão nos prédios que haviam sido poupados
Reprodução
Os atores Gero Camilo (Sem Chance), Rodrigo Santoro (Lady Di) e Luiz Carlos Vasconcelos (que atuou como o médico inspirado em Drauzio Varella) em cena de "Carandiru" (2003). O longa, baseado em livro de Varella, "Estação Carandiru, lançado em 2003, foi escolhido como o representante brasileiro para o Oscar de melhor filme estrangeiro. Dirigido por Hector Babenco, é a 17ª maior bilheteria do cinema brasileiro, com 4.693.853 espectadores