'Pertences mais preciosos' revelam drama de refugiados sírios

Brian Sokol/Acnur
1º.abr.2013 - Cerca de um milhão de sírios abandonaram suas casas desde que a guerra civil explodiu no país, há dois anos. Segundo a ONU, cerca de 400 mil sírios cruzaram fronteiras em busca de abrigo em campos de refugiados na Turquia, no Iraque e no Líbano. Iman, 25 anos, carregou apenas seu filho Ahmed, sua filha Aisha e o Corão ao fugir de casa em Aleppo. No campo de Nizip, em território turco, ela conta que o livro sagrado dos muçulmanos lhe oferece proteção
Brian Sokol/Acnur
1º.abr.2013 - O fotógrafo Brian Sokol, que vive na Índia, percorreu alguns dos campos de refugiados sírios. Com ajuda da Acnur (Agência da ONU para Refugiados), ele retratou alguns refugiados junto aos poucos pertences que os acompanharam. Alia, de 24 anos, é cega e deficiente física. Ela deixou sua casa em Daraa e conta que a única coisa que trouxe ao campo de Domiz, no Curdistão iraquiano, foi sua “alma”. A cadeira de rodas ela não conta, já que considera uma extensão do corpo.
Brian Sokol/Acnur
1º.abr.2013 - Os refugiados contam que qualquer um que aparentasse estar deixando o país era parado pelas autoridades sírias. Isso explica porque a grande maioria fugiu com quase nada. Mas o pouco que levaram ganhou um significado grande em tempos de privação de guerra. Waleed, um dos Médicos Sem Fronteiras, deixou a Síria apenas 20 dias após sua esposa dar a luz. No campo de Domiz, no Iraque, ele guarda a foto da mulher.
Brian Sokol/Acnur
1º.abr.2013 - Cerca de um milhão de sírios abandonaram suas casas desde que a guerra civil explodiu no país, há dois anos. Segundo a ONU, cerca de 400 mil sírios cruzaram fronteiras em busca de abrigo em campos de refugiados na Turquia, no Iraque e no Líbano. May, com apenas oito anos, mostra os braceletes, a coisa mais valiosa que conseguiu carregar. Ela conta, no entanto, que sente saudades da boneca Nancy, no campo de Domiz.
Brian Sokol/Acnur
1º.abr.2013 - O fotógrafo Brian Sokol, que vive na Índia, percorreu alguns dos campos de refugiados sírios. Com ajuda da Acnur (Agência da ONU para Refugiados), ele retratou alguns refugiados junto aos poucos pertences que os acompanharam. Omar, 37 anos, conseguiu carregar o instrumento musical buzuq. “Pelos menos em algum momento, ele alivia meu sofrimento”, diz. Omar deixou Damasco na noite em que seus vizinhos foram mortos.
Brian Sokol/Acnur
1º.abr.2013 - O fotógrafo Brian Sokol, que vive na Índia, percorreu alguns dos campos de refugiados sírios. Com ajuda da Acnur (Agência da ONU para Refugiados), ele retratou alguns refugiados junto aos poucos pertences que os acompanharam. O fotógrafo também visitou a região do Vale do Beká, no Líbano, onde encontrou Yusuf, de Damasco. Ele mostra o celular. “Com isso posso ligar para meu pai”, diz. Ele também pode ver fotos da família.
Brian Sokol/Acnur
1º.abr.2013 - Os refugiados contam que qualquer um que aparentasse estar deixando o país era parado pelas autoridades sírias. Isso explica porque a grande maioria fugiu com quase nada. Mas o pouco que levaram ganhou um significado grande em tempos de privação de guerra. Abdul e sua família querem voltar a Damasco. Eles deixaram a Síria após sua mulher ser ferida em uma troca de tiros. Ele não sabe se o apartamento onde vivia ainda está em pé, mas trouxe e guarda muito bem as chaves de casa.
Brian Sokol/Acnur
1º.abr.2013 - Tamara espera que o diploma que trouxe consigo para a Turquia possa ajudá-la a seguir seus estudos no país. Ela e a família fugiram após terem a casa destruída em Idlib.
Brian Sokol/Acnur
1º.abr.2013 - Ayman, 82, diz que a coisa mais importante que o acompanhou até o campo de Nizip, na Turquia, foi sua esposa, Yasmine, 67 anos. “Ela é a melhor mulher que já conheci”, diz. Ambos deixaram Aleppo.
Brian Sokol/Acnur
1º.abr.2013 - Para Ahmed, o objeto mais importante é sua bengala. Sem o acessório, ele diz que não teria condições de cruzar a fronteira e chegar até Domiz, no Iraque, acompanhando os familiares. Um dos filhos, que ficou na Síria, morreu em outubro.