Flavio Forner/The Guardian 28.nov.2017 - Lotadíssima e localizada no centro de São Paulo, a Feirinha da Madrugada é a maior feira informal da América do Sul. É composta em sua maioria por vendedores de diversas origens, da Bolívia à China. Em busca de roupas baratas, os compradores vêm do interior de São Paulo e vários Estados MaisFlavio Forner/The Guardian 28.nov.2017 - As bancas na rua são as mais movimentadas. Há grupos que controlam o espaço público, cobrando de R$ 25 a R$ 600 por semana pelo "aluguel" do ponto. São eles que organizam a iluminação. É difícil medir o tamanho desse enorme mercado a céu aberto, que cresce a cada dia. Se fosse possível andar rápido, levaríamos ao menos duas horas para cobrir todo o perímetro MaisFlavio Forner/The Guardian 28.nov.2017 - Assim como as milhares de bancas que ofertam roupas, cresce também o comércio que dá suporte aos feirantes. Os manequins são item essencial e estão por todos os lugares MaisFlavio Forner/The Guardian 28.nov.2017 - Os ambulantes vendem principalmente produtos sem registro: milhares de camisetas, blusas, shorts, calças e vestidos coloridos; a maioria não tem marca ou etiqueta. No pátio do Pari, um galpão abriga 4.000 estandes, onde a maior parte dos produtos é roupa. O espaço foi criado em 2006, dois anos depois que a feira nasceu nas ruas do Brás MaisFlavio Forner/The Guardian 28.nov.2017 - O comércio nas ruas é quase que exclusivamente informal, já que são poucos os vendedores que têm permissão para vender ali. As ruas são informalmente fechadas entre 1h e 7h, horário em que a Polícia Militar começa a fiscalização e apreende produtos. A prefeitura nega qualquer acordo com os vendedores MaisFlavio Forner/The Guardian 28.nov.2017 - Há 14 anos no Brasil, Vicente Flores vende roupas de praia nas ruas do Brás. Ele também tem um box dentro do galpão que fica no pátio do Pari, mas considera o movimento melhor na rua MaisFlavio Forner/The Guardian 28.nov.2017 - A maior parte das bancas instaladas na rua contam com uma estrutura mínima, expondo manequins e araras para melhorar a exibição das roupas MaisFlavio Forner/The Guardian 28.nov.2017 - A Feirinha da Madrugada abriga os novos "sacoleiros", vendedores que vêm do Brasil inteiro em busca de roupas nos preços mais baixos para revender em comércios informais nas suas cidades MaisFlavio Forner/The Guardian 28.nov.2017 - As luzes são um artigo importante para chamar a atenção. Para iluminar as bancas, um fio com pequenas lâmpadas é esticado em todas as ruas, sendo a energia puxada dos postes e do comércio MaisFlavio Forner/The Guardian 28.nov.2017 - O horário de pico é das 4h às 6h. Nas segundas e terças, dias de maior movimento, é difícil se movimentar entre as bancas MaisFlavio Forner/The Guardian 28.nov.2017 - Nos ambientes internos, a maioria dos vendedores é de imigrantes asiáticos, em especial famílias recém-chegadas da China e muitas da Coreia, já bem instaladas no Brasil MaisFlavio Forner/The Guardian 28.nov.2017 - Nos shoppings e galerias, há sempre um estacionamento lotado de ônibus, muitos deles do tipo leito. A reportagem contou placas de oito Estados diferentes em apenas um pátio MaisFlavio Forner/The Guardian 28.nov.2017 - Depois que o comércio das ruas cresceu, shoppings e galerias foram construídos. Eles também atendem o público da madrugada, horário de maior movimento MaisFlavio Forner/The Guardian 28.nov.2017 - A brasileira Maria Aparecida Ferreira já teve uma oficina com 12 costureiras que produziam para a Daslu. Hoje só tem uma funcionária e vende sua produção nas ruas do Brás MaisFlavio Forner/The Guardian 28.nov.2017 - Ramon Melo, 15, trabalha na banca da família dentro do galpão construído no pátio do Pari. Formado em engenharia civil, ele vende eletrônicos importados MaisFlavio Forner/The Guardian 28.nov.2017 - Gustavo Adolfo, 18, nasceu no Paraguai e vive no Brasil desde os cinco anos de idade. Em uma galeria da feirinha, ele trabalha na banca do seu tio, que tem vários pontos de venda de bijuterias na cidade MaisFlavio Forner/The Guardian 28.nov.2017 - Os primeiros raios de sol anunciam a proximidade do fim da feirinha. Às 7h, a polícia passa fazendo a fiscalização e todas as ruas têm de ser liberadas para os carros MaisFlavio Forner/The Guardian 28.nov.2017 - Gabriela, 1, e sua prima Leila, 7, brincam no ponto de venda da família. De origem peruana, seus pais costuram as roupas que, depois, eles mesmos vendem na feirinha MaisFlavio Forner/The Guardian 28.nov.2017 - A Polícia Militar passa para fiscalizar depois que o dia amanhece. Em alguns casos, os oficiais mandam os vendedores retirar os produtos da rua. Em outros, apreendem as roupas com o uso de força MaisFlavio Forner/The Guardian 28.nov.2017 - Depois que a polícia passa e os feirantes são obrigados a se retirar da rua, algumas galerias viram ponto de trabalho para finalização da costura de peças que serão vendidas no dia seguinte Mais